Idealismo alemão
corrente de pensamento privilegiando a subjetividade na compreensão ontológica / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Idealismo alemão é o nome genérico dado a um conjunto de filosofias idealistas desenvolvidas na Alemanha, marcando a era da "filosofia alemã clássica" entre as décadas de 1770 e 1840.[1][2] Seus principais representantes são: Immanuel Kant (1724-1804), Johann Gottlieb Fichte (1762-1814), Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831) e Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling (1775-1854). Esses três últimos também são enquadrados no idealismo pós-kantiano ou pós-kantianismo.[3]
A obra importante, que abre esta página do pensamento alemão, seria a Crítica da Razão Pura de Immanuel Kant.[nota 1] Duas outras grandes obras deste período intelectual seriam a Doutrina da Ciência de Fichte e a Enciclopédia das Ciências Filosóficas de Hegel, período que terminaria com a Spätphilosophie ("filosofia tardia") por Friedrich Schelling.
Além destas quatro figuras, outros pensadores devem ser mencionados, nomeadamente Friedrich Heinrich Jacobi, Karl Leonhard Reinhold, e Gottlob Schulze, mas são geralmente considerados menores.[4] Quanto a Friedrich Hölderlin, a sua recepção é posterior e estende-se até ao século XX. Hölderlin ocupa um lugar importante na formação do idealismo alemão, mas que ainda precisa ser explorado.
Este forte momento filosófico coincide na literatura com o período alto do clássico-romantismo alemão, por ele influenciado. Jacques Taminiaux escreve, por exemplo, que Schiller faz parte do idealismo alemão porque Weimar não fica longe de Jena, onde Fichte fala dele em 1794-1795. Lá ele ensina Os Fundamentos da Doutrina da Ciência em sua Totalidade, Die Grundlage der gesammten Wissenschaftslehre, do qual Hölderlin será o ouvinte direto.[5]