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A edição de 1998 da Copa Libertadores da América foi a 39.ª edição da competição de futebol realizada todos os anos pela Confederação Sul-Americana de Futebol. Equipes das dez associações sul-americanas participaram do torneio, além dos clubes do México, que pela primeira vez disputaram o torneio;[1] os mexicanos, porém, necessitaram disputar uma fase preliminar contra equipes da Venezuela. Foi a primeira vez que a Taça Libertadores passou a ter um patrocínio,[2][3][4] o que aumentou significativamente o interesse dos clubes pela competição, devido aos valores distribuídos em premiações.[5] A Taça Libertadores de 1998 foi, até então, a edição com o maior número de ex-campeões presentes, sete no total, empatando com as edições de 1984 e 1997,[6][7] feito só superado na edição de 2001, com nove ex-campeões, devido ao aumento no número de clubes na competição, ocorrido em 2000.[8]
XXXIX Copa Libertadores de América Copa Toyota Libertadores 1998 | ||||
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Dados | ||||
Participantes | 23 | |||
Organização | CONMEBOL | |||
Local de disputa | América do Sul | |||
Período | 15 de janeiro – 26 de agosto | |||
Gol(o)s | 247 | |||
Partidas | 98 | |||
Média | 2,52 gol(o)s por partida | |||
Campeão | Vasco da Gama (1º título) | |||
Vice-campeão | Barcelona de Guayaquil | |||
Melhor marcador | BRA Sérgio João (Bolívar) – 10 gols | |||
Melhor ataque (fase inicial) | River Plate – 15 gols | |||
Melhor defesa (fase inicial) | Barcelona de Guayaquil – 3 gols | |||
Maior goleada (diferença) |
Peñarol 6 – 1 Oriente Petrolero Estádio Atilio Olivera, Rivera 27 de março, Grupo 4 | |||
Público | 2 131 141 | |||
Média | 25 989,5 pessoas por partida | |||
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A competição foi vencida pelo Vasco da Gama,[9] do Brasil, após derrotar o Barcelona, do Equador, em ambas as partidas da Final. Na partida de ida, realizada em São Januário, Rio de Janeiro, vitória por 2 a 0,[10] em 12 de agosto. Na partida de volta, nova vitória, desta vez por 2 a 1, no Estádio Isidro Romero, em Guayaquil, em 26 de agosto.[11] O clube brasileiro garantiu, assim, uma vaga na Copa Intercontinental de 1998, que foi disputada no Japão. A conquista foi ainda mais marcante para o clube, por ter ocorrido no ano de seu centenário, ocorrido cinco dias antes da partida decisiva.[12]
Antes de chegar à final, o Vasco da Gama eliminou, nas semifinais, o River Plate, da Argentina, que possuía uma das melhores equipes da América do Sul à época,[13] e que tinha sido campeão da Libertadores dois anos antes, em 1996. No primeiro jogo, disputado no Rio de Janeiro, no Estádio São Januário, o Vasco venceu por 1 a 0. Na partida de volta, realizada em Buenos Aires, no Estádio Monumental de Nuñez, o Vasco empatou em 1 a 1 com o River Plate graças a um gol de falta marcado por Juninho aos 37 minutos do segundo tempo.[14] Esse gol foi tão marcante que viraria letra de cântico da própria torcida do Vasco, anos depois.[15] Nas quartas-de-final do torneio, o Vasco da Gama eliminou o compatriota Grêmio, campeão da Libertadores três anos antes, em 1995. A partida de ida foi realizada no Estádio Olímpico em Porto Alegre e terminou empatada em 1 a 1. Na partida de volta, realizada no Estádio São Januário, o Vasco venceu por 1 a 0.[16]
Nas oitavas-de-final, o Vasco eliminou o Cruzeiro, que defendia o título de campeão da Libertadores da América de 1997. O primeiro jogo , realizado no Estádio São Januário, terminou com vitória do Vasco por 2 a 1. Na segunda partida, realizada no Mineirão, houve empate por 0 a 0.[17] Na fase de grupos, o Vasco se classificou na segunda colocação, com oito pontos, atrás do Grêmio, com 12 pontos.[18] As equipes brasileiras, ao lado do América do México, que também se classificou, formavam o grupo 2 da competição, que ainda continha o Chivas Guadalajara, também do México, que ficou na lanterna, com apenas seis pontos conquistados.
O técnico que conduziu o Vasco da Gama à conquista foi Antônio Lopes, que comandou uma das melhores gerações do clube brasileiro em todos os tempos,[19] em uma equipe que tinha nomes como o goleiro Carlos Germano, o zagueiro Mauro Galvão, o lateral Felipe, os meio-campistas Ramon, Pedrinho e Juninho Pernambucano, além dos atacantes Donizete e Luizão.[20]
Nesta edição de Libertadores houve a estreia dos clubes mexicanos no torneio, disputando a primeira fase contra as equipes venezuelanas. Foram duas equipes de cada país, que disputaram um quadrangular, com os clubes de um país jogando contra os do outro em turno e returno. Os dois melhores desta fase seguiram para a fase de grupos.[1]
A partir da fase de grupos, os dois times classificados da primeira fase se juntaram a outros 18 classificados de forma direta, e foram divididos em cinco grupos de quatro equipes cada, que jogaram entre si em sistema de turno e returno. Classificaram-se para a fase final os três primeiros colocados de cada chave, mais o Cruzeiro, do Brasil, campeão da Libertadores de 1997. Na fase final, as equipes se enfrentaram em jogos eliminatórios, com partidas de ida e volta, até a grande final.[21]
País | Equipe | Classificação |
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Argentina (2 vagas) |
River Plate | Campeão do Torneio Apertura 1996 e Torneio Clausura 1997 |
Colón | Vice-Campeão do Torneio Clausura 1997 | |
Bolívia (2 vagas) | Bolívar | Campeão do Campeonato Boliviano de 1997 |
Oriente Petrolero | Vice-campeão do Campeonato Boliviano de 1997 | |
Brasil (2 vagas + atual campeão) | Cruzeiro | Campeão da Copa Libertadores de 1997 |
Vasco da Gama | Campeão do Campeonato Brasileiro de 1997 | |
Grêmio | Campeão da Copa do Brasil de 1997 | |
Chile (2 vagas) | Universidad Católica | Campeão do Torneio Apertura de 1997 |
Colo-Colo | Vice-campeão do Torneio Clausura de 1997 | |
Colômbia (2 vagas) | América de Cali | Campeão do Campeonato Colombiano de 1997 |
Atlético Bucaramanga | Campeão do Torneo Adecuación de 1997 | |
Equador (2 vagas) | Barcelona de Guayaquil | Campeão do Campeonato Equatoriano de 1997 |
Deportivo Quito | Vice-campeão do Campeonato Equatoriano de Futebol de 1997 | |
Paraguai (2 vagas) | Olimpia | Campeão do Campeonato Paraguaio de 1997 |
Cerro Porteño | Vice-campeão do Campeonato Paraguaio de Futebol de 1997 | |
Peru (2 vagas) | Alianza Lima | Campeão do Campeonato Peruano de 1997 |
Sporting Cristal | Campeão da Liguilla Pré-Libertadores 1997 | |
Uruguai (2 vagas) | Peñarol | Campeão da Liguilla Pré-Libertadores de 1997 |
Nacional | Vice-campeão da Liguilla Pré-Libertadores de 1997 | |
Venezuela (2 vagas) | Caracas | Campeão do Campeonato Venezuelano 1997 |
Atlético Zulia | Vice-campeão do Campeonato Venezuelano de Futebol de 1997 | |
México (2 vagas) | América | Melhor pontuação dos Torneios Apertura de 1996 e Clausura de 1997 do Campeonato Mexicano |
Chivas Guadalajara | Segunda melhor pontuação dos Torneios Apertura de 1996 e Clausura de 1997 do Campeonato Mexicano | |
No Brasil os jogos dos clubes brasileiros foram transmitidos pela Rede Globo na TV aberta e pela SporTV na TV por assinatura.
Esta fase foi disputada entre 4 e 26 de fevereiro. Quatro equipes, de México e Venezuela, participaram desta fase, onde os dois melhores se classificaram para a fase seguinte. A fórmula de disputa foi a seguinte: um quadrangular no qual as equipes se enfrentaram em turno e returno, porém não houve jogos entre times do mesmo país.
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As partidas da fase de grupos foram disputadas entre 25 de fevereiro e 9 de abril. As três melhores equipes de cada grupo avançaram para a fase final, além do Cruzeiro, que se classificou diretamente para a fase final por ter sido o campeão da Taça Libertadores da América de 1997, totalizando, assim, 16 classificados.
Equipes classificadas para a fase final | |
Equipes eliminadas |
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Para a determinação das chaves da fase de oitavas de final em diante, ocorreu o cruzamento dos primeiros colocados com os terceiros colocados de grupos distintos. Além disso, ocorreram dois duelos entre segundos colocados de grupos diferentes, e um dos segundos colocados enfrentou o Campeão da edição anterior do torneio.
A Fase Final da Taça Libertadores de 1998 ocorreu de 15 de abril a 26 de agosto, sendo que houve uma pausa entre as Quartas-de-final e as Semifinais devido à disputa da Copa do Mundo de 1998, na França, que ocorreu de 10 de junho a 12 de julho do mesmo ano.[22]
Em itálico, os times que possuem o mando de campo no primeiro jogo do confronto e em negrito os times classificados.
Oitavas de final | Quartas de final | Semifinais | Final | |||||||||||||||||||
15 de abril e 29 de abril | 20 de maio a 6 de junho | 16 de julho e 22 de julho | 12 de agosto e 26 de agosto | |||||||||||||||||||
Nacional | 1 | 0 | 1 | |||||||||||||||||||
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Grêmio | 1 | 4 | 5 | |||||||||||||||||||
Grêmio | 1 | 0 | 1 | |||||||||||||||||||
Vasco da Gama | 1 | 1 | 2 | |||||||||||||||||||
Vasco da Gama | 2 | 0 | 2 | |||||||||||||||||||
Cruzeiro | 1 | 0 | 1 | |||||||||||||||||||
Vasco da Gama | 1 | 1 | 2 | |||||||||||||||||||
River Plate | 0 | 1 | 1 | |||||||||||||||||||
América | 1 | 0 | 1 | |||||||||||||||||||
River Plate | 1 | 1 | 2 | |||||||||||||||||||
River Plate | 2 | 3 | 5 | |||||||||||||||||||
Colón | 1 | 1 | 2 | |||||||||||||||||||
Colón (pen) | 3 | 0 | 3 (2) | |||||||||||||||||||
Olimpia | 2 | 1 | 3 (1) | |||||||||||||||||||
Vasco da Gama | 2 | 2 | 4 | |||||||||||||||||||
Barcelona de Guayaquil | 0 | 1 | 1 | |||||||||||||||||||
Atlético Bucaramanga | 1 | 0 | 1 | |||||||||||||||||||
Bolívar | 2 | 1 | 3 | |||||||||||||||||||
Bolívar | 1 | 0 | 1 | |||||||||||||||||||
Barcelona de Guayaquil | 1 | 4 | 5 | |||||||||||||||||||
Barcelona de Guayaquil | 2 | 2 | 4 | |||||||||||||||||||
Colo-Colo | 1 | 2 | 3 | |||||||||||||||||||
Barcelona de Guayaquil (pen) | 1 | 1 | 2 (4) | |||||||||||||||||||
Cerro Porteño | 0 | 2 | 2 (3) | |||||||||||||||||||
Alianza Lima | 1 | 1 | 2 (1) | |||||||||||||||||||
Peñarol (pen) | 0 | 2 | 2 (3) | |||||||||||||||||||
Peñarol | 2 | 0 | 2 | |||||||||||||||||||
Cerro Porteño | 0 | 3 | 3 | |||||||||||||||||||
Cerro Porteño | 1 | 2 | 3 | |||||||||||||||||||
América de Cali | 0 | 1 | 1 |
12 de agosto | Vasco da Gama | 2 – 0 | Barcelona de Guayaquil | Estádio São Januário, Rio de Janeiro |
21:40 (UTC-3) |
Donizete 7' Luizão 35' |
Relatório | Público: 36 273 Árbitro: URU Gustavo Méndez |
26 de agosto | Barcelona de Guayaquil | 1 – 2 | Vasco da Gama | Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, Guayaquil |
20:10 (UTC-5) |
de Avila 79' | Relatório | Luizão 24' Donizete 45' |
Público: 82 000 Árbitro: ARG Javier Castrilli |
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Campeão da Copa Libertadores da América 1998 |
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VASCO DA GAMA Campeão (1º título) |
Esses são os dez maiores públicos da Libertadores:[23]
Nº | Público[i] | Mandante | Placar | Visitante | Estádio | Data | Fase |
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1 | 85.000 | América | 2–0 | Chivas Guadalajara | Azteca | 24 de março | Segunda Fase |
2 | 82.000 | Barcelona de Guayaquil | 1–2 | Vasco da Gama | Monumental Isidro Romero | 26 de agosto | Final |
3 | 65.000 | Barcelona de Guayaquil | 1–0 | Cerro Porteño | Monumental Isidro Romero | 16 de julho | Semifinais |
4 | 62.764 | Cruzeiro | 0–0 | Vasco da Gama | Mineirão | 29 de abril | Oitavas-de-final |
5 | 60.000 | Barcelona de Guayaquil | 1–0 | América de Cali | Monumental Isidro Romero | 13 de março | Segunda Fase |
6 | 60.000 | América | 1–1 | River Plate | Azteca | 22 de abril | Oitavas-de-final |
7 | 50.032 | Grêmio | 1–1 | Vasco da Gama | Olímpico Monumental | 4 de março | Segunda Fase |
8 | 50.000 | Barcelona de Guayaquil | 2–1 | Colo-Colo | Monumental Isidro Romero | 15 de abril | Oitavas-de-final |
9 | 45.000 | Peñarol | 2–1 | Alianza Lima | Centenario | 29 de abril | Oitavas-de-final |
10 | 42.500 | Alianza Lima | 1–1 | River Plate | La Bombonera | 12 de março | Segunda Fase |
Oficialmente, a CONMEBOL não reconhece uma classificação geral de participantes na Copa Libertadores. A tabela a seguir classifica as equipes de acordo com a fase alcançada e considerando os critérios de desempate.[24]
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