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Tirídates I (em armênio: Տրդատ Ա) foi um rei da Armênia que reinou com várias interrupções a partir de 53 d.C. e possivelmente até 72.[1] Era irmão de Vologases I.[2] Artabano II foi sucedido por seu filho Vardanes I. Após o assassinato de Vardanes, subiu ao trono Gotarzes II, que também foi assassinado, subindo ao trono outro irmão, Vologases I.[3]
Tiridates I | |
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Pintura da estátua de Tirídates I no Museu do Louvre por Panos Terlemezian | |
Rei da Armênia | |
Reinado | 52–58 |
Antecessor(a) | Radamisto |
Sucessor(a) | Tigranes VI |
Rei da Armênia | |
Reinado | 62–88 |
Predecessor(a) | Tigranes VI |
Sucessor(a) | Sanatruces I |
Morte | 88 |
Dinastia | arsácida |
Pai | Vonones II |
Tiridates (Τιριδάτης, Tiridátēs) é a forma latina do armênio Terdate (Տրդատ, Trdat),[4] que derivou do persa antigo Tiridata (*Tiridata-), "dado/criado por Tir".[5] Foi registrado em grego como Terdates (Τηρδὰτης, Tērdàtēs), Teridates (Τηριδάτης, Tēridátēs), Teridácio (Τηριδάτιος, Tēridátios) e Tiridácio (Τιριδάτιος, Tiridátios).[6]
Por vinte e cinco anos, a Armênia se tornou palco de guerras entre o Império Romano e o Império Parta, que levou devastação ao país e opressão ao povo. A Armênia chegou a ser ocupada por Mitrídates da Ibéria, um aliado de Roma, que governou a partir de Artaxata a partir de 44.[7]
A supremacia parta na Armênia foi restabelecida pelo xá Vologases (r. 51–78), da dinastia arsácida.[8] Tirídates foi posto por seu irmão Vologases como rei da Armênia, assim como outro irmão, Pácoro, foi colocado como rei da Média Atropatene.[3][9] A Média era o segundo posto em importância no Império Parta, e a Armênia o terceiro. Vologases tentou acabar com os antigos ódios e rivalidades entre irmãos, trazendo ordem para sua família.[9]
Segundo James Ussher, os textos de Tácito e Flávio Josefo permitem inferir que Tirídates era irmão de Gotarzes II, e filho de Artabano II; porém Ussher supõs que isto era um erro, e que os únicos filhos de Artabano eram Vardanes e Gotarzes, e que Vologases I, Pácoro e Tirídates eram filhos de Gotarzes, pois Gotarzes havia massacrado seus irmãos e todos seus parentes.[10]
Tirídates expulsou o usurpador da Ibéria, Radamisto, sobrinho de Mitrídates, mas, quando voltou para a Pártia no inverno, Radamisto voltou, e cometeu várias atrocidades. O povo se revoltou, e Radamisto conseguiu escapar apenas pela velocidade do seu cavalo.[8]
Em seguida houve um conflito entre a Armênia e Roma. Pela versão de Tácito, Tirídates foi deposto e expulso da Armênia por Tigranes VI da Armênia, o que levou seu irmão, Vologases, a ponderar romper a paz que a Pártia tinha com o Império Romano, mas Vologases era naturalmente disposto a temporizar, e ainda tinha que lidar com uma revolta de tribos na Hircânia. Quando ele estava pensando sobre o que fazer, chegaram notícias de uma nova afronta, porque Tigranes VI atacou Adiabena, cujo governante, Monobas II, reclamou que a Pártia não oferecia nenhuma proteção contra os romanos, havia cedido a Armênia, e que era melhor se render aos romanos a ser conquistado por eles. Tirídates também reclamou, porque grandes impérios não são mantidos pela inação.[2]
Vologeses, reconhecendo que havia errado por hesitar demais, enviou um exército contra a Armênia, comandado por um nobre chamado Monaeses, junto com tropas de Adiabena, fez as pazes com a Hircânia e reuniu todas suas tropas para um ataque contra as províncias romanas.[9] A guerra não foi conclusiva, e terminou com um acordo de paz entre Vologases e o imperador romano Nero.[11]
Pela versão de Vahan Kurkjian, Nero ordenou que Domício Corbulo invadisse a Armênia em 58. Corbulo chegou a conquistar e incendiar Artaxata, e estava a caminho de capturar Tigranocerta, quando veio ajuda aos armênios do rei dos partas. Os romanos foram obrigados a recuar, quando, em Roma, estavam celebrando um triunfo sobre os partas. Nero aceitou um acordo de paz, reconhecendo Tirídates como rei da Armênia.[12]
Pelo acordo, Tirídates colocou sua coroa aos pés da estátua de Nero, para ser coroado por Nero mais tarde.[13][14] Em 66, em Nápoles,[15] Tirídates foi coroado por Nero,[15][16] no momento em que o imperador condenava à morte Quinto Márcio Bareia Sorano [16] e Trásea Peto.[17]
Após o acordo, houve paz no Império Romano, e Nero cerrou as portas do Templo de Jano. Tirídates voltou à Armênia, trazendo artesãos para a reconstrução de Artaxata, que ele renomeu como Nerônia.[18] Roma passou a contar a Armênia como um reino aliado, e continuou assim durante o reinado de Vespasiano.[19]
A Armênia também viveu em paz, até que, em 72, os alanos e outras tribos do Cáucaso atacaram a Média e a Armênia. Tirídates lutou contra os bárbaros, e quase foi capturado, mas eles terminaram se retirando, levando o produto de sua pilhagem.[19]
Tirídates morreu em 75 sem herdeiros. Roma indicou como sucessor um estrangeiro, que não era da dinastia arsácida, o que levou a nova guerra entre os romanos e os partas.[20]
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