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Tentativa de assassinato falha em 1981 Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A tentativa de assassinato do Papa João Paulo II ocorreu em 13 de maio de 1981, uma quarta-feira, na Praça de São Pedro, no Vaticano. O papa foi baleado e gravemente ferido por Mehmet Ali Ağca, um terrorista turco, enquanto estava a entrar na praça. João Paulo II foi atingido duas vezes e sofreu perda de grande quantidade de sangue. Ağca foi detido imediatamente e posteriormente condenado à prisão perpétua por um tribunal italiano. Mais tarde, o Papa perdoou o terrorista pela tentativa de homicídio. Ele também recebeu o perdão do então presidente da Itália, Carlo Azeglio Ciampi, a pedido do religioso e foi deportado para a Turquia em junho de 2000.
Tentativa de assassinato de João Paulo II | |
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O Papa fotografado momentos depois de ser baleado por Mehmet Ali Ağca na Praça de São Pedro em 13 de maio de 1981. Note que seu dedo está machucado. | |
Local | Praça de São Pedro, Vaticano |
Data | 13 de maio de 1981 (43 anos) |
Tipo de ataque | disparos de arma de fogo |
Feridos | 3 |
Responsável(is) | Mehmet Ali Ağca |
Quando ele entrou na Praça de São Pedro para discursar para uma audiência em 13 de maio de 1981, João Paulo II foi baleado e gravemente ferido por Mehmet Ali Ağca,[1][2][3] um perito atirador turco que era membro do grupo militante fascista Lobos Cinzentos.[4] O assassino usou uma pistola semiautomática 9 mm Browning,[5] atingindo-o no abdômen e perfurando seu cólon e intestino delgado várias vezes.[6] João Paulo II foi levado às pressas para a Policlínica Gemelli. No caminho para o hospital, ele perdeu a consciência. Ele passou por cinco horas de cirurgia para tratar sua perda maciça de sangue e feridas abdominais.[7] Os cirurgiões realizaram uma colostomia, reencaminhando temporariamente a parte superior do intestino grosso para deixar a parte danificada inferior curar.[7] Quando ele ganhou rapidamente a consciência antes de ser operado, ele instruiu os médicos para não remover o seu Escapulário de Nossa Senhora do Carmo durante a operação.[8][9] O Papa afirmou que Nossa Senhora de Fátima ajudou a mantê-lo vivo durante todo o seu calvário.[1][3][10]
“ | Eu poderia esquecer que o evento (Tentativa de assassinato de Ali Agca) na Praça de São Pedro teve lugar no dia e na hora em que a primeira aparição da Mãe de Cristo aos pastorinhos estava sendo lembrada por 60 anos em Fátima, Portugal? Mas em tudo o que aconteceu comigo naquele mesmo dia, senti que a proteção extraordinária maternal e cuidadosa, acabou por ser mais forte do que a bala mortal. | ” |
— Papa João Paulo II -Memória e Identidade, Weidenfeld & Nicolson, 2005, p.184 |
Em 2 de março de 2006, uma comissão parlamentar italiana, a Comissão Mitrokhin, criada por Silvio Berlusconi e dirigida pelo senador da Forza Italia, Paolo Guzzanti, concluíram que a União Soviética estava por trás do atentado contra a vida de João Paulo II,[4] em retaliação do apoio dado pelo Papa para a organização Solidariedade, o movimento católico de trabalhadores pró-democracia, uma teoria que já havia sido apoiada por Michael Ledeen e a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos.[4] O relatório italiano declarou que certamente os departamento de segurança da Bulgária Comunista foram utilizados para evitar que fosse descoberto o papel da União Soviética. O relatório afirmou que a Inteligência militar soviética (Glavnoje Razvedyvatel'noje Upravlenije)—e não a KGB—foi responsável. O porta-voz do Serviço de inteligência das Relações Exteriores da Rússia, Boris Labusov, chamou a acusação de ‘absurda’. Embora o Papa tivesse declarado, durante uma visita em maio de 2002, para a Bulgária, que não acreditava que aquele país estivesse envolvido com a tentativa de assassinato,[4] seu secretário, Cardeal Stanisław Dziwisz, alegou em seu livro A Life with Karol, que o Papa estava particularmente convencido que a ex-União Soviética estava por trás da tentativa de assassinato.[11] Bulgária e Rússia contestaram as conclusões da comissão italiana, apontando que o Papa negou a conexão búlgara.
Agca passou 19 anos em prisões italianas, sendo depois extraditado para a Turquia, onde foi condenado a prisão perpétua pelo assalto a um banco nos anos 1970 e pelo assassinato de um jornalista em 1979, pena depois comutada para dez anos de prisão.[12] Dois dias depois do Natal em 1983, João Paulo II visitou a prisão onde seu pretenso assassino estava sendo mantido. Os dois conversaram privadamente por 20 minutos.[1][3]
Coincidentemente, os tiros disparados contra o Papa foram feitos no dia 13 de maio. Nesta data, em 1917, Nossa Senhora de Fátima teria feito a sua primeira aparição aos três pastorinhos. O Pontífice sempre afirmou que a Virgem Maria teria "desviado as balas" e salvo a sua vida nesse dia. Um ano depois, a 13 de Maio de 1982 e já recuperado, João Paulo II visita pela primeira vez o Santuário de Nossa Senhora de Fátima para agradecer à Virgem o ter salvo. O Santo Padre ofereceu uma das balas que o atingiu ao Santuário. Essa bala foi posteriormente colocada na coroa da Virgem, onde permanece até hoje.[13]
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