Torre Juche
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A Torre Juche (oficialmente a Torre da Ideologia Juche; em coreano: 주체사상탑; hanja: 主體思想塔; rr: Juche Sasangtap; MR: Chuch'e Sasangt'ap) é um monumento na cidade de Pyongyang, capital da República Popular Democrática da Coreia. Foi nomeada após a ideologia Juche ser introduzida pelo primeiro líder e fundador do país, Kim Il-sung. As estátuas de bronze são um exemplo do realismo socialista, foram inspiradas no momumento soviético Operário e Mulher Kolkosiana. As estátuas, que medem 30 metros, representam um trabalhador, intelectual (o "trabalho intelectual")[2] e uma camponesa segurando respectivamente um martelo, um pincel e uma foice, símbolos do Partido dos Trabalhadores da Coreia. É o segundo maior monumento de pedra do mundo,[3] ficando atrás apenas do Monumento de San Jacinto de 173 metros, localizado no Texas.
Desenvolvedor | |
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Período de construção |
Estilo | |
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Material |
granito e pedra branca |
Altura |
170 metros |
Localização | |
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Coordenadas |
O Juche é uma ideologia desenvolvida pelo líder norte-coreano Kim Il-sung, é uma mistura de autarquia, autossuficiência, tradicionalismo coreano e marxismo-leninismo. Juche é a ideologia oficial da Coreia do Norte, descrita pelo governo como "a contribuição original, brilhante e revolucionária de Kim Il-sung para o pensamento nacional e internacional".[4] Segundo o governo norte-coreano, a ideia central do Juche baseia-se no princípio filosófico de que o homem é o mestre de tudo e tudo decide. De acordo com o quarto princípio dos "Dez Princípios do Sistema de uma Ideologia", os norte-coreanos devem tornar a ideologia revolucionária (Juche) do "Grande Líder Camarada" Kim Il-sung sua fé e fazer de suas instruções seu credo.
Muitos debates foram feitos para a monumentalização da ideia do Juche na Coreia do Norte usando o método do simbolismo comunista, e foi então decidido construir uma torre.[5][6] Concluída em 1982, a torre está localizada na margem oriental do rio Taedong, em frente da praça Kim Il-sung, que é palco de muitos desfiles militares, shows e cerimônias. Representando uma tocha a arder, a torre tem 170 metros de altura (150 metros sem contar a chama) e 18 andares.[7][8] A tocha no topo da torre está sempre acesa, é feita de metal, mede 20 metros e pesa 45 toneladas.[9][10][11] O corpo da torre é coberto por 70 lajes de granito (25 550 blocos), uma para cada ano da vida de Kim Il-sung (365 × 70), e pesa 22 000 toneladas.[8]
A torre foi construída para comemorar o septuagésimo (70º) aniversário de Kim Il-sung. Kim Jong-il, filho e sucessor de Kim Il-sung, é oficialmente creditado como criador do monumento;[12] em compensação, entrevistas com ex-funcionários norte-coreanos contradizem esta afirmação.[13] As letras inscritas no topo da Torre (주체) significam "Juche".[14] O estilo arquitetônico da torre é inspirado em pagodes de pedra da Coreia pré-moderna.[15] É possível subir na torre por meio de um elevador, existem vistas amplas de Pyongyang a partir da plataforma de observação logo abaixo da tocha. Presume-se que seja baseada no Monumento de Washington (169 metros), no qual ultrapassa em um metro de altura. É declarado em algumas fontes que há uma competição e que a razão para o monumento ter seu comprimento é para ultrapassar a altura do Monumento de Washington.[16][17]
Junto à estrutura de 170 metros de altura, encontra-se um monumento imponente que representa três figuras humanas, cada uma erguendo uma ferramenta: um martelo (erguido por um operário), uma foice (por uma camponesa) e um pincel de escrita (por um intelectual).[7] O operário, o camponês e o intelectual são considerados as três principais ocupações na Revolução Coreana.[3] Estas ferramentas estão presentes na insígnia do Partido dos Trabalhadores da Coreia. As estátuas são inspiradas no clássico estilo stalinista reminiscente da estátua soviética Operário e Mulher Kolkosiana. Há também seis grupos de esculturas menores, cada uma com 10 metros de altura, que simbolizam o grande sucesso do Juche em ajudar na indústria, agricultura, saúde e educação.[3] Uma parede com 82 placas de apoiadores estrangeiros e grupos de estudo do Juche faz parte da Torre.[18] As placas foram trazidas ou enviadas por entusiastas ao redor do mundo.[3] Na área de 15 metros em frente ao monumento, um poema de 12 versos é escrito, referindo-se à data de nascimento de 1912, elogiando o heroísmo revolucionário e a personalidade de Kim Il-sung.[17]
Em frente à Torre Juche está o Museu Histórico Central da Coreia, o Grande Palácio de Estudos do Povo inaugurado no mesmo dia da torre. Além disso, há o Arco do Triunfo e o Hotel Ryugyong no noroeste do monumento, o Hotel Koryo no sudoeste, o Palácio do Sol de Kumsusan e o Monumento à Fundação do Partido no nordeste.
Visitas e eventos na Torre Juche e em outros monumentos simbólicos são parte da vida cotidiana na Coreia do Norte. Tais estruturas foram projetadas para serem as características básicas do sistema e do Estado e foram aceitas pelo público na mesma proporção. As visitas a tais monumentos também são atividades necessárias no currículo escolar, e as crianças são incentivadas a visitar com suas famílias em intervalos regulares.[17] O Partido dos Trabalhadores da Coreia, no poder, explica que o Estado deve mostrar a história do país para o público e especialmente para a geração mais jovem. O partido considera um dever trazer a compreensão da história, especialmente focada nos anos da ocupação japonesa e na guerra anti-imperialista, e segue esta política de lembrar o público através de monumentos, eventos e dias especiais.[19] Hoje, muitas atividades são organizadas na área onde a torre está localizada.[20]
Logo atrás da torre monumental estão 6 estátuas de diferentes alturas e pesos, com nomes oficiais, que descrevem a grande vitalidade da Ideia Juche.[21][22] As informações de altura, largura e peso das estátuas são as seguintes:
A Torre da Ideologia Juche é visitada pela maioria dos grupos de turismo de Pyongyang, que podem subir até uma plataforma no topo da torre por um pequeno elevador (necessário pagar 5 euros)[2] e ver Pyongyang de cima. A plataforma fica em baixo da tocha vermelha.[14] Na meio da torre há uma sala onde os guias descansam e fazem chá entre os grupos de turistas.[3] Alternativamente, para evitar as alturas, há salas com cadeiras[14] na base da torre e vídeos explicando a importância do monumento para a República Popular Democrática da Coreia, para a filosofia do Juche e para o Líder Eterno Kim Il-sung.[16]
A entrada da torre fica na parte de trás, esta área é decorada com placas doadas por grupos de estudo do Juche de vários países ao redor do mundo. Na área de entrada da Torre Juche, você encontrará algumas lembranças, jornais e bebidas para comprar.[14] Os guias, que estarão com os visitantes, poderão mostrar a região, levá-los até o topo e apontar os principais locais de Pyongyang que você pode ver a partir do topo da Torre Juche, como por exemplo o Hotel Ryugyong, o Grande Monumento Mansudae e a Praça Kim Il-sung. Além de algumas das arquiteturas mais modernas (Ruas Pyonghattan e Ryomyong) do outro lado do rio, no lado oeste da cidade, e alguns blocos de apartamentos.[14] Não é permitido fumar na área ao redor da torre. Fumantes podem fumar apenas no estacionamento da rua.[14]
O monumento está aberto todos os dias, embora às vezes seja fechado para manutenção de manhã. A torre também é fechada às vezes antes de grandes feriados com exibições de fogos de artifício, como por exemplo a véspera de Ano Novo.[14] De acordo com dados de 2009 da Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA), mais de dois milhões de pessoas visitaram o monumento desde sua inauguração.[23]
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