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filme de 1935 dirigido por Sam Wood Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Uma Noite na Ópera[1][2] (em inglês: A Night at the Opera) é um filme estadunidense de 1935, do gênero comédia, estrelado pelos Irmãos Marx e dirigido por Sam Wood.
A Night at the Opera | |
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Uma Noite na Ópera (prt/bra) | |
Estados Unidos 1935 • pb • 96 min min | |
Género | filme de comédia |
Direção | Sam Wood |
Roteiro | James Kevin McGuinness (história) George S. Kaufman Morrie Ryskind Al Boasberg (não creditado) Buster Keaton (não creditado) |
Elenco | Groucho Marx Harpo Marx Chico Marx |
Idioma | língua inglesa |
Foi o primeiro filme dos Irmãos Marx feito para a Metro-Goldwyn-Mayer após a saída da Paramount Pictures e o primeiro em que Zeppo não atuou.
Em 1993, A Night at the Opera foi selecionado para preservação pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos.[3]
Eleita pelo American Film Institute como uma das 100 melhores comédias de todos os tempos (12ª posição).
Esperto agente de negócios e dois amigos malucos tentam ajudar dois cantores de ópera a alcançar o sucesso, humilhando seus esnobes concorrentes.
Por sugestão do produtor Irving Thalberg, o filme marca uma mudança de direção na carreira dos Irmãos Marx. Nos filmes da Paramount, os personagens deles eram muito mais anárquicos: eles atacavam (de forma cômica) qualquer um que por azar cruzasse seu caminho, fossem culpados ou não. Thalberg, contudo, achava que isso tornava os irmãos antipáticos, particularmente para a audiência feminina. Nos filmes da MGM, os irmãos reservam seus ataques aos vilões.
As mudanças de Thalberg se tornaram duradouras quando A Night at Opera foi bem recebido pelo público. Os quadros cômicos fizeram sucesso, com o material novo tendo sido refinado através de apresentações teatrais antes das filmagens começarem.
Contudo, de acordo com Oscar Levant, a primeira versão era um "desastre" e as risadas surgiram apenas quando de uma segunda edição. Thalberg e George S. Kaufman passaram dias na sala de edição, acertando o timing e marcando o ritmo apropriado para uma performance teatral. Nove minutos foram cortados e o resultado agradou.[4]
Em A Night at the Opera, os personagens dos irmãos estão mais estilisticamente refinados. Groucho está mais sensato e menos encrenqueiro. Chico ficou inteligente e Harpo se tornou mais infantil. O filme segue um roteiro mais delineado, com as narrativas tendo começo, meio e fim, ao contrário das produções da Paramount que consistiam em uma sucessão de gags. O final é grandioso como é tradicional nos musicais da MGM.[5]
Como mais marcante, A Night at the Opera estabeleceu uma fórmula que seria usada nos filmes posteriores dos Irmãos Marx pela MGM:
Como o título sugere, o filme inclui adaptações de cenas operísticas reais, especialmente as de Il trovatore, com um dueto de Kitty Carlisle e Allan Jones. O cenário da ópera permitiu a MGM realizar uma grande produção para os números musicais (a especialidade desse estúdio na época), como na canção Alone, no barco a vapor, e Cosi Cosa com os cozinheiros italianos e os dançarinos.
Kitty Carlisle e Allan Jones, ambos experientes cantores de música clássica, interpretaram com as próprias vozes as canções dos filmes. Walter Woolf King era barítono mas a música para seu personagem em Il trovatore era de um tenor. Sua ária, Di quella pira, foi cantada no New York Metropolitan pelo tenor Tandy MacKenzie.
O filme tinha um começo original, com cada um dos irmãos Marx satirizando o rosnado do "Leão da Metro", a abertura tradicional da MGM; Harpo Marx por não falar usava sua busina. Por razões ignoradas, essa abertura foi retirada da versão relançada e atualmente em circulação, embora possa ser vista como trailer do filme.[6][7]
Os diálogos e cortes pela MGM, segundo comentários de Leonard Maltin em lançamento para DVD, não exibem o início original do filme (após os letreiros de abertura) com a cena de uma "navio no canal". Um titulo sobreposto a cena dizia: "ITALY - WHERE THEY SING ALL DAY AND GO TO THE OPERA AT NIGHT". (Itália - onde as pessoas cantam todos os dias e vão à opera todas as noites). Seguia-se um número musical com trechos de Pagliacci de Leoncavallo, cantada pelos "italianos". Um varredor de rua cantava parte da introdução ("Un nido di memorie...") e cumprimentou um homem que segurava nas mãos bilhetes para ópera e os dava a um grupo de crianças que saiam de um armazem; os meninos cantavam "la-la-la-la-la, verso un paese strano" (de "Stridono lassù"). Um "capitão" descia degraus, saúdava a sentinela e cantava "Vesti la giubba". Havia uma mudança de cenário nesse ponto e a cena era agora um saguão de hotel, onde um carregador puxava um carrinho e cantava sobre o "nettare divino" (divino néctar). Ele era acompanhado no canto por um garçon e passavam para a sala de jantar, onde serviam a um homem que também entoava algumas notas. O garçon atravessava a sala indo até a Madame Claypool (Margaret Dumont), marcando o início do filme conforme as cópias existentes. Maltin[8] diz que a cena foi cortada durante a Segunda Guerra Mundial para remover as referências à Itália (que se tornara inimiga dos Aliados) e infortunadamente, no principal negativo, o que resulta em que a cena é dada como perdida.[9]
Em 2008, um estudante de cinema do Arquivo Nacional de Cinema Húngaro encontrou uma cópia espandida do filme.[10] Apesar de não haver a abertura musical original, muitos trechos com referências à itália que tinham sido cortados constam dessa cópia. Essa descoberta ainda não pôde ser verificada por estudiosos independentes e a Warner Brothers, proprietária dos direitos autorais, ainda não mencionou a restauração oficial desses trechos.
Na cena onde os três clandestinos se disfarçam de aviadores russos, Driftwood se passa por intérprete e conversa com eles em uma língua estranha. Ele está na verdade falando em inglês; se a fala for ouvida em reverso, percebe-se que ele está a dizer "This man is accusing you of being impostors", etc. (ou "Esse homem os acusa de serem impostores"). A fala foi gravada normalmente mas posteriormente foi dublada, tocada reversa.[11]
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