Rubens Alves Corrêa (Aquidauana, 23 de janeiro de 1931 — Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 1996) foi um ator e diretor de teatro brasileiro.

Factos rápidos
Rubens Corrêa
Nome completo Rubens Alves Corrêa
Nascimento 23 de janeiro de 1931
Aquidauana, Mato Grosso do Sul
Nacionalidade brasileiro
Morte 22 de janeiro de 1996 (64 anos)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Causa da morte AIDS
Ocupação ator, diretor teatral, produtor de teatro, dramaturgo, autor e professor de interpretação
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Biografia

Ao lado do ator Ivan de Albuquerque que depois se tornaria seu sócio,[1] ele se formou em 1951 no Teatro Tablado, a escola fundada por Maria Clara Machado no Rio de Janeiro.

Criou sua própria companhia de teatro com Ivan em 1959, que nos anos 60 se transformou no Teatro Ipanema. Seu trabalho contém elementos próprios dos princípios ensinados por Antonin Artaud, privilegiando personagens com alta carga dramática, prevista no teatro da crueldade, fora das convenções realistas ou das comédias chamadas ligeiras.

No teatro se destacou em espetáculos como: Diário de um Louco; Marat Sade; A China é Azul; O Arquiteto e o Imperador de Assíria; O Beijo da Mulher Aranha; O Assalto; Artaud e seu último trabalho em O Futuro Dura Muito Tempo.

Muitos atores brasileiros, que iniciaram sua carreira sendo dirigidos por Ivan de Albuquerque, entre eles José Wilker e José de Abreu, atuaram de forma expressiva com Rubens Corrêa. Em especial Josè de Abreu declarou que sua interpretação na peça “O Beijo da Mulher Aranha”, dirigida por Ivan em 1981,[2] correspondeu a seu auge no teatro.

A peça “O Beijo da Mulher Aranha” atingiu tal sucesso de crítica e público que foi uma das selecionadas, em 1982, pelo Movimento Pró-Jovem, coordenado pelo animador e promotor cultural, professor Dymas Joseph do Colégio Pedro II, para promover a ida de estudantes e jovens ao teatro, a maioria pela primeira vez na vida, divulgando e promovendo várias 7 apresentações. Tal iniciativa inaugurou, no Rio de Janeiro, as apresentações teatrais fora dos horários habituais, com exibições nas tardes de dias de semana, nas manhãs de finais de semana, e em dias alternativos, à noite de segundas e terças-feiras; uma concepção do então assistente de produção Flávio Pietrobon Costa.

Segundo o crítico Yan Michalski: "Um dos mais completos encenadores brasileiros (…), Ivan de Albuquerque também é um dos que conseguem equilibrar harmoniosamente um artesanato sólido e seguro e uma aguda capacidade de análise de textos com uma generosa abertura para linguagens novas e experimentais".[3]

Escreveu a peça Mar Sem Fim em 1983 e adaptou João Ternura, da obra de Aníbal Machado em 1994.

Atuou também no cinema e na televisão, notadamente em telenovelas, como Partido Alto, Kananga do Japão, Pantanal e Guerra sem Fim.

Rubens Corrêa morreu em 1996, vítima de complicações de saúde decorrentes da AIDS.[4]

Atuação na televisão

Mais informação Ano, Título ...
Ano Título Personagem Emissora
1967Os MiseráveisVidigalRede Bandeirantes
1984Partido AltoArnaldo AmoedoRede Globo
1987MandalaPsicanalista de Édipo
1988AboliçãoAndrade Figueira
1989Kananga do JapãoEpílogoRede Manchete
1990 Escrava Anastácia[5]João Gustavo
PantanalDeputado Ibrahim Chaguri
1991Mundo da LuaAndarilhoTV Cultura
Ilha das BruxasWilliamRede Manchete
AmazôniaMuru
1993O MarajáCarlos Alberto
Guerra sem FimChina
1995DecadênciaAlbano Tavares BrancoRede Globo
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Atuação no cinema

Mais informação Ano, Título ...
Ano Título Personagem
1990Lua de CristalPardal
1988Caramujo-florAlter-ego
1987Tanga (Deu no New York Times?)Herr Walkyria Von Mariemblau
1981Álbum de Família - Uma História DevassaJonas Pereira de Albuquerque
Bonitinha Mas Ordinária ou Otto Lara RezendeFuncionário dos Correios
1980Perdoa-me Por Me TraíresRaul
1971Na Boca da NoiteVítor Hugo
1969As Duas Faces da MoedaMédico
1968João Tem MedoJoão
1962 Pluft, o Fantasminha
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Referências

  1. «Rubens Corrêa - Enciclopédia Itaú Cultural». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 9 de julho de 2015
  2. DAEHN, Ricardo (2009). Em cena em duas novelas e dois filmes, ator José de Abreu escancara o coração. Sítio Jornal Correio Braziliense <http://divirta-se.correioweb.com.br/materias.htm?materia=6605&secao=Celebridades&data=20090323> Acessado em 02 de abril de 2010.
  3. MICHALSKI, Yan. Pequena enciclopédia do teatro brasileiro contemporâneo. CNPq, Rio de Janeiro, 1989.
  4. «Ator Rubens Corrêa morre no Rio aos 64 anos». Folha de S.Paulo. 23 de janeiro de 1996. Consultado em 9 de julho de 2015
  5. «Escrava Anastácia». teledramaturgia.com.br. Consultado em 29 de março de 2021

Ligações externas

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