Hipertiroidismo
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Hipertiroidismo (português europeu) ou hipertireoidismo (português brasileiro) é a condição que ocorre quando existe produção excessiva de hormonas da tiroide pela glândula tiroide.[3] Tirotoxicose é a condição que ocorre devido à presença excessiva de hormonas da tiroide qualquer que seja a causa, incluindo hipertiroidismo.[3] No entanto, algumas publicações usam os termos indistintamente.[4] Os sinais e sintomas variam entre pessoas e podem incluir irritabilidade, fraqueza muscular, perturbações do sono, ritmo cardíaco acelerado, pouca tolerância ao calor, diarreia, aumento de volume da tiroide e perda de peso. Os sintomas geralmente manifestam-se com menor intensidade em idosos e durante a gravidez.[1] O oposto de hipertiroidismo é hipotiroidismo, que ocorre quando a tiroide não produz hormonas tiroideias em quantidade suficiente.[5]
Hipertiroidismo | |
---|---|
A tri-iodotironina (T3, na imagem) e a tiroxina (T4) são as duas hormonas produzidas pela glândula tiroide. | |
Sinónimos | Tiroide hiperativa, hipertireose |
Especialidade | Endocrinologia |
Sintomas | Irritabilidade, fraqueza, perturbações do sono, ritmo cardíaco acelerado, intolerância ao calor, diarreia, aumento de volume da tiroide, perda de peso[1] |
Complicações | Crise tireotóxica[2] |
Início habitual | 20–50 anos de idade[2] |
Causas | Doença de Graves, bócio multinodular tóxico, adenoma tóxico, inflamação da tiroide, ingestão excessiva de iodo, excesso de hormonas tiroideias sintéticas[1][2] |
Método de diagnóstico | Baseado nos sintomas e confirmado por análises ao sangue[1] |
Tratamento | Iodo por via oral, medicamentos, cirurgia à tiroide[1] |
Medicação | Betabloqueadores, metimazol[1] |
Frequência | 1,2% (EUA)[3] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | E05 |
CID-9 | 242.90 |
OMIM | 603373, 609152 |
DiseasesDB | 6348 |
MedlinePlus | 000356 |
eMedicine | med/1109 |
MeSH | D006980 |
Leia o aviso médico |
Cerca de 50% a 80% dos casos de hipertiroidismo são causados pela doença de Graves.[1][6] Entre outras possíveis causas estão o bócio multinodular tóxico, adenoma tóxico, inflamação da tiroide, a ingestão excessiva de iodo, excesso de hormonas tiroideias sintéticas,[1][2] medicamentos como a amiodarona e, em casos raros, adenomas da hipófise. O diagnóstico é suspeito com base nos sintomas e confirmado com análises ao sangue. Geralmente, os resultados das análises revelam níveis de hormona estimulante da tiroide (TSH) inferiores ao normal e níveis elevados de T3 ou T4. A causa exacta pode ser determinada pela mediação da absorção de iodo radioativo pela tiroide e pela presença de anticorpos da hormona estimulante da tiroide.[1]
O tratamento depende em parte da causa e da gravidade da doença. Existem três principais opções de tratamento: radioiodoterapia, medicamentos e cirurgia à tiroide. A radioiodoterapia consiste na ingestão por via oral de iodo-131, que se concentra na tiroide e a vai destruindo ao longo de semanas ou meses. O hipotiroidismo que daí resulta é tratado com a administração de hormona tiroideia sintética. Os medicamentos como os betabloqueadores podem controlar os sintomas, enquanto os antitiroideos como o metimazol permitem aliviar os sintomas enquanto outros tratamentos não fazem efeito. A opção de remoção cirúrgica da tiroide pode ser considerada em casos de tiroides muito aumentadas ou quando existe um risco acrescido de cancro.[1] O hipertiroidismo pode resultar numa complicação rara denominada crise tireotóxica, na qual um evento como uma infeção provoca o agravamento dos sintomas, como confusão e hipertermia, e muitas vezes a morte.[2]
Nos Estados Unidos, o hipertiroidismo afeta cerca de 1,2% da população.[3] A doença é entre duas a dez vezes mais comum entre mulheres do que homens.[1] Aparece geralmente entre os 20 e os 50 anos de idade,[2] e é mais comum entre pessoas com mais de 60 anos.[1]