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série policial portuguesa Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Zé Gato foi uma série de televisão policial produzida pelo Centro Português de Cinema para a RTP em 1978 e transmitida na RTP2 entre 6 de dezembro de 1979 e 19 de agosto de 1980. [1][2]
Zé Gato | |
---|---|
Informação geral | |
Formato | série |
Gênero | Policial |
Duração | 50 minutos |
Estado | Terminada |
Criador(es) | Rogério Ceitil |
Elenco | Orlando Costa António Assunção Luís Lello Canto e Castro |
País de origem | Portugal |
Idioma original | português |
Temporadas | 1 |
Episódios | 13 |
Produção | |
Diretor(es) | Rogério Ceitil |
Diretor(es) de criação | Rogério Ceitil |
Produtor(es) | Rogério Ceitil |
Editor(es) | Rogério Ceitil (alguns episódios) Maria José Pinto (alguns episódios) |
Cinematografia | António Escudeiro |
Roteirista(s) | João Miguel Paulino Dinis Machado Pedro Franco |
Tema de abertura | Tema musical da série "Quem és tu Zé Gato..." |
Composto por | Tozé Brito Jorge Palma |
Tema de encerramento | Tema musical da série "Quem és tu Zé Gato..." |
Empresa(s) produtora(s) | Centro Português de Cinema |
Exibição | |
Emissora original | RTP2 |
Distribuição | RTP |
Formato de exibição | 4:3 |
Transmissão original | 6 de dezembro de 1979 – 19 de agosto de 1980 |
Cronologia | |
Programas relacionados | Uma Cidade como a Nossa |
Esta série caracteriza-se por não dar uma grande atenção aos detalhe mas por outro lado apresentar uma história bastante rica e realista. Foi na altura um bom ensaio para fazer uma série policial com conteúdo credível mesmo com um orçamento baixo. Foi usada ainda como chamariz para a estreia da "nova" RTP2, canal que foi autonomizado em 1979 e que até então era um mero retransmissor da emissão da RTP.
Lisboa, 1979. Depois da Revolução de 25 de Abril de 1974, a liberdade trouxe alguns aspectos menos positivos. A cidade tem os seus meandros sujos, com "histórias" da noite (e do dia…), crime, negócios escuros, traficantes de droga, assassinos e pirataria e é aí que entra o Zé Gato.
Zé Gato (Orlando Costa) é um agente de Polícia, cínico e conhecedor destes meandros. Caracteriza-se pela sua rectidão, coragem e pelos métodos pouco ortodoxos que usa para apanhar os criminosos. Não era comum na altura o trabalho sob disfarce e quando tinha de bater em alguém também o fazia. Uma das suas marca mais características é fazer "dançar" uma moeda pelos seus dedos.
O seu chefe é o Inspector Duarte (António Assunção). Austero, exigente e sempre com "duas pedras na mão". No fundo acabava por apreciar o seu subordinado pela sua coragem e confiava nele para os casos mais perigosos que chegaram mesmo a ser arriscados e que exigiam esperteza e subtileza. O superior de Duarte é o comissário da polícia (Baptista Fernandes).
O principal informador de Zé é um marginal com a alcunha de "Matrículas" (Luís Lello). Com aquele jeitinho de "desenrasca" e vendedor ambulante tipicamente português (os "negócios" de ocasiao e os menos claros, os totobolas…). É o melhor amigo de Zé fazendo-lhe favores que põem em risco a sua própria vida (num episódio, Zé é internado num hospital - depois de o tentarem matar - e é Matrículas que marca presença numa das suas operações policiais). Trata Zé e Duarte com respeito, chamando chefe a Zé e Senhor Doutor ou apenas Doutor a Duarte.
Um outro grande amigo de Zé é um ex-Agente a quem Zé trata por "Mestre" (Canto e Castro). Já reformado, é como um guru para Zé, dando-lhe dicas e conselhos de como prosseguir o seu trabalho da melhor forma.
Elenco | ||
---|---|---|
Nome do Ator | Nome da personagem | Nº de episódios presentes |
Orlando Costa | Zé Gato | 12 episódios, 1979 |
António Assunção | Duarte | 11? episódios, 1979 |
Luís Lello | Matrículas | 10? episódios, 1979 |
Canto e Castro | Mestre | 9? episódios, 1979 |
Márcia Breia | Inês | 4 episódios, 1979 |
Carlos César | Películas | 1 episódio, 1979
1 episódio, 1980 |
Baptista Fernandes | Chefe de Polícia (Comissário) | |
Manuel Cavaco | Homem do Bar | |
Jacinto Ramos | Torres | 2 episódios, 1979 |
Pedro Bandeira-Freire | Raúl | 1 episódio, 1979 |
António Feio | Manuel | |
Luís Alberto | Chico | |
Rui Mendes | Agente FBI | 1 episódio, 1980 |
Os 12 primeiros episódios apresentam denominadores comuns (Há um crime a decorrer/ Zé investiga e intervém/ Zé pede conselhos a Mestre/ Zé pede favores a Matrículas/ Zé é admoestado por Duarte/ Zé e Duarte agem perante o caso/ Zé enfrenta "de peito aberto" os bandidos/ Zé sai - quase sempre - vitorioso).
O último episódio ("O Agente Americano") é totalmente humorístico. Neste, Duarte (António Assunção) recebe uma ordem do comissário (Baptista Fernandes) para ir receber um suposto agente do FBI (Rui Mendes) e servir-lhe de cicerone na visita à cidade de Lisboa.
A forma como o episódio está escrito, a forma como ambos os actores (António Assunção e Rui Mendes) se entrosavam, o facto dos "gags" serem de facto hilariantes, revela que poderá ter estado na origem da série "Duarte e Companhia" que foi da autoria da mesma equipa de escrita e realização (Rogério Ceitil, João Miguel Paulino, etc.) e que teve os dois actores como protagonistas.
Duarte e Companhia também teve bastantes atores em comum com Zé Gato. Os atores António Assunção e Canto e Castro e o referido Rui Mendes do episódio: o agente americano), Ema Paul (episódio: A Vermelhinha), Baptista Fernandes (episódios: O Inquérito e o agente americano) e ainda Luís Alberto (episódio: Lembras-te, José). Orlando Costa foi escolhido pelo realizador Luís Filipe Costa para uma pequena participação na série Uma cidade como a nossa de 1981 onde voltou a desempenhar o mesmo papel.
Como Orlando Costa estava internado no hospital acontece uma maior união entre Matrículas e o Inspetor Duarte. A união deles no episódio A Vermelhinha teve alguns toques de comédia pois Duarte (António Assunção) disfarça-se de marginal e joga à vermelhinha e ainda desafia os participantes que queiram entrar na aposta. Também quando está com duas raparigas fala de uma forma bastante cómica e diz que veio de França para Portugal. Essas cenas cómicas teriam ajudado à ideia de Rogério Ceitil, a fazer a união de Rui Mendes e António Assunção no último episódio.
Temp. | Episódios | Ano de Transmissão | Dia da Semana | Elenco Principal | |
---|---|---|---|---|---|
1 | 13 | Terça-feira (episódios 7 a 13) |
Canto e Castro e António Assunção |
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Em Fevereiro de 2013, a PSP de Vila Franca de Xira apreendeu em casa de Rogério Ceitil na freguesia de Alhandra, um revólver de calibre .32 e uma espingarda de cano liso ('shotgun') de calibre 12 utilizadas nas filmagens das séries Zé Gato e Duarte e Companhia, entregues voluntariamente pelo produtor. O produtor manifestou a vontade de as armas ficarem expostas em algum local, tendo em conta o seu valor histórico.
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