Vitex megapotamica[5][6] é uma árvore nativa do Brasil[1], também ocorre em outros países e é endêmica da América do Sul.[1]. Ela também é conhecida pelos nomes populares: tarumã, tarumã-romã, tarumã-do-mato, tarumã-de-montevidéu, tarumã-preta, sombra-de-touro, azeitona-da-terra, azeitona-brava, tarumã-azeitona e tapinhoan.

Factos rápidos Estado de conservação, Classificação científica ...
Como ler uma infocaixa de taxonomiaVitex megapotamica
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Folhas e os frutos da Vitex megapotamica.
Estado de conservação
Espécie não avaliada
Espécie não avaliada
Não avaliada
[1]
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Subclasse: Magnoliidae
Ordem: Lamiales
Família: Lamiaceae
Gênero: Vitex
Espécie: V. megapotamica[2][3][4]
Nome binomial
Vitex megapotamica
(Spreng.) Moldenke
Distribuição geográfica
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Mapa mostrando ocorrência nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil e na Argentina, Bolívia e Paraguai.
Sinónimos
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O tarumã já foi mais popular, principalmente devido à sua madeira, que tem fama de indestrutível por durar bastante, mesmo em lugares úmidos e também pelos frutos roxo-azulados, com aparência de azeitonas, embora sejam comestíveis, geralmente são desprezados por causa de seu sabor, mas são apreciados por macacos e pássaros.[7][8]

Morfologia

A V. megapotamica atinge altura média de doze metros, seu tronco atinge diâmetro médio de cinquenta centímetros, possui folhas compostas, digitadas, com média de cinco folíolos, com o ápice do limbo dos folíolos centrais agudos, arredondados e acuminados, com a base do folíolo do limbo aguda, coloração das faces abaxial e adaxial dos folíolos centrais concolores, domácia ausente, limbo do folíolo central com formato elíptico/obovado, mais de três folíolos por folha, pecíolo conspícuo, prefoliação do limbo dos folíolos centrais conduplicados/planas; folíolos cartáceos, com nervura saliente na face inferior, com comprimento médio de sete centímetros; cimeiras não divaricadas, com dicásio simples, mais de sete flores por cimeira, flores com densidade laxa/congesta na cimeira, pedúnculo da cimeira conspícuo e maior que o cálice, profilo pouco desenvolvido ou inconspícuo.[1] O fruto é drupóide, nuculânio, tetralocular, contém de uma ou duas sementes com camada pouco espessa de endosperma e embrião axial, foliáceo; diásporo (pirênio) constituído por endocarpo mais a semente, possui textura áspera e é dividido em quatro lóculos por suturas longitudinais pouco evidentes; endocarpo lenhoso parece restringir a germinação das sementes; a plântula é epigea, fanerocotiledonar, com paracotilédones elípticos, com margem inteira, e eofilos opostos, simples, elípticos, com margem serreada, apresenta tricomas tectores; O paracotilédone e o eofilo apresentam mesofilo heterogêneo, dorsiventral, feixe colateral em forma de arco e estômatos anomocíticos; a raiz é poliarca, com córtex parênquimático; o hipocótilo possui tricomas glandulares e não-glandulares, o colo é distinto; o fruto é esférico, de superfície lisa e brilhante, verde-claro quando imaturo, tornando-se roxo escuro quando maduro, possui massa média de 3,17 gramas e diâmetro médio de 17,66 milímetros; o pirênio possui massa de 350 mg, dimensóes de 11,26 por 8,09 por 6,71 milímetros de comprimento, largura e espessura respectivamente; o cálice é persistente e o fruto desprende-se do longo pedicelo quando maduro; o diásporo é constituído pelo endocarpo mais as sementes; a semente, que ocupa todo o lóculo, é elipsóide, com tegumento papiráceo, de cor bege-clara, com testa áspera, com micrópila e seu hilo e sua calaza são visíveis sob lupa.[9][10][11]

Ecologia

A V. megapotamica é heliófita, caducifólia, apresenta dispersão zoocórica, especialmente pela avifauna.[9][10]

Fenologia

Floresce de outubro a dezembro junto com o surgimento de folhas novas; seus frutos amadurecem de janeiro a março.[10]

Distribuição geográfica

A V. megapotamica ocorre nas regiões nordeste, centro-oeste, sudeste e sul do Brasil nos biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica em locais de Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila, Floresta Ombrófila Mista e Restinga.[1] Ocorre também na Argentina, na Bolívia, no Paraguai, no Uruguai.[1][2][12]

Madeira

Sua madeira possui densidade de 810kg/m³ (considerada moderadamente densa), é resistente, possui textura média e ótima durabilidade até em ambientes externos.[10]

Utilização

Da sua madeira se fazem dormentes, tonéis, rodas hidráulicas, palanques, postes, mourões, esteios, vigas de pontes, também é utilizada na construção civil, em obras hidráulicas e expostas, na confecção de cepas de tamanco.[7][10] Suas flores são melíferas, seus frutos são comestíveis e são consumidos por macacos e pela avifauna.[7][10]

Referências

  1. «Vitex». Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Consultado em 17 de setembro de 2017
  2. «Vitex megapotamica (Spreng.) Moldenke». Tropicos.org. Missouri Botanical Garden. Consultado em 6 de julho de 2017
  3. «Vitex megapotamica (Spreng.) Moldenke». The Plant List (2013). Version 1.1. Published on the Internet. Consultado em 6 de julho de 2017
  4. R.Govaerts; Oliveira-Filho, A.T.; de Lima, C.T. & França, F.;Paña-Chocarro, M.C., Espada-Mateos, C., Vera, M., Céspedes, G. & Knapp, S. ;Jørgensen, P.M., Nee, M.H. & Beck., S.G. (eds.). «Vitex megapotamica (Spreng.) Moldenke». WCSP. 'World Checklist of Selected Plant Families. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew. Published on the Internet. Consultado em 6 de julho de 2017
  5. «Vitex megapotamica (Spreng.) Moldenke». http://eol.org/. Consultado em 18 de setembro de 2017
  6. CARDOSO, Francisco (2004). Árvores de Curitiba. [S.l.]: Curitiba: Ed. do Autor. 96 páginas
  7. Andrés E.L. Reyes. «Vitex megapotamica (Spreng.) Moldenke». http://www.esalq.usp.br/trilhas/. Consultado em 17 de setembro de 2017
  8. Nelson Luiz Cosmo; Alessandra Mara Gogosz; Antônio Carlos Nogueira; Cleusa Bona; Yoshiko Saito Kuniyoshi (2009). Morfologia do fruto, da semente e morfo-anatomia da plântula de Vitex megapotamica (Spreng.) Moldenke (Lamiaceae). Acta Bot. Bras. [online]. 2009, vol.23, n.2. [S.l.: s.n.] ISSN 0102-3306
  9. Lorenzi, H. (1992). Árvores brasileiras. Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. [S.l.]: Nova Odessa, SP. Ed. Plantarum. p. 344
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