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forma de narração no qual a história é dividida em partes, publicadas de forma contínua Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Na literatura, série é um nome usado para fazer referência a uma forma de narração (dentro de um gênero) no qual a história é dividida em partes (geralmente livros ou volumes), publicadas de forma contínua (tipicamente cronológica).
O termo "série" é bastante usado nas bibliotecas e na ciência da informação para materiais "de qualquer área publicados com o mesmo título e dispostos numa sucessão de partes discretas, geralmente enumeradas (ou datadas), que aparecem em intervalos regulares ou irregulares sem conclusão predeterminada".[1]
A ideia de histórias sendo contadas em forma de série tem sua origem no famoso As Mil e uma Noites, que consiste numa série de histórias publicadas, ou "romances publicados". A história principal é sobre Xerazade a contar histórias para o Rei Xariar, e ela precisa mantê-lo interessado em cada história, para escapar da execução na manhã seguinte. Ela conta a história em séries, começando cada uma delas com uma narrativa interessante, deixando-o no clímax do conto, e continuando na noite seguinte. Isso deixa o Rei ansioso, esperando pela próxima noite para ouvir o que acontece depois. Muitos dos contos dela se estendem por várias noites ou episódios. Por exemplo, "As Três Maçãs" é narrada em cinco noites, "Addullah o Pescador e Abdullah o Tritão" é narrado em seis noites, "O Conto de Hunchback" é narrado em dez noites, "As aventuras do Deus Mercúrio" é narrada em onze noites, "Ali Babá e os Quarenta Ladrões[desambiguação necessária]" é narrado em treze noites, "O Cavalo Ébano" é narrado em 14 noites, "Sinbad o Marujo" é narrado em 30 noites, "As Aventuras de Bulukiya" é narrado em 47 noites, e "Aladdin" é narrado em 78 noites.
Na literatura do século XIX, muitos escritores ganharam a vida escrevendo histórias de forma serial em revistas populares. Muitos dos romances de Charles Dickens, por exemplo, foram publicados dessa maneira, e é essa a razão de muitos deles serem tão longos - quanto mais capítulos Dickens escrevia, mais tempo a série passava na revista e mais dinheiro era arrecadado.
Outros escritores famosos que escreveram séries literárias incluindo Wilkie Collins, inventor do romance inglês sobre detetives e autor da obra "The Moonstone"; Sir Arthur Conan Doyle, quem criou as histórias de Sherlock Holmes originalmente para publicação na revista The Strand; e o escritor polonês Boleslaw Prus, autor das séries de romances "The Outpost" (1885-86), "The Doll" (1887-89), "The New Woman" (1830-93) e seu romance mais famoso, "Pharaoh". O romancista francês Honoré de Balzac pretendeu transformar sua vasta obra em uma única grande série, intitulada A Comédia Humana, que seria uma representação completa da sociedade de sua época. Nela podemos acompanhar o desenvolvimento de diversas personagens em diferentes romances, como Lucien de Rubempré em Illusions perdues e Splendeurs et misères des courtisanes. O projeto geral, contudo, ficou inacabado.
Há também vários escritores contemporâneos cujas obras estão entre os best sellers, como J. K. Rowling, autora da famosa série infanto-juvenil Harry Potter, Stephenie Meyer, autora da saga Crepúsculo, e Dan Brown, famoso pela polêmica obra O Código da Vinci.
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