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Ordem dos seres divinos na mitologia grega Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Os titãs (masculino) e as titânides[1] (feminino) (em grego antigo, singular: Τιτάν e Τιτανίς, plural: Τιτάνες e Τιτανίδες), na mitologia grega, estão entre as entidades que enfrentaram Zeus e os demais deuses olímpicos na sua ascensão ao poder. Outros oponentes foram os gigantes, Tifão e Órion.[2]
Titãs | |
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A Queda dos Titãs, por Cornelis van Haarlem, 1588 | |
Pais | Urano e Gaia |
Dos vários poemas gregos da Idade Clássica sobre a guerra entre os deuses e os titãs, apenas um sobreviveu. Trata-se da Teogonia atribuída a Hesíodo. Também o ensaio Sobre a música atribuído a Plutarco, menciona de passagem um poema épico perdido intitulado Titanomaquia ("Guerra dos Titãs") e atribuído ao bardo trácio cego Tâmiris, por sua vez um personagem lendário. Além disso, os titãs desempenharam um papel importante nos poemas atribuídos a Orfeu. Ainda que apenas se conservem fragmentos dos relatos órficos, estes revelam diferenças interessantes em relação à tradição hesiódica.
Os titãs foram criados por uma deusa chamada Gaia, eles são gigantes que foram enviados à terra para protegê-la trazendo paz e união para todo mundo, esses gigantes eram geralmente na cor roxa, azul ou verde, cores usuais de deuses. O principal objetivo da deusa em criar os titãs era que eles acabassem com as guerras e que deixassem a paz reinar, juntando todos os povos e os protegendo.
Os titãs não formam um conjunto homogêneo. Trata-se, em geral, de deidades muito antigas ou "proto-deuses" (primeiros deuses) que, por uma razão ou outra, continuaram a ter uma certa vigência dentro dos mitos gregos clássicos e, ao constituir-se o esquema genealógico dos deuses, foram incluídas entre os descendentes de Urano.
Os mitos gregos da Titanomaquia caem na classe dos mitos semelhantes na Europa e Médio Oriente, em que uma geração ou grupo de deuses confronta os dominantes. Por vezes os deuses maiores são derrotados. Outras os rebeldes perdem, e são afastados totalmente do poder ou ainda incorporados no panteão. Outros exemplos seriam as guerras dos Aesir com os Vanir e os Jotunos na mitologia nórdica, o épico Enuma Elish babilónico, a narração hitita do "Reino do Céu" e o obscuro conflito geracional dos fragmentos ugaritas.
A palavra titã vêm do latim titan, que por sua vez tem origem do grego Τιτάν, Ti-tan. Para James Hastings, esta palavra é aproximada, em etimologia popular, de títaks, "rei" e titéne, "rainha", segundo notas de Hesíquio de Alexandria, termos possivelmente de procedência oriental: Nesse caso, titã significaria "rei" ou "soberano".[3] Carnoy prefere admitir que os titãs tenham sido primitivamente deuses solares e seu nome se explicaria pelo "pelásgico", tito, que significa "brilho" ou "luz".[4] A primeira hipótese parece mais clara e adequada às funções dos violentos titãs no mito grego, que passou a ter o sentido de "pessoa ou coisa de grande tamanho" registrado pela primeira vez em 1828.[5]
Originalmente, os titãs eram filhos de Urano e Gaia:
O matrimónio entre irmãos era corrente na mitologia grega, e vários titãs e titânides se uniram, dando origem a uma segunda geração de titãs:
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