Lourenço da Veiga
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Diogo Lourenço da Veiga (Reino de Portugal, ca. 1530 — São Salvador da Bahia, 17 de junho de 1581[1]) foi um administrador colonial português, governador-geral do Brasil de 1578 até sua morte.[1] Foi o primeiro administrador colonial no Brasil a ter oficialmente o título de governador-geral.[2]
Lourenço da Veiga | |
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Nascimento | ca. 1530 Reino de Portugal |
Morte | 17 de junho de 1581 (51 anos) São Salvador da Bahia |
Nacionalidade | português |
Ocupação | administrador colonial |
Sob sua administração, o governo geral do Brasil Colonial volta a ser unificado em São Salvador da Bahia. Foi prioridade de seu governo a obra de conquista e povoamento, sobretudo no litoral, por onde continuavam atacando quadrilhas de traficantes que se fixaram em vários pontos. Em 1579, começou a reprimir o contrabando nas enseadas do Cabo Frio, confiscando os entrepostos ou, em último caso, incendiando-os.
Durante seu governo, a exploração do interior da Bahia desenvolveu-se. João Coelho de Sousa subiu o rio São Francisco onde fundou o povoado de Quebrobó. Também chegaram à capital notícias de descobertas de ouro e de pedras preciosas. Antônio Dias Adorno, após uma grande expedição que levaria até os confins das Minas de Ouro, voltou à Bahia para pedir recursos com que pudesse levar avante a exploração dos tesouros que dizia haver encontrado.[3]
Ainda durante seu governo, após receber denúncias de que haveria exploração dos índios pelos jesuítas, visitou os aldeamentos já catequizados, junto com José de Anchieta, o provedor Cristóvão de Barros, o ouvidor Cosme Rangel e o reitor Gregório Serrão, sem no entanto encontrar qualquer desvio.[4] Segundo o próprio Anchieta,
visitou as aldeias dos índios cristãos, com muito gosto e lágrimas de devoção, vendo as doutrinas, procissões, disciplinas e comunhões dos índios e as missas de cantos de órgão, oficiadas com flautas, pelos filhos dos mesmos índios. Favoreceu a cristandade no que pode, mandando ir para as ditas aldeias dos cristãos alguns índios que os portugueses trouxeram do sertão enganados [...], e assim muitos deles morreram batizados e alguns vivem ainda. E trabalhou sempre de conservar a liberdade de todos os índios[5]
Foi durante o seu governo que foi construído o Castelo das Portas de São Bento, em Salvador[6]