A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL) (UNIFIL,[1][2][3] do inglês: United Nations Interim Force in Lebanon), foi criada pelas Nações Unidas por meio da resolução 425, adotada em 19 de março de 1978, dias após a invasão israelense no sul do Líbano. No mesmo dia, o Conselho de Segurança (CS) adotava uma segunda resolução, a 426, que fixava em seis meses o período inicial da missão.
O Brasil integrou a UNIFIL [2] com um rodízio de quatro embarcações: a fragata Liberal; a fragata União; a fragata Constituição; e a Corveta Barroso.[3] Além de também ter comandado a força de paz no Haiti, o Brasil comandou a força naval da UNIFIL entre 24 de fevereiro de 2011[4] e 15 de janeiro de 2021.[5]
Atuação
A UNIFIL foi constituída após um ataque israelense de envergadura contra o Líbano destinado. Israel alegava que buscava proteger o norte de seu território dos combatentes da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
O objetivo da UNIFIL era ajudar o exército libanês a se mobilizar ao longo da fronteira com Israel e velar pela instauração da segurança e a paz na região.[6] Ao ser criada, contava com 6 mil soldados, que chegaram a 7 mil, em 1982.
Três meses após a retirada israelense do sul do Líbano em maio de 2000, a UNIFIL ocupou a fronteira, assumindo a missão que recebera da ONU há 22 anos. Em 31 de janeiro de 2006, o CS da ONU prorrogou por mais seis meses o mandato da UNIFIL.
Os capacetes azuis da UNIFIL vem atuando de forma frequente como desativadores de minas terrestres, socorristas ou "trabalhadores humanitários" de ajuda à população local. Desde sua criação, a UNIFIL já perdeu mais de 250 soldados - 80 desses em ataques.
Força Tarefa Marítima
Após a Guerra do Líbano de 2006, a Força Tarefa Marítima da UNIFIL (em inglês: Maritime Task Force, ou MTF) foi criada para auxiliar a Marinha do Líbano na prevenção do contrabando de transferências ilegais em geral e embarques de armamento, em particular. Com a sua criação, em outubro de 2006, a força era liderada pela Marinha Alemã, que também foi a principal contribuinte para a força.[7] Os alemães lideraram a MTF até 29 de fevereiro de 2008, quando passaram o controle sobre a EUROMARFOR - uma força composta por navios de Portugal, Espanha, Itália e França (dos quais os três últimos países enviaram navios para a força no Líbano).[8][9] Desde maio de 2008, a Marinha Alemã ainda continua sendo a maior contribuinte para a MTF da UNIFIL, com quatro navios. Estes navios são complementados por dois italianos, dois gregos, um francês, um espanhol, um búlgaro, um navio turco e um brasileiro o fragata Liberal, que compõem as 13 embarcações da Força Tarefa Marítima da UNIFIL.[9]
Comando
Comandantes da Força
Início | Fim | Nome | País |
---|---|---|---|
Março de 1978 | Fevereiro de 1981 | Emmanuel A. Erskine | Gana |
Fevereiro de 1981 | Maio de 1986 | William O'Callaghan | Irlanda |
Junho de 1986 | Junho de 1988 | Gustav Hägglund | Finlândia |
Julho de 1988 | Fevereiro de 1993 | Lars-Eric Wahlgren | Suécia |
Fevereiro de 1993 | Fevereiro de 1995 | Trond Furuhovde | Noruega |
Abril de 1995 | 1º de outubro de 1997 | Stanislaw Franciszek Wozniak | Polônia |
Fevereiro de 1997 | Setembro de 1999 | Jioje Konousi Koronte | Fiji |
30 de setembro de 1999 | 1º de dezembro 1999 | James Sreenan | Irlanda |
16 de novembro de 1999 | 15 de maio de 2001 | Seth Kofi Obeng | Gana |
15 de maio de 2001 | 17 de agosto de 2001 | Ganesan Athmanathan | Índia |
17 de agosto de 2001 | 17 de fevereiro de 2004 | Lalit Mohan Tewari | Índia |
17 de fevereiro de 2004 | 2 de fevereiro de 2007 | Alain Pellegrini | França |
2 de fevereiro de 2007 | 28 de janeiro de 2010 | Claudio Graziano[10] | Itália |
28 de janeiro de 2010 | 28 de janeiro de 2012 | Alberto Asarta Cuevas | Espanha |
28 de janeiro de 2012 | 24 de julho de 2014 | Paolo Serra | Itália |
24 de julho de 2014 | 24 de julho de 2016 | Luciano Portolano | Itália |
24 de julho de 2016 | 7 de agosto de 2018 | Michael Beary | Irlanda |
7 de agosto de 2018 | 28 de fevereiro de 2022 | Stefano Del Col | Itália |
28 de fevereiro de 2022 | ... | Aroldo Lázaro Sáenz | Espanha |
Comandantes da Força Naval
Início | Fim | Nome | País |
---|---|---|---|
Setembro de 2006 | 16 de outubro de 2006 | Giuseppe De Giorgi | Itália |
15 de outubro de 2006 | Março de 2007 | Andreas Krause | Alemanha |
Março de 2007 | Setembro de 2007 | Karl-Wilhelm Bollow | Alemanha |
Setembro de 2007 | Fevereiro de 2008 | Christian Luther | Alemanha |
29 de Fevereiro de 2008 | 1º de Setembro de 2008 | Ruggiero di Biase | Itália |
1º de Setembro de 2008 | 15 de Novembro de 2008 | Alain Hinden | França |
15 de Novembro de 2008 | 28 de Fevereiro de 2009 | Jean-Louis Kerignard[11] | França |
1º de Março de 2009 | 30 de Maio de 2009 | Jean-Thierry Pynoo[12] | Bélgica |
30 de Maio de 2009 | 1º de Setembro de 2009 | Ruggiero Di Biase[13] | Itália |
1º de Setembro de 2009 | 30 de Novembro de 2009 | Jürgen Mannhardt[14] | Alemanha |
30 de Novembro de 2009 | 31 de Agosto de 2010 | Paolo Sandalli[14] | Itália |
24 de Fevereiro de 2011 | 24 de Fevereiro de 2012 | Luiz Henrique Caroli[14] | Brasil |
24 de Fevereiro de 2012 | 25 Fevereiro de 2013 | Wagner Lopes de Moraes Zamith[14] | Brasil |
25 Fevereiro de 2013 | 25 de Fevereiro de 2014 | Joése de Andrade Bandeira Leandro | Brasil |
25 de Fevereiro de 2014 | 26 de Fevereiro de 2015 | Walter Eduardo Bombarda | Brasil |
26 de Fevereiro de 2015 | 26 de Fevereiro de 2016 | Flavio Macedo Brasil | Brasil |
26 de Fevereiro de 2016 | 27 de Fevereiro de 2017 | Claudio Henrique Mello de Almeida | Brasil |
27 de Fevereiro de 2017 | 27 de Fevereiro de 2018 | Sergio Fernando de Amaral Chaves Junior | Brasil |
27 de Fevereiro de 2018 | 28 de Fevereiro de 2019 | Eduardo Machado Vazquez | Brasil |
28 de Fevereiro de 2019 | 29 de Fevereiro de 2020 | Eduardo Augusto Wieland | Brasil |
29 de Fevereiro de 2020 | Dezembro de 2020 | Sergio Renato Berna Salgueirinho | Brasil |
Dezembro de 2020 | Axel Schultz[1] | Alemanha |
Referências
- «Marinha do Brasil e Líbano realizam acordo de cooperação». Palácio do Planalto. Consultado em 2 de outubro de 2015
- «Participação brasileira na UNIFIL». www.itamaraty.gov.br. Consultado em 2 de outubro de 2015
- Folha.com (6 de outubro de 2010). «Brasil deve ter presença militar no Oriente Médio». Consultado em 7 de outubro de 2010
- Vieira, S. G. (18 de janeiro de 2021). «Cerimônia de Transferência de Autoridade marca a conclusão da participação brasileira no Comando da FTM-UNIFIL». Marinha do Brasil. Consultado em 2 de outubro de 2024
- «UNIFIL Maritime Task Force is operational» (PDF). UNIFIL. 16 de outubro de 2006. Consultado em 24 de maio de 2008
- «Germany passes command of UNIFIL maritime components to European Maritime Force». German Foreign Office. 28 de fevereiro de 2008. Consultado em 24 de maio de 2008
- «UNIFIL Maritime Task Force Changes Command» (PDF). UNIFIL. 29 de fevereiro de 2008. Consultado em 24 de maio de 2008
- «Mission Leadership». Unifil.unmissions.org. Consultado em 5 de agosto de 2010. Arquivado do original em 6 de março de 2010
- «Press Releases». Unifil.unmissions.org. Consultado em 5 de agosto de 2010. Arquivado do original em 28 de julho de 2011
- «Press Releases». Unifil.unmissions.org. Consultado em 5 de agosto de 2010. Arquivado do original em 28 de julho de 2011
- «Press Releases». Unifil.unmissions.org. Consultado em 5 de agosto de 2010. Arquivado do original em 28 de julho de 2011
- «Press Releases». Unifil.unmissions.org. Consultado em 5 de agosto de 2010
Ver também
Ligações externas
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