Castela e Leão
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Castela e Leão é uma comunidade autónoma espanhola, classificada como «comunidade histórica e cultural» no seu Estatuto de Autonomia. Estabelecida enquanto pré-autonomia, em 1978, e oficializada como comunidade autónoma em 1983, é, segundo o seu Estatuto de Autonomia, a moderna união do antigo Reino de Castela com o Reino de Leão.
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Comunidade autónoma | ||||
Símbolos | ||||
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Gentílico | castelhano e leonês/esa castellano, a" y "leonés, sa (segundo o estatuto) | |||
Localização | ||||
Administração | ||||
Capital | Valladolid (de facto) | |||
Presidente | Juan Vicente Herrera Campo (Partido Popular) | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 94,223 § km² | |||
População total (2005) | 2 478 376 hab. | |||
Densidade | 26,57 hab./km² | |||
Outras informações | ||||
Províncias | Ávila, Burgos, Leão, Palência, Salamanca, Segóvia, Soria, Valladolid, Zamora | |||
Idioma oficial | Castelhano Leonês Galego | |||
Estatuto de autonomia | 30 de novembro de 2007
(reformado do 28 de Fevereiro de 1983) | |||
ISO 3166-2 | ES-CL | |||
Congresso Senado |
33 assentos 36 assentos | |||
Sítio | Junta de Castilla y León | |||
§ 18,6% da área total de Espanha |
Situada no norte da meseta da Península Ibérica, no noroeste de Espanha, é, em termos de área, a maior daquele país e uma das maiores divisões políticas subestatais da União Europeia, correspondendo-se maioritariamente com a parte espanhola da Bacia Hidrográfica do Douro. Compõe-se de nove províncias: Ávila, Burgos, Leão, Palência, Salamanca, Samora, Segóvia, Sória e Valladolid.
Já desde o início do debate federalista em Espanha, no século XIX (no decorrer da Primeira República),[1][2] surgiram projetos de autonomia para uma região castelhano-leonesa, se bem que com a inclusão das atuais comunidades da Cantábria e a Rioja (Castela-a-Velha). O seu Estatuto de Autonomia declara no preâmbulo que
A Comunidade Autónoma de Castela e Leão surge da moderna união dos territórios históricos que compunham e deram nome às antigas coroas de Castela e de Leão. Há mil e cem anos constituiu-se o Reino de Leão, do qual se desmembraram em qualidade de reinos, ao longo do século XI, os de Castela e Galiza e, em 1143, o de Portugal. Durante estas duas centúrias os monarcas que ostentaram o governo destas duas terras alcançaram a dignidade de imperadores, tal como atestam as intitulações de Afonso VI e Afonso VII.Original {{{{{língua}}}}}: La Comunidad Autónoma de Castilla y León surge de la moderna unión de los territorios históricos que componían y dieron nombre a las antiguas coronas de León y Castilla. Hace mil cien años se constituyó el Reino de León, del cual se desgajaron en calidad de reinos a lo largo del siglo xi los de Castilla y Galicia y, en 1143, el de Portugal. Durante estas dos centurias los monarcas que ostentaron el gobierno de estas tierras alcanzaron la dignidad de emperadores, tal como atestiguan las intitulaciones de Alfonso VI y Alfonso VII.
O Estatuto de Autonomia define uma série de valores essenciais e símbolos dos habitantes de Castela e Leão, como o seu património linguístico — aludindo às línguas castelhana, leonesa e galega — ou ao seu património histórico, artístico e natural. Entre os símbolos encontram-se o brasão, a bandeira, o pendão, o hino — apesar de não existir —, ao mesmo tempo que o dia 23 de abril foi definido como o Dia de Castela e Leão, em comemoração da derrota sofrida pelos exércitos das Comunidades de Vila e Terra castelhanas em Villalar durante a Guerra das Comunidades, em 1521.
É na comunidade que se encontra mais de 60% de todo o património (arquitetónico, artístico, cultural) existente em Espanha,[3] o que se traduz em nove bens Património da Humanidade,[4] quase 1800 bens de interesse cultural classificados, 112 conjuntos históricos, 400 museus, mais de 500 castelos, dos quais 16 considerados de alto valor histórico,[5][6] 12 catedrais, 1 concatedral,[7] e a maior concentração de arte românica do mundo.
Assim, os montes de Valsaín e as serras de Béjar e Francia, no sistema Central; os vales de Laciana, Omaña e Luna e os Picos da Europa e os Ancares, na cordilheira Cantábrica; e a Meseta Ibérica, na zona fronteiriça com Portugal, foram declarados reserva da biosfera pela UNESCO, a qual também reconhece o geoparque da Lora com esta figura de proteção.[8] Para além disto, Castela e Leão está altamente relacionada com dois dos registos do Programa Memória do Mundo da UNESCO como são os Decreta das Cortes de Leão de 1188, cúria régia considerada o berço do parlamentarismo mundial pela própria instituição,[9] e o Tratado de Tordesilhas.[10]
Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística de 2016, o seu PIB per capita leva-a a situar-se no oitavo lugar do conjunto do Estado.[11] Em 2007, o seu Índice de Desenvolvimento Humano era o quarto maior do país, e encontra-se acima de países como a França, Suécia, Países Baixos ou o Japão.[12][13] O Índice de Desenvolvimento de Serviços Sociais coloca a comunidade como a terceira que melhor serviços oferece aos seus cidadãos,[14] e a sua educação (de acordo com o relatório PISA de 2015), encabeça as pontuações em leitura e ciências.[15]
Várias zonas da comunidade são de fala galega ou portuguesa, como é o caso do Bierzo, das Portelas, de Calabor, São Félix dos Galegos, a Fregeneda, Almedilha e, anteriormente, da Bouça.