Capitania de Porto Seguro
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A Capitania de Porto Seguro foi uma das subdivisões administrativas do território brasileiro no período colonial da América Portuguesa (1500-1815), criada em 1534 junto com mais treze regiões hereditárias (1534–1548), entregues pelo rei de Portugal, Dom João III, a donatários em regime de hereditariedade.[1][2][3] Esta capitania coube ao donatário Pero do Campo Tourinho.
A carta de candidatura de Pero do Campo foi assinada em 27 de maio de 1534. A capitania era constituída por 50 léguas de costa entre a foz do rio Mucuri (na fronteira com a capitania do Espírito Santo) e a foz do rio Poxim (na época, rio Coxim), na fronteira com a capitania de Ilhéus.[4] Eduardo Tourinho, autor baiano que, do donatário, guarda o nome (através de Pero de Campos Tourinho, neto do donatário e deão da sé da Bahia), afirma que "na extensão de suas 50 léguas, estendia-se da margem sul do rio Grande, Jequitinhonha ou Belmonte, à margem norte do rio Doce" e "começarão na parte onde se acabarão as 50 léguas de que tenho feito mercê a Jorge de Figueiredo Correia na dita costa do Brasil", dizia o rei.
Tinha solo de ótima qualidade para o cultivo da cana-de-açúcar (sempre com mão de obra escrava),[5] muitos rios e muito pau-brasil. Eduardo Tourinho explica:
“ | Nos limites com Ilhéus, tinha muita ibirapitanga (pau-brasil), e, no rio Caravelas, muito nimbo (zimbo), aqueles búzios miudinhos que, em Angola, se transformavam em dinheiro e que, daqui, iam em barricas para o resgate de escravos. | ” |
Pernambuco e São Vicente foram as únicas capitanias que prosperaram no período colonial.[6]