A primeira temporada de Smallville (No Brasil, Smallville: As Aventuras do Superboy), uma série de televisão norte-americana criada por Alfred Gough e Miles Millar, estreou nos Estados Unidos no dia 16 de outubro de 2001 e foi ao ar até o dia 21 de maio de 2002, na The WB Television Network. A temporada possui 21 episódios e traz no elenco principal Tom Welling, Kristin Kreuk, Michael Rosenbaum, Eric Johnson, Sam Jones III, Allison Mack, Annette O'Toole e John Schneider.

Factos rápidos 1.ª temporada de Smallville, Informações ...
1.ª temporada de Smallville
Smallville (1.ª temporada)
Capa do DVD da primeira temporada
Informações
País de origem  Estados Unidos
N.º de episódios 21
Transmissão
Emissora
original
The WB
Exibição
original
16 de outubro de 2001 – 21 de maio de 2002
Cronologia das temporadas
Anterior Próxima
2.ª temporada
(2002–2003)
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A temporada narra as primeiras aventuras do jovem Clark Kent a partir do momento em que seu planeta natal, Krypton, é destruido e ele cai em uma nave na cidade de Smallville (Pequenópolis, no Brasil), onde é adotado por Martha e Jonathan Kent.

Os episódios foram filmados principalmente em Vancouver e trabalho de pós-produção teve lugar em Los Angeles. O piloto quebrou o recorde de audiência na The WB para uma série de estreia, e foi indicado para vários prêmios. A recepção da crítica foi em geral favorável, e a série foi notada como tendo um início promissor.

Elenco e personagens

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O elenco principal com ausência de Annette O'Toole. Da esquerda para a direita: John Schneider, Tom Welling, Kristin Kreuk, Michael Rosenbaum, Eric Johnson, Allison Mack e Sam Jones III.

Produção

Criação

Regras básicas para o desenvolvimento da história foram estabelecidas desde o início. Parte do campo de marketing logo no início disse: "Sem voos, sem meia-calça", ao ditar que Clark não iria usar o traje do Superman, e também que ele não iria voar. Após a discussão inicial sobre as possíveis histórias, uma segunda regra decretou que Clark nunca poderia matar diretamente uma pessoa. Isto criou um dilema na história, já que, segundo a história original, Clark deve ser capaz de derrotar os "bandidos" de semana à semana. A solução desenvolvida foi inserir na história o "Sanatório Belle Reve", que nada mais é do que uma prisão Federal desenvolvida para metahumanos e supervilões. Esse "sanatório" surgiu das histórias em quadrinhos. [1]

Logo após desenvolverem as regras básicas, Gough e Millar tiveram ideias que facilitaram semana após semana o desenvolvimento da história. Por exemplo, o papel da kryptonita é ser uma "antagonista" da história: Ao invés de criar inimigos físicos, a exposição a pedra seria o meio de ampliar os "demônios pessoais" de Clark.[2] Apesar disso, ela não foi tão ressaltada na história da temporada quanto no episódio piloto e em "Metamorfose". No episódio "Encontros", o "garoto legal" literalmente tornou-se legal, ao tornar-se dependente do calor humano para poder sobreviver.[1] Após vários episódios, os autores desenvolveram uma história que poderia ajudar a estabelecer o show como mais uma série de "vilões da semana".[3] O nono episódio ("O Mau-caráter") levou mais tempo do que o habitual para se desenvolver, devido à sua divergência com a fórmula-padrão da série, tornando-se sua primeira "verdadeira história criminal" e provando que Smallville poderia mostrar mais do que apenas vilões criados pelo contato com a kryptonita.[3]

Episódios que continham o conceito "e se?" eram mais uma das bases mantidas por Gough e Millar durante esta temporada. Esse tipo de episódio criava perguntas sobre Clark nas entrelinhas. Eles envolviam questões básicas, como "E se esse alguém tinha uma paixão por Lana, e agiu apenas por obsessão?"; "E se alguém descobriu o segredo de Clark?"; "E se alguém obtivesse os poderes de Clark?". Essas três questões foram exploradas nos episódios "Metamorfose", "O Mau-caráter" e "O Sanguessuga" respectivamente.[4] "Perdido", o décimo sexto da temporada, responde à pergunta "E se Clark tivesse sido adotado pelas pessoas erradas, e seus poderes tivessem sido explorados?".[5] O diretor de "Visões de Raio-X", Mark Verheiden, e o restante da equipe, criaram divergências, e perceberam que criar histórias independentes para a série não era a melhor saída. Verheiden acredita que o episódio foi o primeiro que conseguiu trazer todas as histórias paralelas em conjunto, para que eles afetassem outros personagens além de Clark e Lana.[6]

"Lex toca uma flor, que logo murcha e morre, enviando uma onda cancerosa de morte que ondula através dos campos, devastando tudo em seu caminho. De repente, UMA GOTA DE SANGUE VERMELHA cai do céu azul profundo, e mancha seu terno. Em seguida, outra gota cai, e outra e outra, até que começa a chover sangue. Quando ele abre a boca para gritar, há um clarão branco".
— Descrição de uma visão do futuro de Lex, mostrada no episódio "Destino".

"Destino" foi uma das histórias incluídas no passo inicial dado por Millar e Gough à série (Na época, o episódio era conhecido como "Cassandra").[7] Esse foi o primeiro episódio a mostrar duas histórias totalmente distintas: A principal falava de um assassino e a secundária sobre as visões de Cassandra. Incluir duas histórias significativas no mesmo episódio forçou os escritores a gastarem mais tempo desenvolvendo-o.[7] A "visão visceral" de Cassandra (como era descrita no script) do futuro de Lex foi desenvolvida em storyboard's coloridos, para descrever melhor a "chuva de sangue" presente no texto.[7]

Quando os cineastas estavam insatisfeitos com os rascunhos iniciais dos episódios, mais especificamente com a evolução dos personagens, eles reescreviam os eventos, ou acrescentavam cenas para restabelecer a visão original. O personagem Earl Jenkins (interpretado por Tony Todd), destinado a ser um vilão simpático, foi tratado como "completamente desagradável" no projeto original de "No Limite". O personagem sofre com o excesso de exposição à kriptonita, e assim tem várias crises; se Jenkins atacasse uma pessoa, poderia levá-la até à morte. Originalmente, o personagem é visto pela primeira vez ao bater na porta da LuthorCorp e matar um guarda de segurança durante uma de suas crises. Mas, para apresentar um aspecto mais favorável ao público, uma cena em que Earl visita seu filho bebê foi adicionada para mostrar que ele não era um "louco delirante". Semelhantes alterações ocorreram com os personagens Ryan James (Ryan Kelley), em "Perdido", e Tyler Randall (Reynaldo Rosales) em "O Anjo da Morte". Na proposta original de "Perdido", Ryan desenvolve suas habilidades telepáticas depois de uma exposição à kryptonita.[5] Para enfatizar que o show nem sempre é sobre vilões infectados pela kryptonita, a história foi revista, e Ryan passou a ter sua capacidade desde o nascimento. A emissora também expressou sua insatisfação quando Ryan era visto como um assassino, por isso a história foi reescrita e Ryan passou a ser o "bom garoto".[5] O personagem Tyler Randall compartilhou do mesmo problema que Earl Jenkins: Ele não foi simpático o suficiente aos olhos dos cineastas. Destinado a ser um fugitivo da polícia, a história foi reescrita e Tyler passou a ser assim como Ryan o "bom garoto".[8]

Filmagens

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Estádio que é usado para a abertura do futebol americano.

As filmagens foram realizadas em Vancouver, British Columbia, no Canadá, pois os criadores estavam procurando uma "Paisagem de América Central", e Vancouver foi uma boa substituta para o Kansas. David Nutter, o diretor do episódio piloto, passou 16 dias na unidade principal de filmagem, o dobro do prazo normal. Apesar da permanência estendida, o tempo ainda não foi o suficiente, por isso ele criou o piloto principalmente a partir de storyboards criados por Adrien Van Viersen.

Millar criou a cidade de Smallville com a ideia de que ela devia ser uma adaptação de "Smalltown, EUA". O design criado por Millar pediu que os edifícios já existentes na cidade fossem pintados e reformados. O Rancho Kent é a casa da família Andalini, e seu celeiro foi utilizado para o piloto antes de um novo celeiro ser construído. O novo celeiro foi uma das maiores aquisições para o episódio "Metamorfose". O desenhista de produção Doug Higgins e sua equipe construíram um galpão de três andares onde ficava a fazenda dos Kent e um estúdio de áudio, em Burnaby. Para o piloto, a equipe construiu apenas um loft, com um conjunto de escadas que levam até ele, dentro do celeiro existente na Fazenda dos Andalinis. Para lembrar o celeiro de lá tanto quanto fosse possível, Higgins pediu a sua equipe para localizar madeira de 100 anos, para coincidir com a idade das madeiras do celeiro original. O episódio "Destino" teve várias cenas a serem filmadas na Casa Branca. Em vez de construir o seu próprio set, o produtor de Smallville chamado John Wells, produtor da série de drama político The West Wing, obteve permissão para usar o set da série para filmar a visão do futuro de Lex.

Referências

  1. Simpson, Paul (setembro de 2004). Smallville: The Official Companion Season 1. Londres: Titan Books. p. 36–39. ISBN 978-1840237955
  2. "Pilot" commentary by Al Gough, Miles Millar and David Nutter (DVD). Warner Bros. Television. 2002
  3. Simpson, Paul, pp.52–55
  4. Simpson, Paul, pp.64–67
  5. Simpson, Paul, pp.80–83
  6. Simpson, Paul, pp.32–35
  7. Simpson, Paul, pp.40–43
  8. Simpson, Paul, pp.84–86


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