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Teodoreto de Cirro (em grego clássico: Θεοδώρητος Κύρρου; romaniz.: Theodóretos Kyrrou; Antioquia, c. 393 - 458/466) foi influente autor, teólogo e representante da interpretação crítico-histórica da escola bíblico-teológica, cujos escritos foram uma influente moderação nas disputas cristológicas do século V e contribuíram para o desenvolvimento do vocabulário teológico cristão. Também atuou como bispo de Cirro, na Síria.[1]

Nota: Se procura pelo mártir cristão, consulte Teodoreto de Antioquia
Factos rápidos
Teodoreto de Cirro
Nascimento 393
Antioquia
Morte 458/466
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Gravura de Frère André Thévet (1516-1590) de uma edição latina de 1594 de ''True Portraits and Lives of Illustrious Men''.
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Teodoreto e o nestorianismo

Com o advento do I Concílio de Éfeso, o II Ecumênico, em junho de 431, convocado por Teodósio II, para discutir a doutrina de Nestório arcebispo de Constantinopla: este, Nestório, saíra em defesa de Anastácio, seu presbítero, que atacara em público o apelativo de Teótoco (mãe de Deus) atribuído à Virgem Maria.

Depois de muitas polêmicas e controvérsias à parte, muitas das vezes devidas ao bispo Cirilo de Alexandria, inimigo pessoal e opositor dos pensamentos de Nestório, este foi definitivamente deposto da função patriarcal, e os legados do papa decidiram condenar a sua doutrina, proclamar a maternidade divina de Maria e a unidade de pessoa em Cristo. Esta sentença foi contestada por alguns bispos e pelo representante do imperador, um certo Candidiano.

Entretanto os representantes de Celestino I somente chegaram após o encerramento do concílio, confirmando, mesmo assim, as decisões tomadas. Nestório refutou a decisão, sendo por isso exilado no deserto da Líbia, onde morreu por volta do ano 450.

Após a deposição e o exílio de Nestório, vários de seus simpatizantes e adeptos, como os bispos Teodoreto de Ciro e Ibas de Edessa, acharam por bem acatar uma fórmula de fé conciliadora. A maioria, porém, refutou a sentença do concílio e deu origem a uma corrente cristã definida, culminando em uma Igreja cismática, que teve o seu centro na Pérsia, durante a dinastia sassânida, muito distante do império.

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Evangelho Apócrifo de São Pedro

Ver artigo principal: Evangelho de Pedro

Uma das afirmações concernentes a existência deste evangelho deve-se a Teodoreto de Ciro, que, corroborando com as afirmações do bispo Serapião de Antioquia (190-211), Orígenes, o bispo Eusébio de Cesareia e São Jerónimo, faz referências à sua existência, supondo-se que o mesmo teve origem na primeira metade do século II. Estes manuscritos foram descobertos em 1886, no Alto Egito, numa localidade chamada de Acmim.

Serapião, entretanto, mais tarde, depois de permitir o uso deste evangelho, resolve que este é um texto influenciado pelas doutrinas heréticas de Marcião, dos marcionitas, pelo gnosticismo e docetismo. Conclui ele:

Assim, digo, pudemos por meio destes manusear o livro em questão, percorrê-lo e comprovar que a maior parte do conteúdo está de acordo com a reta doutrina do Salvador, se bem que se encontrem algumas inovações que submetemos à vossa consideração.

É isto que vos escreve Serapião.
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Referências

Bibliografia

Ligações externas

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