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escritor, jornalista e político português (1884-1955) Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Artur de Oliveira Santos (Nossa Senhora da Piedade (Ourém), 22 de janeiro de 1884 — Lisboa, 27 de junho de 1955), foi escritor, jornalista, e político, defensor do republicanismo e anticlericalismo, tendo fundado o Centro Republicano Democrático e constituído a comissão municipal de Ourém do Partido Republicano Português em 1907.[1]
Artur de Oliveira Santos | |
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Nascimento | 22 de janeiro de 1884 Nossa Senhora da Piedade (Ourém) |
Morte | 27 de junho de 1955 (71 anos) Lisboa |
Nacionalidade | português |
Profissão | Político |
Página oficial | |
Casa do Administrador - Museu Municipal de Ourém |
Casou com Idalina de Oliveira Santos e dessa união nasceram oito filhos e filhas.
Fundou os jornais locais Voz de Ourém e Povo de Ourém. Colaborou nos Jornais O Mundo, A Vanguarda, O País, O Século, A República, O Povo, O Rebate, A Capital, O Diário, A Razão e A Voz da Justiça.[2]
Em 1907, para fazer face à organização do seu município de Vila Nova de Ourém foi criada uma Comissão Municipal Republicana, tendo sido eleitos como efectivos: Álvaro Mendes, presidente; Joaquim F. Cordeiro, secretário; João Nicolau, tesoureiro. Como vogais foram eleitos: Artur de Oliveira Santos e Sotero Caio da Silva Neves. Os substitutos eram: Manuel Joaquim de Oliveira; Joaquim Pereira; António Barbosa; José Francisco dos Reis e António Duarte.[3]
José Poças, descreve da seguinte forma o contributo de Artur de Oliveira Santos na Implantação da República Portuguesa:[4]
“ | (…) no dia 2 de Outubro de 1910, de manhã, partia para Lisboa, onde se encontrou com o líder republicano, António José de Almeida (futuro Presidente da República de 1918 a 1925). Na posse da senha do movimento republicano - «Mandou-me procurar? Passe, cidadão» - foi uma testemunha ocular da revolução do 5 de Outubro, no que descreveria como “um dos momentos mais felizes da vida”, confessando que “durante trinta e duas horas não dormi e pouco comi”. Também significativo é o telegrama enviado para Ourém no dia 3, à tarde, dirigido a Álvaro Mendes, dando conta, em código, do inicio da revolução - «o tio entra amanhã no Hospital». Artur de Oliveira Santos só regressará ao concelho no dia 7 de madrugada, de comboio. Sem descansar e acompanhado por Álvaro Mendes e demais apaniguados, foi içar a bandeira republicana no castelo da velha Ourém. Concretizava-se assim o seu sonho político, a vitória do ideal republicano. | ” |
A Primeira República Portuguesa, no que se refere à sua governação do Estado, é-lhe reconhecida como tendo feito uma grande "guerra" à Igreja Católica[5]. Assim emanado nesse espírito anticatólico e mais ainda provavelmente por obediência maçónica ao Grande Oriente ao qual pertencia desde os vinte e seis anos de idade[6], que assim históricamente procedia, ao ter sabido das aparições de Nossa Senhora em Fátima, no concelho de Ourém do qual era administrador[7], em 13 de Agosto de 1917, resolveu trazer para a sede de concelho as três crianças videntes que diziam ver e falar com a Virgem Maria, para as interrogar. Passados dois dias, quando chegou o dia 15 daquele mês, acabou por libertá-las da prisão[8][9].
Iniciou a sua atividade profissional no início do século XX com a fundação de uma oficina de latoaria denominada "A Social" em (Ourém). No ano de 1924 torna-se Delegado do Governo, no concelho, mas com a Revolução do 28 de Maio de 1926, acaba perseguido e preso pelo Estado. Em 1931 exilou-se em Espanha, permanecendo até 1939, onde acabou por participar na Guerra Civil espanhola como maqueiro. Retorna então a Portugal, mas para Lisboa onde será um dos fundadores da Casa de Ourém - instituição regionalista dedicada a apoiar os migrantes de Ourém na capital. Sempre que podia, escrevia para o jornal local Notícias de Ourém sob o pseudónimo "João de Ourém". Confrontado com as acusações de rapto e ameaças aos [Videntes de Fátima] em 1917, escreve um artigo para o jornal "A República" em 20 de julho de 1951. Faleceu em Lisboa a 27 de junho de 1955.
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