Eleições estaduais no Piauí em 2014
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As eleições estaduais no Piauí em 2014 ocorreram em 5 de outubro como parte das eleições em 26 estados e no Distrito Federal. Foram eleitos o governador Wellington Dias, a vice-governadora Margarete Coelho, o senador Elmano Férrer, 10 deputados federais e 30 deputados estaduais.[1] Como o primeiro colocado recebeu mais da metade do votos válidos, a eleição foi decidida em primeiro turno. Pela Constituição,[2] o novo governador terá um mandato de quatro anos a se iniciar em 1º de janeiro de 2015.
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Eleições estaduais no Piauí em 2014 | ||||
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5 de outubro de 2014 (Decisão em primeiro turno) | ||||
Candidato | Wellington Dias | Moraes Souza Filho | ||
Partido | PT | PMDB | ||
Natural de | Oeiras, PI | Parnaíba, PI | ||
Vice | Margarete Coelho | Sílvio Mendes | ||
Votos | 1.053.342 | 555.201 | ||
Porcentagem | 63,08% | 33,25% | ||
Candidato mais votado por município no 1º turno (224): Wellington Dias (214) Zé Filho (10) | ||||
Titular Eleito | ||||
Após vencer as eleições para governador com Wellington Dias em 2002 e 2006 o PT consolidou a posição de partido governista no Piauí não apenas por suas realizações, mas também pelo alinhamento com o Governo Lula que dirigiu o país no mesmo período. Impossibilitado de lançar um candidato de suas fileiras, o partido apoiou em 2010 o nome de Wilson Martins, médico filiado ao PSB que chegou ao Palácio de Karnak após a renúncia do titular que disputaria com êxito um mandato de senador e com a vitória de Wilson Martins o petismo assegurou sua participação num novo período governamental[3] tendo ainda o suporte do Governo Dilma Rousseff.
O mando petista foi construído pelas vitórias de Wellington Dias sobre Hugo Napoleão e Mão Santa e pelo suporte do PMDB ao governo do PT enquanto as lideranças de oposição se alinhavam em torno do PSDB, que desde 1992 é o vencedor das eleições municipais em Teresina.[4] Tal cenário foi mantido até 2013 quando o PSB rompeu os vínculos com o Governo Federal e lançou a candidatura presidencial de Eduardo Campos e em virtude dessa realidade o PT foi lançado à oposição no cenário estadual e passou a combater tanto Wilson Martins quanto Moraes Souza Filho (Zé Filho), que assumiu o governo em abril de 2014 após a renúncia do titular e se consolidou como candidato do PMDB ao substituir o deputado federal Marcelo Castro.[5]
Derrotado na eleição para prefeito de Teresina em 2012, Wellington Dias reconstruiu seu grupo político ao aliar-se ao senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP e genro do ex-governador Lucídio Portela, oferecendo à deputada estadual Margarete Coelho a candidatura a vice-governadora e também atraiu o PTB que elegeu Elmano Ferrer como substituto do senador João Vicente Claudino. Apurados os votos esta chapa foi vencedora e deu a Wellington Dias a inédita condição de vencer três eleições diretas para o Palácio de Karnak tornando-se o primeiro piauiense a romper a barreira do milhão de votos e ainda estabeleceu um novo recorde percentual na disputa pelo governo do estado.[1][nota 1]
No referente à eleição para senador o triunfo de Elmano Ferrer fez de Wilson Martins o primeiro ex-governador a ser derrotado na disputa senatorial no mesmo ano da renúncia ao Executivo desde Chagas Rodrigues em 1962, embora a legislação da época tenha permitido sua eleição para deputado federal no mesmo pleito.[4] Sobre o novo senador, ele nasceu em Lavras da Mangabeira e formou-se engenheiro agrônomo na Universidade Federal do Ceará e advogado pela Universidade Federal do Piauí. Secretário de Planejamento no governo Freitas Neto, foi eleito vice-prefeito de Teresina via PTB na chapa de Sílvio Mendes em 2004 e reeleito em 2008 sendo efetivado prefeito em 2010 quando o titular renunciou a fim de disputar o governo do estado. Derrotado por Firmino Filho ao buscar a reeleição na eleição municipal de 2012, Elmano Ferrer substituirá o senador João Vicente Claudino.[6][1][7]
Este ano a presença da mulher na política estadual alcançou um novo patamar após a eleição de Margarete Coelho como vice-governadora e também no aumento da presença feminina na bancada piauiense no Congresso Nacional com a efetivação da senadora Regina Sousa e a eleição de duas deputadas federais, embora a "bancada do batom" na Assembleia Legislativa tenha sofrido uma redução de sete para quatro integrantes.[1]