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Tribuna de Petrópolis

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Tribuna de Petrópolis
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Tribuna de Petrópolis é um jornal diário de notícias brasileiro, publicado de terça-feira a domingo (a edição de domingo é revendida às segundas-feiras), que circula no município de Petrópolis, Região Serrana do estado do Rio de Janeiro. Fundado em 1902, é um dos mais antigos jornais do Estado em circulação. Faz parte do Grupo Tribuna de Petrópolis, que conta ainda com a Rádio Tribuna FM e a gráfica Sumaúma.[1][3][4]

Factos rápidos
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Sede da Tribuna de Petrópolis, próximo a rua 16 de março, centro financeiro da cidade.
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Histórico

Resumir
Perspectiva

Dos momentos iniciais à crise financeira

O jornal Tribuna de Petrópolis foi fundado em 9 de outubro de 1902, no período em que a cidade da Região Serrana Fluminense perdia seu status de capital do Estado do Rio de Janeiro e quando a Oliveira & Cia., empresa do leiloeiro Martins D’Oliveira, adquiriu o semanário O Povo. Previsto para sair em setembro, o primeiro número da Tribuna foi publicado somente no dia 2 de outubro daquele ano.[1][3]

Quando da sucessão de Alberto Torres ao governo do Estado do Rio de Janeiro, o presidente da Câmara Municipal de Petrópolis Hermogênio Silva foi preterido por Quintino Bocaiuva; com isto, Hermogênio torna-se o principal opositor de Quintino. Morto o líder político estadual petropolitano José Tomás da Porciúncula, já no início do governo de Bocaiuva no Estado do Rio de Janeiro, o jornal Gazeta de Petrópolis foi pouco a pouco se afastando do grupo político de Hermogênio Silva, no plano municipal, e se chegando, no nível estadual, de Quintino e seu aliado Nilo Peçanha. Desta forma, em outubro de 1902, é criado o jornal Tribuna de Petrópolis que passou a ser influenciado politicamente por Hermogênio, atacando os aliados de Quintino. Sem apoio local, o jornal Gazeta de Petrópolis acabou em fins de 1904.[5] Já em 1903, Artur Barbosa assume a direção do jornal, transformando-o em um dos mais importantes jornais da sociedade fluminense da época.[1][3]

Uma década depois, a Tribuna de Petrópolis muda de gestão, em 1913 assume a direção Emílio Bogarth, logo após substituído por Raul Pitzer em 1914. Ainda em 1914, no final deste ano, Artur Barbosa reassume o jornal por um longo período, em parceria com o jornalista Álvaro Machado, até o momento em que a empresa torna-se inadimplente em meados da década de 1940.[1][3] A inauguração da sede própria do jornal acontece em 1929.[6]

Reestruturação econômica e troca de proprietário

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Dom Pedro Gastão de Orleans e Bragança, proprietário responsável pela reestruturação do jornal Tribuna de Petrópolis.

Em 1940 o príncipe Dom Pedro Gastão de Orleans e Bragança assume a Tribuna de Petrópolis como síndico da massa falida. Em 1943, Arthur Barbosa vende o periódico para o empresário Augusto Martinez Toja, então proprietário do Banco Fluminense da Produção. Posteriormente o jornal seria comprado na década de 1950 pelo príncipe Dom Gastão.[1][3][6][7][8][9] Quanto aos diretores da empresa, em 1945, A. Castro Neves Filho torna-se diretor-presidente; posteriormente a empresa passa a ser comandada por Guilherme Auler até a década de 1960, quando passou a direção a Darcy Paim de Carvalho, que dirigiu o jornal por quase dez anos. Logo depois, assume a direção Alcindo Roberto Gomes.[1][3]

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Augusto Maria Martinez Toja foi um dos proprietários do jornal em um período. Busto de Augusto Toja, localizado no distrito de Raposo, em Itaperuna

Com o apoio político do presidente Getúlio Vargas e do interventor e governador Amaral Peixoto, Dom Pedro Gastão consegue fazer a Tribuna de Petrópolis superar a crise de inadimplência entre as décadas de 1940 e 1950, voltando a ocupar posição de destaque no jornalismo fluminense. O atual prédio histórico, sede do jornal, na Rua Alencar Lima, é comprado em outubro de 1975.[1][3]

Modernização e tempos atuais

Já em 1977 o jornal é transformado em empresa de sociedade anônima assumindo a gerência D. Francisco de Orleans e Bragança, filho do príncipe D. Pedro Gastão. Dois anos depois, em 1979, D. Francisco assume a presidência da instituição e cria o Grupo Tribuna de Petrópolis formando outras empresas como a Rádio Tribuna FM e a gráfica Sumaúma.[1][3][6][7][8][9]

Durante o Plebiscito no Brasil em 1993, no qual os eleitores brasileiros deveriam decidir se o país iria ter um regime republicano ou monarquista controlado por um sistema presidencialista ou parlamentarista, o jornal Tribuna de Petrópolis foi considerado como sendo um dos únicos jornais monarquistas do Brasil. No resultado final do plebiscito, a maioria dos eleitores votou a favor do regime republicano e do sistema presidencialista.

A partir de meados da década de 1990 o jornal passa por importante processo de modernização tecnológica. No dia 15 de outubro de 1995, o jornal surgiu nas bancas com nova diagramação, encomendada ao designer gráfico carioca Felipe Taborda. Em 1996, passa a contar com um serviço de agências de notícias, em nível nacional e internacional, inovando no mercado petropolitano. No ano seguinte, 1997, a Tribuna passa a ser impressa em cores, graças a equipamentos de última geração adquiridos pela empresa.[1][3]

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Editorias e cadernos[1][3]

O caderno de notícias é dividido nas editorias de:

  • cidade, com notícias locais e regionais;
  • geral, com notícias sobre o Brasil e o mundo;
  • esportes, com noticias esportivas locais e gerais;
  • lazer, com informações sobre os eventos culturais da região;
  • economia, dedicado exclusivamente aos assuntos econômicos, prestigiando os investimentos feitos na cidade.

O caderno de Classificados anuncia produtos e atividades diversas; A coluna Les Partisans é um espaço dedicado aos eventos sociais e comentários sobre os bastidores políticos;

Publicados semanalmente existem os cadernos:

  • Cães, Gatos e outros Bichos, prestando informações sobre a defesa e cuidados com os animais;
  • Itaipava e arredores, divulga os acontecimentos de Itaipava e demais distritos da cidade;
  • Mulher, com matérias do interesse do público feminino.
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Localização

A Tribuna de Petrópolis tem sua sede histórica localizada na Rua Alencar Lima, 26, Centro histórico, Petrópolis, RJ.

Redatores-Chefes

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Alvaro Machado, trabalhou como redator-chefe do jornal.

A Tribuna de Petrópolis teve vários Redatores-Chefes, dentre os quais destacamos o jornalista, poeta, filósofo e escritor Álvaro Machado, o qual foi homenageado em Petrópolis, RJ, com o nome da Rua Álvaro Machado no Bairro São Sebastião (Indaiá).

Referências

  1. «Tribuna de Petrópolis». Prefeitura Municipal de Petrópolis, informações turísticas. Consultado em 5 de dezembro de 2017
  2. Aghata Paredes (8 de outubro de 2023). «Tribuna de Petrópolis celebra 121 anos de credibilidade, escrevendo novos e importantes capítulos de sua história». jornal Tribuna de Petrópolis. Consultado em 10 de outubro de 2023
  3. «Tribuna de Petrópolis comemora 107 anos». Tribuna de Petrópolis. 9 de outubro de 2009. Consultado em 4 de janeiro de 2018
  4. Francisco de Vasconcellos. «Edwiges de Queiroz, oitenta anos depois - Parte 3». Instituto Histórico de Petrópolis. Consultado em 25 de novembro de 2017
  5. COSTA, Verônica Soares da (Outubro de 2010). «A história da Tribuna de Petrópolis em suas edições comemorativas». Niterói: Seminário de Pós-graduandos em História da Universidade Federal Fluminense - UFF. Consultado em 31 de julho de 2022
  6. Oazinguito Ferreira (18 de maio de 2008). «Jornais do interior em Petrópolis». Petrópolis no Século XX. Consultado em 4 de janeiro de 2018[ligação inativa]
  7. «Dom Francisco de Orleans e Bragança». Mapa de Cultura do Rio de Janeiro. Consultado em 4 de janeiro de 2018
  8. Bernardo Gutiérrez (1 de setembro de 2008). «A família real brasileira defende os novos ideais» (em espanhol). Jornal Público.es. Consultado em 4 de janeiro de 2018
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Ligações externas

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