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doença humana na qual os vasos sanguíneos de todo o corpo ficam inflamados Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Doença de Kawasaki é uma doença de causa desconhecida que resulta em febre e afeta sobretudo crianças com idade inferior a cinco anos.[6] É um tipo de vasculite, com inflamação dos vasos sanguíneos por todo o corpo.[2] A febre tem geralmente duração superior a cinco dias e não diminui com a administração de antipiréticos.[2] Entre outros sintomas comuns estão o aumento de volume dos gânglios linfáticos do pescoço, erupções cutâneas na região genital e vermelhidão nos olhos, lábios, palmas das mãos ou dos pés.[2] Três semanas após o início dos sintomas, a pele das mãos e dos pés pode esfolar, sendo geralmente seguida por recuperação.[2] Entre as possíveis complicações estão a formação de aneurismas da artéria coronária no coração.[2]
Síndrome de Kawasaki | |
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Criança com "língua de morango" característica da doença de Kawasaki[1] | |
Sinónimos | Síndrome de Kawasaki,[2] síndrome dos gânglios linfáticos mucocutâneos[3] |
Especialidade | Pediatria |
Sintomas | Febre por mais de 5 dias, aumento de volume dos gânglios linfáticos, erupções cutâneas, garganta inflamada, diarreia[2] |
Complicações | Aneurismas da artéria coronária[2] |
Início habitual | < 5 anos de idade[2] |
Duração | ~ 3 semanas[2] |
Causas | Desconhecidas[2] |
Método de diagnóstico | Baseado nos sintomas, ecocardiograma[2] |
Condições semelhantes | Escarlatina, artrite idiopática juvenil, síndrome inflamatório multissistémico pediátrico[4][2] |
Medicação | Aspirina, imunoglobulina[2] |
Prognóstico | Com tratamento: letalidade 0,2%[1] |
Frequência | 8–124 em cada 100 000 pessoas com menos de 5 anos[5] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | M30.3 |
CID-9 | 446.1 |
CID-11 | 540285662 |
OMIM | 611775 |
DiseasesDB | 7121 |
MedlinePlus | 000989 |
eMedicine | 965367 |
MeSH | D009080 |
Leia o aviso médico |
Embora as causas sejam desconhecidas, é possível que a doença seja o resultado de uma infeção que desencadeie uma resposta autoimune em pessoas geneticamente predispostas.[2] A doença não é contagiosa.[2] O diagnóstico geralmente baseia-se nos sinais e sintomas e pode ser complementado com ecocardiografia e análises ao sangue.[2] Entre outras doenças com sintomas semelhantes estão a escarlatina, artrite idiopática juvenil, síndrome inflamatório multissistémico pediátrico.[4][2]
O tratamento inicial consiste geralmente na administração de doses elevadas de aspirina e imunoglobulina.[2] Com tratamento, geralmente a febre desaparece em 24 horas e a recuperação é total.[2] Nos casos com envolvimento das artérias coronárias pode ser necessário tratamento continuado ou cirurgia.[2] Sem tratamento, podem ocorrer aneurismas da artéria coronária em até 25% dos casos e morte em 1% dos casos.[1][7] Com tratamento, o risco de morte é de apenas 0,17%.[7]
A doença de Kawasaki é rara.[2] Afeta entre 8 e 67 em cada 100 000 crianças com menos de cinco anos, exceto no Japão, onde afeta 124 em cada 100 000.[5] A doença é mais comum entre rapazes do que entre raparigas.[2] A doença de Kawasaki foi descrita pela primeira vez em 1967 pelo pediatra japonês Tomisaku Kawasaki.[5][8]
A doença começa com uma fase aguda que dura duas semanas:[9]
Na terceira semana a febre, inchaço, gânglios e erupções cutâneas desaparecem, mas o resto pode continuar e outros aparecem:[10]
Nessa fase podem ocorrer diversas complicações a longo prazo, como arritmias, sopros cardíacos, pericardite, miocardite e problemas nas válvulas coronárias (valvulopatias) e aneurismas de artérias coronárias.[10]
Outros sintomas inespecíficos relatados incluem tosse, catarro, vômitos, dor de cabeça, dificuldade para respirar e convulsão.[11]
A causa é desconhecida, sendo a teoria mais aceita que envolve a interação de fatores genéticos, infecção transmitida pelo ar e uma reação cruzada autoimune.[12][13]
Um estudo realizado pelos pesquisadores Jeffrey S. Kahn e colaboradores da Yale University, revelou que a doença de Kawasaki pode estar associada com infecção pelo coronavírus New Haven. Eles analisaram secreções respiratórias de 11 crianças diagnosticadas com a doença de Kawasaki. Oito (73%) dos pacientes de Kawasaki foram positivos para o novo coronavírus New Haven.
Além da clínica, diversos exames podem encontrar sinais que necessitam tratamento, dentre eles:
Durante quase 5 dias os médicos administram altas doses de imunoglobulina via endovenosa em altas doses e aspirina pela via oral. Cessando a febre, são prescritas doses baixas de aspirina, durante vários meses para evitar aparecimento de coágulos e proteger o coração contra risco de lesão coronariana.[9]
Os aneurismas do coração são tratados com anticoagulantes e aspirina. Já aneurismas de menor monta, utiliza-se somente aspirina.[9] Para evitar a síndrome de Reye, em casos de gripe e varicela, pode ser usado, no lugar da aspirina o dipiridamol.[9]
Os registros históricos apontam a primeira descrição realizada pelo pediatra japonês Tomisaku Kawasaki, em 1967. Ele descreveu cinquenta crianças com vermelhidão na boca e garganta, febre, manchas na pele, inchaço nos gânglios, mãos e pés, dando nome a este conjunto de síndrome muco-cutâneo-ganglionar. Depois, foram incluídos os problemas vasculares como os aneurismas de coronárias.[10]
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