António de Almeida Soares Portugal
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António de Almeida Soares Portugal ou António de Almeida Soares Portugal de Alarcão Leça e Melo (Portugal, em 4 de novembro de 1699 - Bahia, Brasil, 4 de Junho de 1760)[1] foi o 1º Marquês do Lavradio, 1.º Conde do título e 4.º Conde de Avintes. Foi o 8.º vice-rei do Brasil, de 1749 a 1753, 44.º Capitão-general e governador de Angola.[2]
António de Almeida Soares Portugal | |
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44.º Capitão-general de Angola | |
Período | 1749-1753 |
Antecessor(a) | Fonseca Coutinho |
Sucessor(a) | António Álvares da Cunha |
Foi capitão e depois coronel de infantaria do Regimento de Elvas. Igualmente Coronel do regimento de infantaria da corte[1].
D. João V de Portugal, em atenção aos serviços prestados pelo tio, 1.º patriarca de Lisboa D. Tomás de Almeida, lhe fez mercê do senhorio da vila do Lavradio de juro e herdade, e da comenda de São Pedro de Castelões na Ordem de Cristo. Foi ainda comendador de Santa Maria de Lamas e São Martinho de Lordosa na mesma Ordem.
O mesmo rei concedeu-lhe ainda o título de 1.º conde do Lavradio em 12 de Janeiro de 1714, de que se passou carta a 17 de Julho de 1725. O título pertencera a Luís de Mendonça Furtado e Albuquerque, vice-rei da Índia morto sem geração, consequentemente vago para a Coroa.
Em 1749 foi nomeado governador capitão-general de Angola, sucedendo a João Jacques de Magalhães, até 1754, em que foi substituído por António Alvares da Cunha. Ali procedeu de modo um pouco tirânico e "mão férrea", havendo sobre o assunto uma famosa carta de Alexandre de Gusmão em 21 de março de 1747. Construiu em 1750 o novo edifício do Trem, em 1752 foram criados os regimentos de milícias; e destruiu quadrilhas de salteadores que devastavam a província. Conservou-se no governo até 1754, ano em que foi substitui-lo António Alvares da Cunha.
De regresso ao Reino, foi nomeado coronel de Infantaria na Corte, mais tarde governador de Elvas e, em 1757, foi promovido a sargento-mor de batalha[1].
Durante esse tempo o rei D. José I de Portugal, por decreto de 18 de Outubro de 1753, elevou-o a marquês de Lavradio concedendo lhe a mercê duma vida em todos os bens da coroa e ordens, com outras mercês, de que tirou carta, passada em 17 de julho de 1753.
Mais tarde o Marquês de Pombal, ministro de El-rei D. José I de Portugal, tinha-lhe em grande consideração por seu espírito reformador, e o nomeou em 1760 vice-rei do Brasil para substituir o conde dos Arcos, que durante cinco anos governara a opulenta colónia. Partiu para a Bahia, sede da colónia, e ali chegou em janeiro de 1760, mas faleceu pouco depois de tomar posse do seu novo cargo.