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clube de futebol argentino Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O Club Atlético Vélez Sarsfield,[1] mais conhecido como Vélez Sarsfield, é um clube argentino de futebol localizado no bairro de Liniers, na cidade de Buenos Aires. Seu time de futebol disputa a Primera División, o maior nível do sistema de ligas da Argentina. Manda seus jogos em casa no Estádio José Amalfitani para 49.540 torcedores, desde 1951.
Nome | Club Atlético Vélez Sarsfield | ||
Alcunhas | El Fortín (A Fortaleza) La V Azulada | ||
Torcedor(a)/Adepto(a) | Fortineros | ||
Principal rival | Ferro Carril Oeste San Lorenzo | ||
Fundação | 1 de janeiro de 1910 (114 anos) | ||
Estádio | José Amalfitani | ||
Capacidade | 49.590 pessoas | ||
Localização | Liniers, Buenos Aires, Argentina | ||
Presidente | Fabián Berlanga | ||
Treinador(a) | Gustavo Quinteros | ||
Patrocinador(a) | Saphirus Salam Banco Supervielle | ||
Material (d)esportivo | Diadora | ||
Competição | Campeonato Argentino Copa Libertadores | ||
Website | www | ||
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Um dos clubes mais bem sucedidos na história do futebol argentino, possui onze títulos nacionais (dez títulos da liga e um de copa) e cinco internacionais, incluindo uma Copa Libertadores e uma Copa Intercontinental.[2] Além do futebol, o clube detém outros esportes, como atletismo, basquetebol, ginástica, hóquei em campo, artes marciais, tênis, patinação e voleibol.[3]
Em 1 de janeiro de 1910 se formalizou a fundação, por imigrantes italianos, na cidade de Buenos Aires, do Club Atlético Argentinos de Vélez Sarsfield (nome dado em homenagem a um ilustre jurista argentino) e o primeiro presidente eleito foi Luis Barredo.
O primeiro uniforme utilizado foram as clássicas camisetas brancas, que eram mais baratas e estavam ao alcance de todos e as partidas como equipe local eram disputadas no campo de Ensenada y Provincias Unidas.
Dois anos mais tarde, troca-se o uniforme oficial: camisetas azul-marinho e calções brancos. Corria o ano de 1913, e ingressaram dez novos sócios, entre eles José Amalfitani, e em uma reunião da Comissão Diretora, decidem abreviar o nome para Club Atlético Vélez Sarsfield.
Em 14 de maio do ano seguinte, foi oficializada a camiseta “tricolor”, de listras verticais com as cores vermelho, branco e verde, devido às origens italianas do clube, muito parecida com a do Fluminense, do Rio de Janeiro, com quem inclusive possui forte amizade, também entre suas torcidas.[4][5]
Em 1919, o Vélez consegue sua primeira ascensão à primeira divisão e consegue o vice-campeonato do campeonato da Associação Amadora de Futebol. Em 13 de março de 1923, José "Don Pepe" Amalfitani se torna presidente do clube, cargo que ocuparia por trinta anos. Logo o clube consegue um terreno na interseção das ruas Basualdo e Guardia Nacional (Villa Luro). Em 1928, se realiza a primeira partida noturna do futebol argentino nesse mesmo lugar.
O estádio construído acabaria recebendo o nome que o identifica: "El Fortín" (palavra que também existe na língua portuguesa e que significa "pequeno forte" ou "pequena fortaleza"). O autor dessa denominação foi o jornalista Hugo Marini, chefe da seção de esportes do jornal "Crítica", e fazia alusão à aparência do campo e a sua fama de alçapão.
Dez anos depois, houve a necessidade de renovar o estoque de camisetas, e foi então que surgiu a proposta de um comerciante, que ofereceu a baixo custo um jogo de camisetas brancas com um "V" azulado na altura do peito, que um clube de rugby nunca havia retirado. Os dirigentes velezanos aceitaram a proposta e assim nasceu o uniforme atual da equipe fortinera, usado até hoje, embora em algumas ocasiões, o clube use o antigo uniforme.
Em 1940, o Vélez sofreu seu primeiro descenso, que trouxe como consequência o despejo do terreno do campo de jogo e a renúncia de uma centena de sócios. Foi então que "Don Pepe" pôs tudo de si mesmo e juntou centavo a centavo para encarar a construção do novo estádio da avenida Juan B. Justo e Álvarez Jonte, com as tribunas do velho Fortín.
Passaram-se três anos nos quais a luta de Amalfitani foi mais que notória e a recompensa de seus esforços foi o retorno a Primeira Divisão com uma campanha meritória. Já na categoria máxima, começa a remodelação do estádio e, em 1951, se inaugura o estádio de cimento.
A campanha mais importante para a história do Vélez até então, foi realizada em 1953, quando a equipe conquistou o vice-campeonato da primeira divisão.
O Vélez foi campeão pela primeira vez em 29 de dezembro de 1968. A equipe ganhou 10 partidas, marcou 39 gols e teve a maior goleada da temporada ao vencer por 11 a 0 ao Huracán de Bahía Blanca. O treinador foi Manuel Giúdice e seus grandes destaques foram os craques Daniel Willington e Carlos Bianchi. Além do mais teve o artilheiro do campeonato, Omar Wehbe, com 16 gols.
Em 14 de maio de 1969, morre José Amalfitani.
A Copa do Mundo FIFA de 1978, realizada na Argentina, teve como uma de suas subsedes o estádio de Liniers, que foi remodelado de acordo com o regulamento da FIFA. Construíram-se novas plateias, e ampliou-se a capacidade do "Nuevo Fortín" - seu apelido - para 50 mil espectadores.
O Estádio José Amalfitani recebe a visita do Papa João Paulo II em 10 de abril de 1987, que celebra uma missa diante de 55 mil fiéis.
O Vélez se consagrou campeão do Campeonato Clausura em 8 de junho de 1993 ao empatar com o Estudiantes de La Plata, no estádio do adversário, em 1 a 1 na décima oitava rodada do torneio. Carlos Bianchi, o maior artilheiro da história do clube, foi o treinador que levou o Vélez a liderar a tabela com 27 pontos. A equipe era formada, em sua maioria, por jogadores das categorias inferiores como Marcelo Gómez, Christian Bassedas, Omar Andrés Asad e José Flores, aos quais se somaram jogadores já consagrados, vice-campeões no ano anterior sob a direção de Eduardo Luján Manera, entre os quais José Luis Chilavert, Roberto Trotta, Víctor Sotomayor, Raúl Cardozo, José Basualdo e Walter Pico.
O dia 31 de agosto de 1994 é uma data que nenhum velezano poderá se esquecer facilmente. Foi o maior passo que deu o Vélez e que o fez reconhecido no continente americano: a conquista da Taça Libertadores da América, diante do São Paulo de Telê Santana, em pleno Morumbi. Na fase inicial, classificou-se em primeiro lugar em um grupo difícil com Boca Juniors, Palmeiras e Cruzeiro e, em seu caminho para a grande final, superou o Defensor do Uruguai, Minervén da Venezuela e Junior Barranquilla da Colômbia.
As incríveis defesas e cobranças de pênaltis por parte do paraguaio José Luis Chilavert foram as armas letais do Vélez. No primeiro jogo da final, no estádio José Amalfitani, diante do São Paulo, Asad converteu o único gol que deu esperanças de ganhar essa final. Finalmente, o Morumbi esperava a equipe de Liniers, perdeu o tempo normal por 1 a 0 e na disputa de penaltis, o clube de El Fortín superou o São Paulo FC por 5 a 3. A taça, assim, viajou até as vitrines de Liniers. O Vélez consagra-se campeão da América, o primeiro grande sonho cumprido.
Depois da vitória diante do São Paulo Futebol Clube de Telê Santana, o Vélez tinha um desafio de uma magnitude jamais experimentada: enfrentar o Milan de Fabio Capello, em Tóquio. Em um confronto de titãs, o bairro derrotou o império. Trotta, com um gol de pênalti aos 12 minutos do segundo tempo e Asad, com um golaço 7 minutos depois, foram suficientes para cumprir com o objetivo. E nesse 1 de dezembro de 1994, o Vélez se sagrou campeão intercontinental.
O Vélez revalidou seus títulos em 1995, ao conquistar o Campeonato Apertura, com os mesmos homens de sempre, mais o esforço de Herrera e alguns juvenis promovidos por Bianchi. Com seis vitórias nas últimas seis partidas, e um contundente 3 a 0 contra o Independiente, em Avellaneda, em 17 de dezembro, o Vélez conquistou seu terceiro título em campeonatos nacionais.
Ao conquistar a Copa Libertadores em 1994, não só teve a oportunidade de disputar a Supercopa nos anos seguintes, como também a Recopa Sul-americana e a Copa Interamericana, esta última enfrentando ao campeão da Copa dos Campeões da CONCACAF, o Sport Cartaginés, da Costa Rica. A primeira partida, em San José, terminou empatada sem gols. Na revanche, disputada em 24 de fevereiro, no estádio José Amalfitani, o Vélez derrotou seu adversário com dois gols de José Oscar Flores, e se coroou campeão da Copa Interamericana.
Faltavam quatro rodadas para finalizar o Campeonato, quando Bianchi deixou nas mãos de seu ajudante Osvaldo Piazza a direção técnica do Vélez. A equipe tinha perdido somente uma partida, diante do Estudiantes. Na tarde de 18 de agosto de 1996, diante do Independiente, o último rival no torneio, Chilavert defendeu um pênalti cobrado por Jorge Burruchaga nos últimos minutos de jogo. Com um empate sem gols, o Vélez se consagrou bicampeão em seu estádio.
Em 4 de dezembro de 1996, o Vélez se sagrou campeão invicto da Supercopa ao derrotar na final o Cruzeiro Esporte Clube, por 2 a 0, com gols de Patricio Camps e Gélson (contra). Duas semanas antes, em Belo Horizonte, o Vélez havia ganho por 1 a 0, com gol de Chilavert, de pênalti, marcando a primeira vitória de equipes argentinas neste estádio.
O Vélez ganhou em 13 de abril de 1997, em Kobe, no Japão, a única taça que faltava em sua vitrine. Empatou por 1 a 1 com o River nos 90 minutos e na prorrogação. Na definição por pênaltis, mais uma vez brilhou a estrela de Chilavert, ao defender os chutes de Marcelo Gallardo e Trotta, o jogador que abriu o caminho para o título intercontinental do Vélez. Pellegrino, por sua parte, converteu o pênalti que deu a quinta estrela internacional ao clube.
Chilavert e Christian Bassedas eram os pontos fortes. Zandoná, Mauricio Pellegrino, Raúl Cardozo e Compagnucci eram os históricos. E a tática era completamente diferente. O treinador Marcelo Bielsa promovia uma renovação. Claudio Husaín, Camps, Sebastián Méndez e a aparição do juvenil Lucas Castromán foram decisivos para a obtenção do último título dos anos 90. Em 31 de maio de 1998, com um gol de Martín Posse contra o Huracán, em Liniers, o Vélez conquistou o campeonato.
Depois de sete anos, o Vélez conquistou seu sexto título nacional. O adversário batido foi o Estudiantes de La Plata, em Liniers, por 3 a 0, gols de Fabián Cubero, Rolando Zárate e Castromán. O treinador do Vélez foi Miguel Ángel Russo.
O Vélez conquistou seu sétimo título nacional ao vencer o Torneio Clausura em 2009 ao bater o Huracán na última partida por 1 a 0, gol de Maximiliano Moralez, um dos destaques da equipe ao lado do zagueiro Sebastián Domínguez. O treinador foi Ricardo Gareca.
Mantendo a base da equipe campeã em 2009, o Vélez conquistou seu oitavo título nacional, o Torneio Clausura 2011, com uma rodada de antecedência ao vencer o Huracán por 2 a 0.[6] O treinador foi novamente Ricardo Gareca e um de seus jogadores mais destacados na campanha foi o atacante uruguaio Santiago Silva.
Com a base dos últimos anos e ainda sob a direção de Gareca, o Vélez conseguiu o título do Torneio Inicial 2012 com uma rodada de antecedência e a vaga garantida na final do campeonato em 2013.[7][8] Seu principal destaque foi o atacante Facundo Ferreyra, artilheiro do campeonato com 13 gols marcados.
Em 2013, o Vélez obteve mais um título, a Super Final 2012-13 ao vencer o Newell's Old Boys, campeão do Torneio Final 2013 por 1 a 0, com um gol de Lucas Pratto e com grande atuação do goleiro uruguaio Sebastián Sosa, que defendeu um pênalti quando a equipe estava somente com 10 jogadores. Ricardo Gareca foi, mais uma vez, o treinador dessa conquista.[9]
O Vélez começou o ano de 2014 com a conquista da Supercopa Argentina, na qual venceu o Arsenal de Sarandi por 1 a 0, gol de Tito Canteros. O treinador dessa conquista foi José Oscar Flores, que substituiu Ricardo Gareca.[10]
Com as conquistas obtidas de 1993 até a atualidade, o Vélez Sarsfield é considerado por muitos como El nuevo grande ("o novo grande" em espanhol) do futebol argentino, o que o coloca no mesmo grupo da equipes Boca Juniors, River Plate, Racing, Independiente e Club Atlético San Lorenzo de Almagro.[11]
Os clubes criaram a Superliga Argentina em 2016, com o objetivo de melhorar as condições comerciais do Campeonato Argentino, com a competição passando a ser conhecida dessa maneira, e nesse primeiro momento contando com 28 clubes.[12][13]
O Vélez foi incluído entre os grandes clubes na comercialização dos direitos da Superliga Argentina de 2017-18:
MUNDIAIS | |||
---|---|---|---|
Competição | Títulos | Temporadas | |
Copa Intercontinental | 1 | 1994 | |
INTERCONTINENTAIS | |||
Competição | Títulos | Temporadas | |
Copa Interamericana | 1 | 1996 | |
CONTINENTAIS | |||
Competição | Títulos | Temporadas | |
Copa Libertadores | 1 | 1994 | |
Supercopa Libertadores | 1 | 1996 | |
Recopa Sul-Americana | 1 | 1997 | |
NACIONAIS | |||
Competição | Títulos | Temporadas | |
Campeonato Argentino | 10 | 1968 Nacional, 1993 Clausura, 1995 Apertura, 1996 Clausura, 1998 Clausura, 2005 Clausura, 2009 Clausura, 2011 Clausura, 2012 Inicial, 2012–13 Superfinal | |
Supercopa Argentina | 1 | 2013 | |
TOTAL: | 16 | 1 Mundial, 1 Intercontinental, 3 Continentais e 11 Nacionais |
Os torcedores do Vélez são chamados de Fortíneros, apelido vindo pelo do estádio José Amalfitani receber o apelido de El Fortín de Liniers (O Forte de Liniers). A torcida fortinera obteve um notável crescimento nos últimos 20 anos em toda a Argentina, crescimento explicado pelos inúmeros títulos nacionais e internacionais conquistados pela equipe e também pelo fato da equipe estar sempre em evidência na mídia, peleando por títulos locais e ótimas participações em torneios continentais. O clube possui mais de 43 mil sócios, segundo dados de 2010.
Atualmente todas as pesquisas apontam o Vélez como um clube com simpatizantes por toda a Argentina, principalmente na Grande Buenos Aires. Em pesquisa realizada no ano de 2006, a torcida do Vélez representou 1,1% da população do país, cerca de 450 000 torcedores.[16] A mesma consultoria publicou nos anos seguintes atualizações do estudo que mostraram percentuais similares.[17] Na Área Metropolitana de Buenos Aires, a torcida do Vélez representa entre 2,6%[18] e 3,3% da população, algo em torno de 3%,[19] possivelmente mais concentrada na cidade de Buenos Aires e principalmente em seu bairro de Liniers e arredores.[20]
Esta é uma lista de jogadores de destaque que já passaram pelo Vélez Sarsfield:
Esses são os principais treinadores:
Precedido por São Paulo |
Campeão Intercontinental 1994 |
Sucedido por Ajax |
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