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Joaquim dos Santos Rodrigues (Juazeiro do Norte, 18 de agosto de 1927 – Barbalha, 22 de novembro de 2014),[1][2] mais conhecido como Seu Lunga, foi um poeta, ourives e vendedor de sucata brasileiro, residente em Juazeiro do Norte.
Seu Lunga | |
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Nascimento | 18 de agosto de 1927 Juazeiro do Norte |
Morte | 22 de novembro de 2014 Barbalha |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | mercador, poeta |
Seu Lunga teve seu apelido presente em inúmeras piadas em versos de cordel,[3] sobre sua suposta falta de paciência às perguntas cotidianas.[4][5][6] Porém, apesar de realmente não gostar de perguntas tolas, a fama de zangado o incomodava, afirmando que as histórias burlescas atribuídas a ele eram falsas.[2]
Joaquim dos Santos Rodrigues nasceu em Juazeiro do Norte,[2] mas viveu a infância com os pais e sete irmãos no município de Assaré.[7] Recebeu o apelido por uma senhora, sua vizinha, que passou a chamá-lo de Calunga,[nota 1] que mais adiante se reduziu para Lunga.[9] Com 20 anos de idade, foi morar em Juazeiro do Norte.[2][7] Casou-se em 1951 com Carmelita Rodrigues Camilo e tornou-se pai de treze filhos.[1]
Seu Lunga era dono de uma sucata em Juazeiro, em que vendia de "tudo um pouco", desde televisão até frutas,[10] também praticando agropecuária em um sítio.[11] Antes, trabalhou como ourives.[2] Era muito bem considerado pela população.[12]
Foi candidato a vereador de Juazeiro em 1988, obtendo 273 votos, pelo PMDB, ficando na 56ª posição.[11]
Em 2009, deu entrevista ao jornal O Povo, informando que todas as histórias sobre ele contadas em cordéis, que depois fizeram sucesso na internet, eram mentiras. "Essa fama [de ignorante] me incomoda", declarou. Após uma ação judicial, um cordelista foi proibido de escrever sobre sua pessoa.[13]
Nesta mesma entrevista, entre risos, declamou algumas de suas poesias, as quais "são mais sobre mulher (risos)", conforme disse. Uma das declamadas foi a seguinte: “Quem me dera ser um pássaro, para no mundo voar / Eu ia para o oceano, depois podia voltar / Mas ia cair em teus braços somente para consolar”. Também apresentou linhas de outros temas, como o "discurso da criatura que morre, que deixa a vida material para a vida espiritual, fazendo uma despedida da vida eterna". Era devoto de Padre Cícero.[2]
Faleceu às 9h30 da manhã do dia 22 de novembro de 2014, na cidade de Barbalha, no Interior do Ceará. Foi internado três dias antes do falecimento, por complicações no sistema digestivo. O quadro piorou, levando ao falecimento do poeta. Lunga tinha 87 anos e estava internado no Hospital São Vicente de Paulo, onde tratava de um câncer de esôfago.[1]
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