Heroína
composto químico / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Heroína ou diamorfina[5] é um Opiáceo frequentemente utilizado como droga recreativa devido ao seu efeito eufórico.[6] Em medicina, é usada em vários países como analgésico ou em terapia de substituição opiácea.[7][8][9] A heroína é geralmente injetada numa veia, embora possa também ser fumada ou inalada.[6][10][11] Os efeitos são de início rápido e duram algumas horas.[6]
Heroína Alerta sobre risco à saúde | |
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Nome IUPAC | (5α,6α)-7,8-didehidro-4,5-epoxi-17-metilmorfinano-3,6-diol diacetato |
Outros nomes | diamorfina, diacetilmorfina, acetomorfna, morfina acetilada (dual) , diacetato de morfina, diacetilmorfina.[1] |
Identificadores | |
Número CAS | 561-27-3 |
PubChem | 5462328 |
DrugBank | DB01452 |
ChemSpider | 4575379 |
ChEBI | 27808 |
Código ATC | N07BC06 |
Propriedades | |
Fórmula química | C21H23NO5 |
Massa molar | 369.38 g mol-1 |
Aparência | (cloridrato de diamorfina) pó branco ou quase branco cristalino, inodoro quando recém preparado e quando armazenado adquire odor de ácido acético.[1] |
Ponto de fusão |
173 °C (base livre)/243 - 244 °C (cloridrato de heroína)[2] |
Solubilidade em água | muito solúvel em água.[1] |
Solubilidade | praticamente insolúvel em éter, muito solúvel clorofórmio e solúvel em álcool.[1] |
Farmacologia | |
Biodisponibilidade | <35% (oral), 44–61% (inalada)[3] |
Via(s) de administração | via oral, inalação, transmucosa, via intravenosa, via intranasal, via retal, via intramuscular. |
Metabolismo | hepático |
Meia-vida biológica | <10 minutos[4] |
Classificação legal |
Lista de substâncias sujeitas a controle especial - Lista F1 (BR)
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Página de dados suplementares | |
Estrutura e propriedades | n, εr, etc. |
Dados termodinâmicos | Phase behaviour Solid, liquid, gas |
Dados espectrais | UV, IV, RMN, EM |
Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde. |
Os efeitos secundários mais comuns são elevada dependência psicológica, hipoventilação, boca seca e euforia.[10] Entre outros possíveis efeitos secundários estão abcessos, infeção das válvulas cardíacas, infeções do sangue, obstipação e pneumonia.[10] Nos casos de consumo prolongado, os sintomas de abstinência têm início poucas horas após o último consumo.[10] Quando injetada numa veia, o efeito da heroína é duas a três vezes superior ao de uma dose equivalente de morfina.[6] Geralmente é vendida na forma de um pó branco ou castanho.[10]
O tratamento da dependência de heroína consiste em terapia comportamental e medicação.[10] Os medicamentos mais comuns são buprenorfina, metadona e naltrexona.[10] Uma overdose de heroína pode ser tratada com nalaxona.[10] Estima-se que em 2015 houvesse em todo o mundo 17 milhões de consumidores de opiáceos como a heroína.[12] No mesmo ano, os opioides foram a causa de 122 000 mortes.[13] O número total de consumidores de opiáceos aumentou entre 1998 e 2007, tendo a partir dessa data mantido-se relativamente estável.[12] Nos Estados Unidos, cerca de 1,6% da população já consumiu heroína pelo menos uma vez na vida.[10] Nos casos em que a causa da morte é uma droga, essa droga é geralmente um opioide.[12]
A heroína foi sintetizada pela primeira vez pelo químico britânico Charles Alder Wright em 1874. A substância é produzida a partir da morfina, um produto natural derivado da papoila do ópio.[14] O comércio internacional é regulamentado pela Convenção Única sobre Estupefacientes.[15] Na maior parte dos países é ilegal produzir, possuir ou comercializar heroína sem autorização.[16] Em 2015, 66% do ópio em todo o mundo era produzido no Afeganistão.[12] A heroína é geralmente comercializada de forma ilegal e misturada com outras substâncias, como açúcar ou estricnina.[6]