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Voyeurismo (vua-ierismo) ou mixoscopia (cs) é uma prática que consiste em um indivíduo obter prazer sexual através da observação de pessoas praticando sexo ou nuas.[1][2] Quando a pessoa observada não está ciente de que está sendo observada, tal comportamento é, em muitos países, considerado um crime, configurando uma invasão de privacidade. Mais modernamente, contudo, o termo tem sido aplicado de forma mais ampla, abrangendo qualquer pessoa que gosta de ver a intimidade de outras pessoas, mesmo sem qualquer conotação sexual, como por exemplo em reality shows.[3]
A prática do voyeurismo manifesta-se de várias formas, embora uma das características-chave seja a de que o indivíduo não interage com o objeto (por vezes, as pessoas observadas não estão cientes de que estão sendo observadas); em vez disso, observa-o tipicamente a uma relativa distância.
"Voyeurismo" é uma junção do termo francês voyeur ("aquele que vê") com o sufixo nominal "ismo".[1]
O voyeurismo, quando viola a privacidade, é considerado um crime em doze estados dos Estados Unidos,[4] no Canadá, no Reino Unido, Índia e Singapura[5]. Alguns países, como Vietnã e Rússia, exigem que as câmeras vendidas emitam um som quando estão filmando, de modo a alertar pessoas que estejam sendo filmadas sem o seu consentimento.
A simples excitação sexual diante da visão de pessoas nuas ou praticando sexo não é considerada uma doença. O voyeurismo é considerado uma doença mental pela Associação Americana de Psiquiatria somente quando gera uma ação do voyeur, ou quando este sofre grande desconforto e dificuldade de relacionamento.[6] Os sintomas precisam persistir por mais de seis meses, e o voyeur precisa ter mais de dezoito anos, para que possa haver a classificação como distúrbio mental.[7]
Historicamente, o voyeurismo enquanto doença tem sido tratado medicamente de várias formas. Psicanálise, terapia em grupo e terapia de aversão foram já tentados, com sucesso limitado.[8] Existe evidência de que pornografia pode ser usada como forma de tratamento, baseado no fato de que países com censura de pornografia costumam ter altas taxas de voyeurismo.[9] Do mesmo modo, incentivar voyeurs a trocar o voyeurismo pelo consumo de pornografias gráficas e revistas como Playboy foi usado com sucesso como terapia.[10] Estes estudos demonstram que a pornografia pode ser usada para satisfazer o desejo voyeur sem ferir a lei. Também já foi tentado o uso de antidepressivos (como a fluoxetina, por exemplo) e antipsicóticos como tratamento, com relativo sucesso.[11][3][12]
O mestre inglês Alfred Hitchcock foi quem primeiro deu mais destaque ao voyeurismo, principalmente em sua obra Janela Indiscreta. Nos anos 1980, Brian De Palma tocou novamente no tema, com o clássico Body Double (Dublê de Corpo). O filme Porky's (1982) também lidou com o tema. Em 1993, o tema foi tratado no filme Sliver. Recentemente, Michael Haneke trabalhou sua perspectiva da observação sexual em Caché. Também o italiano Tinto Brass usa bastante e de forma peculiar o voyeurismo em seus filmes. Na série Elite, a personagem Polo apresenta o voyeurismo.
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