Mosteiro de Hodegon
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O Mosteiro de Hodegon (em grego: μοναστήρι Οδηγών; romaniz.: monastí̱ri Hodegon; lit. "mosteiro dos guias, condutores"; também referido como Mosteiro de Panágia Hodegétria, lit. "Ela que mostra o caminho") foi um mosteiro em Constantinopla situado a leste de Santa Sofia próximo às muralhas do mar. Atualmente são visíveis apenas algumas ruínas próximas do parque Gülhane.[1]
Mosteiro de Hodegon | |
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Constantinopla bizantina | |
Estilo dominante | bizantino |
Religião | Ortodoxia Oriental |
Ano de consagração | século V |
Geografia | |
País | Turquia |
Região | Fatih |
Coordenadas | 41° 0' 33" N 28° 59' 06" E |
Adquiriu seu nome aparentemente dos monges que conduziam peregrinos cegos para uma fonte miraculosa situada ao lado da igreja do mosteiro que era capaz de restaurar a visão.[2] Alegadamente[3] o mosteiro foi fundado no século V por Santa Élia Pulquéria (399-453), uma filha do imperador Arcádio (r. 395–408), para abrigar relíquias sagradas, que mais tarde incluiu o Ícone da Hodegetria, que se acreditava ter sido pintado por São Lucas. Posteriormente, todas as terças, o ícone era removido da igreja e levado em procissão pelas ruas da capital, acompanhado por multidões que esperavam por curas miraculosas.[2]
O complexo do mosteiro foi reconstruído no século IX, possivelmente pelo imperador Miguel III, o Ébrio (r. 842–867), e novamente no século XII. No período Paleólogo um escritório (scriptorium) foi instalado ali e especializado na produção de manuscritos litúrgicos luxuosos; dentre seus escribas estavam Chariton (fl. 1319–46) e Josafá (fl. 1360–1405/1406). Os imperadores paleólogos tiveram laços estreitos com o mosteiro e visitaram-o frequentemente: Andrônico III Paleólogo (r. 1328–1341) morreu no mosteiro. Durante o final do século XIII e começo do século XIV o mosteiro foi cedido ao patriarcado de Antioquia como metóquio e serviu como residência dos monges sírios em visita à Constantinopla.[2]