Governo Lula (2003–2011)
governo do 35.º presidente do Brasil / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O Governo Lula (primeiro e segundo mandato) corresponde ao período da história política brasileira que se inicia com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência, em 1 de janeiro de 2003, em sua quarta candidatura para este cargo e após derrotar o candidato do PSDB, José Serra, com 61% dos votos válidos, em segundo turno.[2] Lula foi o primeiro ex-operário a se tornar presidente do Brasil, governou o país em dois mandatos (2003-2006 e 2007-2010).[3] Em outubro de 2006, Lula se reelegeu para a presidência, derrotando no segundo turno o candidato do PSDB Geraldo Alckmin, obtendo mais de 60% dos votos válidos contra 39,17% de seu adversário. Dezesseis anos depois, Geraldo Alckmin, seu adversário, se tornaria seu vice-presidente [4] Sua estada na presidência foi concluída em 1º de janeiro de 2011. O Governo Lula terminou com aprovação recorde da população, com número superior a 80% de avaliação positiva.[5][6][7] Com popularidade alta, fez sua sucessora, a sua então ministra Dilma Rousseff
Governo Lula | ||||
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2003 - 2011 | ||||
Início | 1° de janeiro de 2003 | |||
Fim | 1° de janeiro de 2011 | |||
Duração | 8 anos e 19 dias | |||
Organização e Composição | ||||
Tipo | Governo federal | |||
35.º Presidente | Luiz Inácio Lula da Silva | |||
23.º Vice-presidente da República | José Alencar | |||
Partido | PT | |||
Coligação | PT (2003-2011), PL/PR (2003-2011), PCdoB (2003-2011), PSB (2003-2011), PTB (2003-2009), PDT (2003-2004/2007-2011), PPS (2003-2004), PV (2003-2005), PMDB (2004-2011), PP (2005-2011), PRB (2007-2011)[1] | |||
Histórico | ||||
Eleição | Eleição de 2002 e Eleição de 2006 | |||
Legislatura(s) | Lista
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Teve como principais marcas a manutenção da estabilidade econômica, a retomada do crescimento do país e a redução da pobreza e da desigualdade social.[8] O governo Lula registrou a maior média de crescimento do PIB em duas décadas, de em torno de 4,1%, e o crescimento total ficou em 32,62%. A renda per capita cresceu 23,05%, com média de 2,8%.[9] O crescimento foi puxado pela alta das commodities, a demanda doméstica, ajudada por programas como o Bolsa Família e a redução das taxas internacionais de juros.[10][11][12] Apesar do crescimento econômico, a produtividade não aumentou junto.[13] Lula assumiu com a inflação em 12,53% e entregou a 5,90%.[14]
Uma das plataformas de campanha de Lula foi a necessidade de reformas constitucionais.[15] Uma reforma relevante ocorrida no Governo Lula foi a aprovação da Emenda Constitucional 45, de 2004, que ficou conhecida como "Reforma do Judiciário".[16] O governo Lula também se notabilizou pela busca do país em sediar grandes eventos esportivos. Os Jogos Pan-Americanos de 2007 ocorreram durante o seu mandato. Assim como a escolha do Brasil ser sede da Copa do Mundo FIFA de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. As decisões geraram polêmica quanto aos prejuízos[17][18][19] e legados[20][21][22] de cada evento.
Em 2009, penúltimo ano do Governo Lula, estudo anual realizado pela ONG Transparência Internacional informou que o Brasil ocupa a 75ª posição, num ranking de 180 países, sobre percepção de corrupção. O estudo deu ao Brasil nota 3,7, o que indica problemas de corrupção, segundo a entidade.[23] O Brasil piorou no ranking entre 2002 (nota 4,0, em 45º no ranking) e 2009 (nota 3,7, em 75º no ranking), tendo uma queda de 30 postos.[24] Em 2008, o Índice de Democracia, elaborado anualmente pela revista inglesa The Economist, classificou o Brasil como o 41º país mais democrático do mundo.[25]