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A Série 1300 foi uma família de locomotivas diesel-eléctricas da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses e da sua sucessora, a empresa Caminhos de Ferro Portugueses. Esteve ao serviço entre 1952[1] e 1987.[2]
Série 1300 | |
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Locomotivas da Série 1300 parqueadas na Estação do Barreiro, em 1990. | |
Descrição | |
Propulsão | Diesel-eléctrica |
Fabricante | Whitcomb Locomotive Company |
Locomotivas fabricadas | 12 (1301-1312) |
Tipo de serviço | Via |
Características | |
Bitola | Bitola Ibérica (1668 mm) |
Performance | |
Velocidade máxima | 132 km/h |
Operação | |
Ano da entrada em serviço | 1952 |
Ano da saída do serviço | 1987 |
Situação | Fora de serviço |
Esta série era composta por doze locomotivas a tracção diesel-eléctrica, numeradas de 1301 a 1312.[3]
Apresentavam cerca de 16 m de comprimento, 96 t de peso, e 1350 cv de potência, e podiam atingir até 132 Km/h.[4]
Em meados do século XX, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses iniciou um programa de modernização, de forma a melhorar os seus serviços; no âmbito deste projecto, encomendou doze locomotivas diesel-eléctricas, com o apoio do Fundo de Fomento Nacional, no âmbito do Plano Marshall.[4][1]
Foram construídas em 1952 pela empresa americana Whitcomb Locomotive Company.[3][5] As primeiras quatro unidades foram transportadas desde a América do Norte no vapor Dick Lykes, tendo sido desembarcadas, em Abril do mesmo ano, na Doca de Alcântara; previa-se, em Maio, que as locomotivas restantes iriam ser brevemente entregues, e que toda a série estaria ao serviço antes do Verão.[4]
No entanto, até Outubro desse ano, só chegaram mais duas locomotivas, tendo sido transportadas pelo navio Ribeira Grande, e descarregadas no entreposto de Santos; nesta altura, calculava-se que as seis restantes unidades chegariam até ao final do ano.[1] Nesse mês, chegaram mais duas unidades, trazidas pelo navio Ruth Lyes, e descarregadas na Estação Marítima de Alcântara.[6] Foram introduzidas pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses na Linha do Norte até Gaia, para rebocar comboios de passageiros e mercadorias, e nas Linhas de Sintra e Oeste, onde fizeram tranvias.[3] A sua introdução nos serviços de Sintra revestiu-se de um especial interesse, uma vez que vieram substituir as locomotivas a vapor, cuja emissão de fumos no interior do Túnel do Rossio se apresentava bastante incómoda nas carruagens.[1] Circularam igualmente na Linha da Beira Baixa,[3] tendo um dos principais motivos para a sua compra sido precisamente a necessidade de complementar as locomotivas da Série 1500, que estavam proibidas de circular por esta linha, devido ao seu elevado peso por eixo.[5] Também asseguraram a tracção dos serviços Sud Expresso e Lusitânia Expresso.[3]
Devido à progressiva electrificação das linhas, foram transferidas para o Barreiro, onde acabaram a sua vida útil,[3] tendo sido todas abatidas ao serviço em 1987.[2] A locomotiva 1311 foi preservada no Museu Nacional Ferroviário, no Entroncamento;[3][2] devido ao estado em que se encontrava, esta unidade foi a mais difícil de remodelar, tendo sido a última a ser terminada entre o grupo de locomotivas que foram expostas numa exposição comemorativa dos 50 anos da tracção a gasóleo em Portugal.[2]
Nas ferrovias brasileiras, a Estrada de Ferro Sorocabana operou um modelo idêntico à Série 1300 da CP, denominada Série 3300. Entraram em operação em 1949 e foram desativadas do serviço ativo por volta de 1974, trabalhando apenas em serviços de manobras e pequenos comboios de mercadorias. As locomotivas se diferenciaram do modelo lusitano pela bitola, sendo a versão brasileira tendo bitola métrica.
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