Trans World Airlines
Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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A Trans World Airlines (TWA) foi uma companhia aérea americana criada em 1925 como Western Air Express.
Trans World Airlines | |
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IATA | TW |
ICAO | TWA |
Indicativo de chamada | TWA |
Fundada em | 13 de julho de 1925 (como Western Air Express) 1 de outubro de 1930 (como Transcontinental & Western Air)[1] |
Encerrou atividades em | 1 de dezembro de 2001 (adquirida pela American Airlines) |
Principais centros de operações |
Aeroporto Internacional John F. Kennedy Aeroporto Internacional Luis Muñoz Marin |
Sede | Saint Louis, Missouri, Estados Unidos |
Pessoas importantes | Howard Hughes |
Foi uma das linhas aéreas mais conhecidas do mundo. Iniciou as atividades em Kansas City, Missouri, e depois mudou sua sede/hub para Saint Louis. Teve sedes em Nova Iorque (JFK), San Juan - Porto Rico (SJU) e Los Angeles - California (LAX).
Serviu diversas cidades nos EUA, Canadá, América Latina, Europa e Médio Oriente.
Teve dificuldades econômicas, especialmente na década de 90, e foi adquirida pela American Airlines em abril de 2001. A companhia encerrou definitivamente suas atividades em 1 de dezembro de 2001, quando foi totalmente incorporada a American Airlines.[1]
Em abril de 1926 decolava de Los Angeles para Salt Lake City o primeiro voo da Western Air Express (WAE). Em 1929 a WAE adquiriu a Standard Air Lines (fundada em 1925) e no ano seguinte associou-se a Transcontinental Air Transpot (TAT) dando origem a Transcontinental & Western Air, ou simplesmente TWA.
Operando até então com alguns Ford-Trimotor, estes tornaram-se pequenos e desconfortáveis para as principais rotas da empresa. Charles Lindbergh, associado à empresa, foi incumbido de estabelecer as características e solicitar aos fabricantes a construção de um novo avião para 12 passageiros. A Douglas Aircraft Company aceitou o desafio e desenvolveu o DC-2, com capacidade para 14 passageiros.
Foi o salto qualitativo que a TWA precisava. Seguiram-se o Douglas DC-3 e o Boeing 307 Stratoliner, do qual a empresa foi um das duas únicas operadoras.
Em 1939 o milionário Howard Hughes comprou a empresa. Comprou aviões novos e revolucionários como o Constellation, (que tinha um dedo de Hughes) e anos mais tarde, o Convair 880. Não faltam histórias e fatos pitorescos durante os 30 anos que Hughes esteve à frente da TWA: Em 1946 por exemplo ele próprio pilotou o voo inaugural do Constellation entre Los Angeles e Nova York, com uma "constelação" de estrelas de Hollywood a bordo.
Logo após a Segunda Guerra a TWA lançou voos internacionais para a Europa, ligando Nova York à Paris, com escalas em Gander e Shannon. Graças à sua crescente participação internacional, a TWA passou a adotar em 1950 o nome Trans World Airlines, embora suas rotas fossem basicamente para a Europa.
Os primeiros jatos (Boeing 707) foram colocados em operação em março de 1959, inicialmente em voos domésticos. Em 1970, foi a primeira a operar o Boeing 747 em rotas domésticas, uma primazia que logo descobriria ter sido um erro pois o 747 era grande demais para este mercado. Em 1972 chegariam os primeiros Lockheed L-1011 Tristar. O 747 passou então para as rotas do Atlântico Norte (onde continuou dando prejuízos).
O final da década e os anos 80 foram particularmente difíceis para a empresa, que foi lenta ao responder a uma avalanche de acontecimentos: a desregulamentação do mercado americano, a recessão econômica, o aumento vertiginoso no preço do combustível... tudo conspirou para o enfraquecimento financeiro da TWA.
Em 1985 foi comprada por Carl Icahn, mega-investidor de Nova York. O "corporate raider" fizera fortuna comprando empresas e revendendo-as aos pedaços. Foi o que fez: a malha internacional da TWA foi lapidada. Até mesmo a prestigiosa (e lucrativa) rota para Londres foi vendida para a American Airlines.
Também em 1985, a TWA teve um de seus aviões sequestrados na Grécia, com um grupo de Judeus, por um grupo Islâmico e custou a vida de um militar americano. O incidente originou o Filme The Delta Force.
Outro duro golpe foi o acordo feito em 1995 com a Karabu, uma das empresas de Icahn, que logo depois saiu da TWA. Através deste acordo, a Karabu poderia comprar qualquer bilhete da TWA por apenas 55% da tarifa publicada e revendê-lo ao mercado pelo preço que lhe bem entendesse. Foi um massacre.
Os anos 90 começaram um pouco melhor para a combalida TWA. Um plano de reestruturação da empresa que incluía a modernização da frota - a TWA foi uma das lançadoras do Boeing 717 - trazia resultados quando o acidente no voo 800 com o Boeing 747 em Nova York em 1996 pôs tudo a perder. Foi o início de uma decrescente que culminou com a venda da empresa para a American Airlines, concretizada no primeiro semestre de 2001.
O último voo da Trans World pousou em Saint Louis às 10h00 da noite de 1 de dezembro de 2001, (TW2 procedente de Honolulu)[1] encerrando-se assim uma história gloriosa.
Assim como a PAN AM, a TWA saiu do ar e entrou pra história.