Loading AI tools
Membro da família da guitarra, instrumento havaiano contendo 4 cordas Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Ukulele ou uquelele[1] (ukulele, /ˈʔu.ku.ˈlɛ.lɛ/, em português: "pulga saltitante", "presente que veio de muito longe"), é um instrumento musical de cordas (cordofone) originário do estado norte-americano do Havaí tocado pelo uquelelista, inspirado em instrumentos portugueses (machete, braguinha e cavaquinho). É formado por um corpo oco e chato, em forma de oito, encontrado em vários tamanhos e formas (sopraninho, soprano, concert, tenor, barítono e baixo), tem um braço que possui trastes que o torna um instrumento temperado, composto de quatro cordas (de tripa ou com materiais sintéticos como náilon, nylgut, fluorocarbono),
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Março de 2015) |
Ukulele | |
---|---|
Um ukulele | |
Informações | |
Classificação Hornbostel-Sachs | 321.322 |
Instrumentos relacionados | |
Cavaquinho Violão Guitarra Banjo |
O uquelele é composto por: mão ou cabeça, casas, braço, trastes, boca, cavalete, corpo, cordas, pestana e tarrachas.
O ukulele tem sua origem no século XX, tendo como ancestrais o braguinha, o machete e o rajão, instrumentos levados pelos madeirenses, nomeadamente João Fernandes, quando emigraram para o Havaí para trabalhar no cultivo da cana-de-açúcar naquelas ilhas.
No idioma havaiano, ʻukulele quer dizer, dentre as interpretações possíveis, “pulga saltitante”, por causa do movimento das mãos de quem toca o instrumento. Já na interpretação da rainha Liliʻuokalani, significa "presente que veio de muito longe", numa referência às origens do instrumento. Outra hipótese é que a palavra ʻukulele seja derivada de ʻūkēkē, um arco musical nativo do Havaí.[2][3][4]
Além de ser utilizado na música tradicional havaiana, o ukulele foi bastante utilizado na música popular norte-americana. No pré-Segunda Guerra Mundial, foi utilizado por músicos de vaudeville como Roy Smeck e Cliff Edwards. Por ser portátil e relativamente barato, foi muito popular entre jovens músicos amadores durante a década de 1920, evidenciado pela impressão de diagramas de acorde para o instrumento nas partituras de música popular publicadas na época.
No pós-guerra, Mario Maccaferri produziu em larga escala ukuleles de baixo custo feitos inteiramente de plástico. Muito da sua popularidade foi cultivada pelo apresentador de TV e cantor Arthur Godfrey. Tiny Tim também se tornou um ícone do ukulele ao se apresentar com “Tiptoe Through the Tulips”.
O interesse no ukulele caiu até meados dos anos 90, quando sua popularidade voltou a crescer. O conjunto Ukulele Orchestra of Great Britain, formado no final dos anos 80, faz versões de músicas pop no ukulele. O músico havaiano Israel Kamakawiwo'ole também ajudou a popularizar o instrumento, especialmente com seu pot-pourri de "Over the Rainbow" e "What a Wonderful World". George Harrison era um grande apreciador do ukulele, especialmente da sua variedade banjolele, e o utilizou nas gravações de algumas faixas do seu último disco, Brainwashed. Paul McCartney, que utilizou o ukulele na música Ram On, e hoje em seus shows homenageia George Harrison com uma performance de "Something" no seu Gibson tamanho tenor.
Um dos maiores virtuoses do ukulele foi o norte-americano John King (1953–2009), célebre por suas interpretações de obras de Johann Sebastian Bach (como a partita BWV 1006 completa) e pela aplicação da técnica de campanella.[5][6][7] King também escreveu sobre a história do instrumento.[8][9]
Destaca-se atualmente o ukulelista e compositor havaiano Jake Shimabukuro (nascido em Honolulu em 1976), que ficou famoso executando a composição de George Harrison intitulada "While My Guitar Gently Weeps". Shimabukuro publicou vários CDs, DVDs e livros, pelos quais recebeu numerosos prêmios.[10]
A introdução do ukulele no âmbito acadêmico é recente. Em 2023, foi aberto na Itália o primeiro curso de graduação voltado exclusivamente para o instrumento, coordenado pelo ukulelista italiano Giovanni Albini.[11]
O ukulele tem alguma popularidade no Brasil hoje, sendo mais conhecido por causa da banda Beirut. Alguns músicos e conjuntos brasileiros o utilizaram nas composições, como a cantora Marisa Monte, no disco Universo ao Meu Redor, o cantor Tiago Iorc, na música “It's a Fluke” do cd Zeski, e a A Banda Mais Bonita da Cidade na música Oração, Clarice Falcão, Evandro Mesquita, Lulu Santos, Zeca Baleiro, Tato (Falamansa) e a atriz Carolina Dieckmann. O ukulele também esteve presente em quase todas as músicas da extinta banda TRI.[12]
A grafia exótica do nome do instrumento pode gerar confusões. Já foram registradas diversas variações, sendo a mais comum ukelele. Alguns dicionários de língua portuguesa registram uculele[13] [14] ou uquelele.[15] [16] [17] A rigor, a palavra, na língua havaiana, é escrita ʻukulele', com a letra ʻokina' (oclusiva glotal) no início. No entanto, na língua portuguesa, seguindo a grafia americana, na prática convencionou-se escrever sem.
Na pronunciação na língua havaiana, a palavra é paroxítona,[18]
[19] com /E/ abertos[20]
[21], ou seja: Ú-ku-LÉ-lé (AFI: [ˈʔukuˈlɛlɛ], X-SAMPA: /"?uku"lElE/
). No Brasil, costuma-se pronunciar ukulele como uma palavra oxítona, devido a analogia com palavras de origem africana, como maculelê, não relacionada ao instrumento.
Wikipédia em inglês - Hawaiian phonology: Monophthongs. (Consultado em 22 de abril de 2018).When short /e/ is stressed it is lowered to [ɛ]. In a sequence of two or more syllables with /e/, unstressed /e/ can also be lowered to [ɛ] but it is otherwise [e]. For example, ʻeleʻele ('black') is pronounced [ˈʔɛlɛ.ʔɛlɛ].
Seamless Wikipedia browsing. On steroids.
Every time you click a link to Wikipedia, Wiktionary or Wikiquote in your browser's search results, it will show the modern Wikiwand interface.
Wikiwand extension is a five stars, simple, with minimum permission required to keep your browsing private, safe and transparent.