Eleições estaduais no Ceará em 1982
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As eleições estaduais no Ceará em 1982 ocorreram em 15 de novembro sob regras como voto vinculado, sublegendas e proibição de coligações partidárias tal como nos demais estados brasileiros. Neste dia o PDS elegeu o governador Gonzaga Mota, o vice-governador Adauto Bezerra, o senador Virgílio Távora e a maioria dentre os 22 deputados federais e 46 deputados estaduais eleitos.[1][2][3][4][5][6][nota 1][nota 2]
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Eleições estaduais no Ceará em 1982 | ||||
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15 de novembro de 1982 (Turno único) | ||||
Candidato | Gonzaga Mota | Mauro Benevides | ||
Partido | PDS | PMDB | ||
Natural de | Fortaleza, CE | Fortaleza, CE | ||
Vice | Adauto Bezerra | Osires Pontes | ||
Votos | 1.149.468 | 478.853 | ||
Porcentagem | 70,16% | 29,23% | ||
Candidato mais votado por município (184):
Gonzaga Mota (175)
Mauro Benevides (9) | ||||
Titular Eleito | ||||
Formado pela Universidade Federal do Ceará em 1967 com pós-graduação na Fundação Getúlio Vargas, Gonzaga Mota lecionou na Universidade Federal do Ceará e trabalhou no Banco do Nordeste até 1979 quando assumiu a Secretaria de Planejamento no segundo governo Virgílio Távora. Com o início das articulações visando as eleições de 1982 seu nome foi ungido pelos "coronéis" Virgílio Távora, Adauto Bezerra e César Cals, impedindo a fragmentação do PDS e uma vitória de Mauro Benevides (PMDB) a exemplo do ocorrido em 1974 com a ARENA. Os pacto previa a renuncia de Virgílio Távora ao Palácio Iracema e sua candidatura a senador, Adauto Bezerra seria candidato a vice-governador e César Cals, então no Ministério de Minas e Energia, indicaria o prefeito de Fortaleza, cargo dado ao seu filho, César Cals Neto. Após meses de campanha o acordo foi referendado nas urnas graças aos 70% de votos dados ao PDS pelo eleitorado.
Nas eleições proporcionais o PDS preencheu três quartos das vagas de deputados federais e deputados estaduais e dentre os 22 enviados a Brasília estavam o piauiense Flávio Marcílio (que seria presidente da Câmara dos Deputados pela terceira vez) e os representantes dos "coronéis" nas pessoas de Carlos Virgílio Távora, César Cals Neto e Orlando Bezerra.
Houve eleições para prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, embora Fortaleza, por conta do Ato Institucional Número Três, tenha elegido apenas vereadores, restrição eliminada em 1985.[nota 3] Naquele houve eleições no recriado município de Umirim e nos novos municípios de Amontada, Cruz, Forquilha, Icapuí, Itarema, Milhã, Paraipaba, Quixelô e Varjota.