O painho-da-ilha-da-madeira (Hydrobates castro) (Harcourt, 1851),[2] conhecido pelos nomes comuns de roque-de-castro, painho, painho-da-madeira, alma-de-mestre, angelito (Açores), canitobo (São Tomé e Príncipe), jaba-jaba (Cabo Verde), roque e roquinho (Madeira), é uma ave marinha da família Hydrobatidae,[3] de pequenas dimensões, coloração geral preta e uropígio branco. Nidifica exclusivamente em ilhas, com colónias nidificantes conhecidas nas Berlengas,[4] nos arquipélagos da Macaronésia e nas ilhas Galápagos.

 Nota: Se procura a ave conhecida por freira-da-madeira, veja Pterodroma madeira.
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Como ler uma infocaixa de taxonomiaPainho-da-ilha-madeira

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Procellariiformes
Família: Hydrobatidae
Subfamília: Hydrobatinae
Género: Hydrobates
Espécie: H. castro
Nome binomial
Hydrobates castro
(Harcourt, 1851)
Distribuição geográfica

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O ovo.

Descrição

É uma ave de pequeno porte, com 19–21 cm de comprimento, uma envergadura de 43–46 cm e 44–49 g de peso, com plumagem negra com uma marcada faixa branca no uropígio. A cauda é ligeiramente bifurcada, com as asas comparativamente longas.

Nidifica em ilhas e ilhéus na região subtropical dos oceanos Atlântico e Pacífico, incluindo os Açores e Madeira no Atlântico e as ilhas Galápagos no Pacífico. A nidificação ocorre em colónias instaladas fissuras e pequenas aberturas naturais em falésias ou em rochas expostas na linha de costa. A fêmea produz um único ovo por ano, de cor branca.

A ave é estritamente oceânica, permanecendo no mar com excepção do curto período de reprodução. Alimenta-se capturando à superfície da água invertebrados, pequenos vertebrados e por vezes carniça, mas por vezes mergulha para capturar alimento, em geral descendo apenas até aos 40–120 cm de profundidade (um mergulho registado a 170 cm parece dever-se a mau funcionamento do equipamento de medição).[3]

A actividade da espécie em espaço aberto nos locais de nidificação é estritamente nocturna para evitar predação por gaivotas e outras aves predadoras ou oportunistas, evitando mesmo as vindas a terra em noites de luar intenso. Como ocorre com os restantes membros do género Hydrobates, a capacidade de locomoção em terra desta espécie é muito limitada, reduzindo-se a arrastar-se entre o local de pouso e o ninho, geralmente em trajectos de apenas alguns centímetros.

Nidifica durante todo o ano, apresentando duas populações com picos de nidificação distintos, na primavera e no outono. A descoberta destas populações nidificantes nos períodos mais quentes e frios do ano (reprodução de estação quente e de estação fria), utilizando os mesmos ninhos em períodos diferentes do ano, com vocalizações e períodos de muda distintos, indicia a presença de espécies crípticas coexistindo na mesma área de distribuição natural.

A análise genética, recorrendo ao mtDNA, da população que nidifica no período quente no Açores levou ao seu reconhecimento como uma espécie separada, o Hydrobates monteiroi.[5]

Na Madeira pode ser avistada a muitas milhas da costa, normalmente alimentando-se sobre bancos de pesca, sendo a população composta por mais de 10 000 espécimes e com uma extensa área de ocorrência.

A espécie é monotípica (não são reconhecidas subespécies).

Notas

Referências

Ligações externas

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