Sabiá-da-mata[2] (nome científico: Turdus fumigatus), também conhecido por sabiá-da-capoeira, caraxué-da-capoeira e caraxué-da-mata,[3] é uma espécie de ave passeriforme da família dos turdídeos (Turdidae). É uma ave não migrante e habita florestas tropicais e subtropcais úmidas, mangues, pântanos, savana, plantações e florestas severamente degradadas até 1 800 metros de altitude.[1]

Factos rápidos Estado de conservação, Classificação científica ...
Sabiá-da-mata
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Estado de conservação
Thumb
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Turdidae
Género: Turdus
Espécie: T. fumigatus
Nome binomial
Turdus fumigatus
(Lichtenstein, 1823)
Distribuição geográfica
Thumb
Distribuição do sabiá-da-mata na América do Sul
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Etimologia

O nome vernáculo Sabiá vem do tupi sawi'a, em sentido definido. Antenor Nascentes registrou o tupi haabi'a e o vocábulo ocorre no VLB como çabîâ. Foi registrado pela primeira vez em 1618 como sabia e em 1728 como sabiá e sabiâ.[3][4] Caraxué, por sua vez, vem da junção dos termos tupis ka'rá (alteração de gui'rá, "pássaro") e xu'é, "vagaroso", "chorão".[5][6]

Taxonomia

O sabiá-da-mata é dividido em quatro subespécies com a seguinte distribuição:[7]

Alguns até distinguem pássaros na ilha de St. Vincent nas Pequenas Antilhas como agricultor.

Conservação

O tamanho da população global do sabiá-da-mata não foi quantificado, mas esta espécie é descrita como 'bastante comum'. Por também possuir um alcance extremamente grande, a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN) classificou a espécie como pouco preocupante. É assumido que sua população esteja em declínio, pois suspeita-se que perca 25,4-29,8% de habitat adequado dentro de sua distribuição ao longo de três gerações (17 anos) com base em um modelo de desmatamento amazônico. No entanto, dada a tolerância da espécie à fragmentação/degradação/efeitos de borda e/ou a extensão das perdas gerais, suspeita-se que diminua em <25% ao longo de três gerações.[1] No Brasil, o sabiá-da-mata consta em mais de uma lista de conservação: em 2005, foi classificado como vulnerável na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[8] e em 2018, como pouco preocupante na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[9][10]

Referências

  1. BirdLife International (2016). «Turdus fumigatus». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2016: e.T22708908A94184107. doi:10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22708908A94184107.enAcessível livremente. Consultado em 12 de novembro de 2021
  2. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. p. 183. ISSN 1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022
  3. Ferreira, A. B. H. (1986). Novo Dicionário da Língua Portuguesa 2.ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 1531
  4. Ferreira, A. B. H. (1986). Novo Dicionário da Língua Portuguesa 2.ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 350
  5. Clements, J. F.; Schulenberg, T. S.; Iliff, M. J.; Roberson, D.; Fredericks, T. A.; Sullivan, B. L.; Wood, C. L. (2018). The eBird/Clements checklist of birds of the world. Ítaca, Nova Iorque: Laboratório Cornell de Ornitologia
  6. «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022
  7. «Turdus fumigatus». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 17 de abril de 2022. Cópia arquivada em 10 de julho de 2022

Ligações externas

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