Ronse (em francês, Renaix) é uma cidade e município belga da província de Flandres Oriental. O município é constituído apenas pela cidade de Ronse. Em 1 de janeiro de 2006, o município de Ronse tinha uma população de 14.158 habitantes, uma superfície de 34,48 km² e uma consequente densidade populacional de 701 habitantes/km².

Mais informação Brasão, Bandeira ...
  Ronse
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Vista aérea de Ronse com a catedral ao centro
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localização do município, no distrito e na província
Brasão Bandeira
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Geografia
Região Flandres
Província Flandres Oriental
Distrito Oudenaarde
Coordenadas 50° 45' N, 03°36' E
Área 34.48 km²
Demografia
População
– Homens
– Mulheres
Densidade
25 403 (01/01/2013)


740 hab./km2
Faixa Etária
0–19 anos
20–64 anos
65 anos ou mais
()
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%
%
Estrangeiros % ()
Economia
Desemprego % ()
Renda per capita
Política
Burgomestre
Coalizão/partido CD&V
CD&V, sp.a
Escabinos 55
Código postal
Código postaldeelgemeenten
/entités (submunicípios)
9600
Outras informações
Código telefônico 055
Código NIS
Website www.ronse.be
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História

Dos primeiros povoados ao século XIV

As colinas à volta de Ronse apresentam vestígios da presença humana já no Paleolítico. No neolítico, a área era habitada por agricultores sedentários e criadores de gado.

Vários fragmentos classificados de estruturas de edifícios atestam também a existência de povoados no período romano. O centro de Ronse tomou forma no século VII, quando Santo Amando ou um dos seus sucessores construiu uma igreja e um mosteiro em honra de São Pedro e São Paulo. No século IX, Ronse e o seu mosteiro foram doados ao Mosteiro de Inde (em Cornelismünster, (próximo de Aachen) por Luís o Pio. É nessa altura que as relíquias de Santo Hermes chegaram a Ronse. Os contínuos ataques dos Viquingues forçaram os monges a fugir da localidade mais de uma vez e o mosteiro foi queimado pelos Normandos em 880. As relíquias do referido santo foram redescobertas em 940 e depositados na cripta românica em 1083. A igreja de São Hermes, que mais tarde foi construída por cima da cripta, foi consagrada em 1129.

A peregrinação em honra do anto, que era conhecido por ter curado doenças mentais, susteve a economia local. Há ainda um ditado francês que quer dizer "Santo Hermes cura os loucos da área, mas deixa os habitantes de Ronse como eles são". O senhor de Ronse, Gerard de Wautripont, que também tinha a seu cargo o moesteiro de Inde, deu à então vila de Ronse privilégios de cidade em 1240.Uns anos mais tarde, a a economia da cidade foi florescendo e o mosteiro de Inde vendeu todas as possessões de Ronse.

Até à Revolução Francesa, a senhoria de Ronse - baronia em 1549 incluía um enclave, o privilégio de de Ronse, que era administrado pelo cabido de Santo Hermes com independência jurídica e financeira e tinha o seu próprio sistema de justiça.

Renascimento e Antigo Regime

Em 26 de Março de 1478, tropas francesas pilharam e queimaram a cidade. Esta rapidamente recuperou, graças ao crescimento económico baseado no fabrico e preparação do linho. Por volta do século XVI, a cidade tornou-se um importante centro calvinista nos Países Baixos Espanhóis. Os conflitos religiosos do século, em especial a terrível perseguição do duque de Alba, forçaram um grande número de tecelões e pisoeiros da cidade a encontrar refúgio permanente na Holanda, Inglaterra e Alemanha. O incêndio ocorrido a 21 de Julho de 1551 destruiu por completo a cidade. Nos inícios do século XVII, Ronse tirou vantagem da paz relativa ocorrida no tempo dos arquiduques Fernando e Isabel. É durante essa época que foi construído um dos mais bonitos castelos no sul dos Países Baixos (demolido em 1823) pelo conde Jean de Nassau-Siegen, barão de Ronse desde 1629. A peste de 1635-1636 praticamente esvaziou a cidade. Apesar da oposição do rei de Espanha, Ronse foi anexada pela França de 1680 a 1700. Durante o período austríaco em 31 de Março de 1711, um gigantesco incêndio deixou a cidade em cinzas. Graças à perseverança dos seus habitantes, Ronse podia erguer-se como cidade, devido ao seu comércio e negócios baseados na indústria têxtil.

Da Revolução Francesa aos nossos dias

A batalha de Fleurus (26 de Junho de 1794) permitiu à França ocupar e anexar a região. Ronse sofreu importantes expropriações e a cidade em breve encontrou-se em sérias dificuldades financeiras. Em 1796, a antiga administração da cidade foi dissolvida e foi criado o município de Ronse. A legislação francesa esteve em vigor até à Bélgica se unir com os Países Baixos em 1815. Em 1798, a chamada "guerra dos camponeses" (uma rea(c)ção à conscrição militar imposta pela França) custou muitas vidas. Em 1799, cerca de 10.000 habitantes de Ronse (um terço) viviam na pobreza. Em 1840, mais de 55% da população vivia da indústria têxtil. Uns anos mais tarde, a mecanização da indústria conduziu a uma crise económica. Muitas pessoas deixaram Ronse para irem trabalhar para as fábricas do norte de França (Lille-Roubaix-Tourcoing) ou para os trabalhos agrícolas nas regiões do Somme, do Oise, etc. A partir da década de 1870, a indústria têxtil prosperou, apesar da queda temporária ocorrida durante a Primeira Guerra Mundial. O declínio da indústria têxtil iniciou-se após a Segunda Guerra Mundial, mas foi especialmente agudo durante a década de 1960. Actualmente, Ronse é principalmente uma centro comercial e um destino turístico.

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Brasão de Ronse.

Monumentos

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Igreja e museu de Ronse.
  • Igreja de Santo Hermes, famosa pela sua cripta do século XII em estilo românico.
  • Um museu do folclore e um museu têxtil.
  • A estação de caminho-de-ferro da cidade, a mais antiga da Europa.
  • Uma casa construída por Victor Horta em estilo Arte Nova: The Villa Carpentier.
  • As colinas em redor, várias das quais oferecem boas vistas sobre a cidade.

Festas

  • A festa "Bommels", que tem lugar em Janeiro no sábado anterior à primeira segunda-feira depois da Epifania é o primeiro Carnaval do ano na Bélgica. As suas raízes são medievais
  • A "Fiertel", também com raízes medievais tem lugar no primeiro domingo a seguir ao Pentecostes (Trinity Sunday, em países de expressão inglesa. Nessa ocasião, o relicário de Santo Hermes é conduzido pela cidade numa procissão ao longo de 32 quilómetros, com centenas de pessoas a pé e ciclistas prestando culto ao santo.

Pessoas nascidas em Ronse

Cidades-gémeas

Referências

  • Sanderus A., Flandria Illustrata, 1638 and 1644, em latim, reproduzido por Tielt, Veys, 1978, In folio, (24) + 654 + (12) pp., citado in fr:Renaix.
  • Delghust O., Renaix à travers les âges, presses de Julien Leherte-Delcout, Renaix, 1936 and 1948, em francês, reproduzido por Culture et Civilisation, Brussels, 1975, In-8, 170 pp., citado in fr:Renaix.
  • Gadeyne G., Aperçu de l’histoire de l’industrie textile à Renaix jusqu’en 1900, Annales de Renaix (C.H.A.R.T.I.), tomo XXV, 1976, em francês, citado em fr:Renaix.

Ligações externas


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