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filme de 1943 dirigido por Busby Berkeley Da Wikipédia, a enciclopédia livre
The Gang's All Here (bra Entre a Loura e a Morena[2][3]) é um filme de comédia musical dirigido por Busby Berkeley e protagonizado por Alice Faye e Carmen Miranda.[4]
The Gang's All Here | |
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Cartaz promocional | |
No Brasil | Entre a Loura e a Morena |
Estados Unidos 1943 • cor • 103 min | |
Género | comédia, musical |
Direção | Busby Berkeley |
Roteiro | História: Nancy Winter George Root Jr. Tom Bridges Filme: Walter Bullock |
Elenco | Alice Faye Carmen Miranda |
Idioma | inglês |
Receita | $ 2.5 milhões[1] |
O roteiro, estrito por Walter Bullock, é situado em plena Segunda Guerra Mundiale gira em torno da paixão de uma corista (Alice Faye) por um soldado já comprometido. O filme traz Carmen Miranda em um dos papéis mais marcantes de sua carreira.[5] Incluído entre as 10 maiores bilheterias daquele ano, foi o filme mais caro da Fox até então.[6]
The Gang's All Here recebeu críticas positivas em sua estréia, com exceção do que aparece no The New York Times, que observou uma inclinação freudiana de bananas gigantes, e recebeu uma nomeação ao Oscar de melhor direção de arte.[7] Hoje é considerado um dos melhores filmes de Berkeley, e elogiado como uma obra de arte cinematográfica por críticos internacionais de cinema e estudiosos da área.[8][9]
Em dezembro de 2014, a Biblioteca do Congresso considerou o filme "culturalmente, historicamente, ou esteticamente significante" e o selecionou-o para preservação no National Film Registry.[10]
Certa noite, o soldado Andy Mason Jr. (James Ellison) conhece a showgirl Edie Allen (Alice Faye) na casa noturna Club New Yorker. Porém, Andy precisa partir para uma missão no Pacífico durante a II Guerra Mundial. Quando Andy volta condecorado do combate, seu pai, Andrew Mason (Eugene Pallette), decide fazer uma comemoração especial para recebê-lo e chama o grupo do Club New Yorker para protagonizar um espetáculo na casa de seu amigo Peyton Potter (Edward Everett Horton). Assim, Edie e sua exótica amiga Dorita (Carmen Miranda) descobrem que Andy tem um compromisso com a filha de Potter, Vivian (Sheila Ryan). Ao chegar, Andy se vê obrigado a desfazer o mal entendido.
O título provisório do filme foi The Girls He Left Behind. O diretor Busby Berkeley foi emprestado da MGM para dirigi-lo, embora no momento em que as gravações foram iniciadas no final de setembro de 1943, a MGM atribuísse o seu contrato com a Warner Bros. The Gang's All Here foi primeiro filme a cores dirigido por ele e os números de produção extravagantes foram bem recebidos pela crítica, principalmente "The Lady In The Tutti Frutti Hat" onde dançarinas aparecem segurando e dançando com bananas de meio metro que na visão dos críticos invocavam vários pênis em ereção e no fim com o grande painel de bananas que Carmen Miranda parecia equilibrar sobre a cabeça.[11]
O compositor Harry Warren iria trabalhar com o letrista Mack Gordon para a trilha sonora do filme, porém Leo Robin lhe substituiu. Segundo o The Hollywood Reporter, a canção "Pickin' on Your Momma" estava entre as músicas a serem apresentadas no filme junto com "Sleepy Moon" e "Drums and Dreams", mas ambas foram cortadas antes do lançamento final.
A atriz Alice Faye estava grávida de seu segundo filho no período das gravações, e apesar dela ter feito uma participação especial cantando no filme Quatro Moças num Jipe (1944), The Gang's All Here marcou sua última aparição em musicais, até a versão de 1962 de Feira de Ilusões. Faye afastou-se do cinema, ela chegou a fazer um filme adicional, o drama de 1945, Anjo ou demônio?.[12]
Linda Darnell foi originalmente escalada para interpretar a personagem "Vivian Potter". Mas como seu casamento com o fotógrafo J. Peverell Marley estava prejudicando muito o ritmo do processo da produção do filme, e durante os ensaios de dança ela torceu o tornozelo, Darryl F. Zanuck a suspendeu.[13] A atriz Sheila Ryan acabou tomando o seu lugar. O filme marcou a estréia no cinema das atrizes June Haver (1926–2005), Jeanne Crain e Jo-Carroll Dennison, que foi Miss América de 1942.
Carmen Miranda estava com uma pequena falha no nariz (resultado de uma plástica) durante as filmagens o que conseguiu ser escondido pela maquiagem e depois do término das filmagens fez outra cirurgia (que quase lhe tira a vida por uma infecção no fígado).
As roupas para o filme foram assinadas por Yvonne Wood, que era até então assistente de figurino, mas com ajuda de Carmen Miranda que insistiu com o produtor William LeBaron, conseguiu o cargo de figurinista principal, Carmen inclusive voltaria a usar Yvoone em seus outro quatro filmes na Fox e também utiliza-la como figurinista pessoal.
Foi lançado nos Estados Unidos em 24 de dezembro de 1943. Embora algumas notícias da época indicassem a proibição do filme no Brasil, arquivos do filme na biblioteca da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, não continham nenhuma informação sobre a censura no país.[15][16] Segundo a Cinemateca Brasileira, The Gang's All Here foi lançado no Brasil em 5 de novembro de 1944.
Em 25 de setembro de 2005 o filme foi exibido no Festival do Rio em uma versão restaurada na sessão de Grandes Clássicos do Cinema Mundial em homenagem ao 50 anos da morte de Carmen Miranda.[17] Foi também apresentando em 2 de abril de 2006 no Wisconsin Film Festival na cidade de Madison.
A maioria dos comentários foi positiva, exceto o do The New York Times, que observou uma inclinação freudiana com bananas gigantes em "The Gang's All Here": "O ponto principal em The Gang's All Here são os números de produção luxuosos arranjados por Busby Berkeley (...) Berkeley esconde ideias maliciosas por trás dessas cenas; um ou dois de seus espetáculos de dança parecem vir diretamente de Freud."[18] A Variety comentou que "o roteiro é um pouco fraco, sendo eclipsado pelo conjunto de números musicais melodiosos que frequentemente pontuam o filme", mas elogia as performances, especialmente a de Carmen Miranda como "excelente".[19]
O jornal Chicago Reader destacou que o filme era "o mais audacioso de Busby Berkeley, uma exploração das possibilidades de movimento e cor que se move para o reino da pura abstração", e concluiu: "O simbolismo sexual está em seu auge flagrante; o que se pode dizer sobre um filme que apresenta 60 meninas acenando com bananas gigantes?."[20] O The Guardian do Reino Unido disse que o filme "oferece uma fuga dos anseios da época de guerra para um mundo fantástico, extravagante e espetacular, que James Agee uma vez chamou de números de produção paroxísticos".[21] O blog CineVue, em sua revisão sobre o lançamento em Blu-ray do filme, escreveu: "The Gang's All Here é o ápice do êxtase cinematográfico, uma obra-prima deslumbrante".[22]
Eric Spilker, da revista New York Post, destacou que "The Gang's All Here é um filme muito incomum, não há nada como ele. É um musical de rotina da década de 40 com o enredo romântico da época de guerra, mas tem esses números de produção surrealistas surpreendentes de Busby Berkeley".[23] O crítico de cinema Richard Brody acrescentou: "Em uma época em que Fred Astaire insistia em ser filmado de frente, de maneira tediosamente teatral, Berkeley, um mestre do movimento e da abstração, entendeu como tornar a dança distintamente cinematográfica, e ele prova isso aqui, com seu uso de luz, sombra e ângulo nas danças. Ele faz o mesmo com a música, transformando as performances de Benny Goodman em espetáculos visuais".[24]
O jornal Folha de S. Paulo, em sua crítica sobre o filme, escreveu: "O longa mostra uma coreografia delirante (...) Berkeley utiliza posições de câmera arrojadas para compor com Carmen Miranda e seus balangandãs uma imagem festiva e sensual de um lugar que lembra a América do Sul, mas que parece mais radiografar o cérebro do diretor/coreógrafo."[3]
The Gang's All Here integrou um conjunto de nove longas-metragens produzidos pela Twentieth Century Fox entre 1940 e 1945, realizados dentro das propostas da Política de boa vizinhança.[25]
Em dezembro de 2014, a Biblioteca do Congresso considerou The Gang's All Here "culturalmente, historicamente, ou esteticamente significante" e o selecionou-o para preservação no National Film Registry.[10]
O filme também foi indicado em 2004 e 2006 pelo American Film Institute para compor as listas: 100 Anos... 100 Canções (por The Lady in the Tutti-Frutti Hat) e Os maiores musicais do cinema da AFI, respectivamente.
Em 2018, a revista estadunidense Billboard elegeu o número musical "The Lady In o Tutti Frutti Hat" uma das "100 melhores apresentações musicais do cinema", alcançando a posição n° 65.[26]
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