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futebolista brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Roberto Dias Branco (São Paulo, 7 de janeiro de 1943 — São Paulo, 26 de setembro de 2007), ou simplesmente Dias, foi um futebolista brasileiro, bicampeão paulista de 1970 e 1971 pelo São Paulo, clube do qual é um dos maiores ídolos. Esteve entre os pré-convocados para a Seleção Brasileira de Futebol que disputou a Copa do Mundo de 1966.
Informações pessoais | ||
---|---|---|
Nome completo | Roberto Dias Branco | |
Data de nascimento | 7 de janeiro de 1943 | |
Local de nascimento | São Paulo, São Paulo, Brasil | |
Nacionalidade | brasileiro | |
Data da morte | 26 de setembro de 2007 (64 anos) | |
Local da morte | São Paulo, São Paulo, Brasil | |
Apelido | Roberto Dias ou Dias | |
Informações profissionais | ||
Posição | volante e zagueiro | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1960–1973 1973 1974–1977 1978 1978 |
São Paulo CEUB (DF) Jalisco Dom Bosco Nacional-SP |
523 (76) 2 (0) ? (?) 14 (2) ? (?) |
Seleção nacional | ||
1960–1966 | Brasil | 25 (1) |
Roberto Dias começou a jogar futebol nos juvenis do próprio São Paulo, aos 16 anos. Dias sempre foi a imagem do jogador técnico. Foi o grande craque do time nos anos 1960, porém sem conquistar nenhum título, pois a preocupação era a construção do Morumbi. Os torcedores iam a campo para vê-lo, tamanha a intimidade que tinha com a bola. A saída do goleiro era através de Dias, que colocava a bola em qualquer lugar do campo. Dava chapéus, inclusive em Pelé. O próprio Pelé, aliás, reconhecia a dificuldade de superar a marcação de Dias, jogador habilidoso e técnico, sem dúvida um dos maiores que o São Paulo já teve. Era exímio cobrador de faltas.[1]
Em 1967 foi eleito "Atleta do Ano".[2] Nesse mesmo ano, marcou um gol histórico contra o Fluminense, do Rio de Janeiro: jogando como meio-volante, entrou em diagonal na intermediária adversária e, como recebeu um passe em suas costas, tocou de calcanhar, dando um chapéu em um defensor adversário e, sem deixar a pelota cair, fuzilou a meta do goleiro fluminense.
Em 1970, conquistou seu primeiro título paulista atuando ao lado de Gérson e Toninho, entre outros. Pouco depois, em 29 de novembro, foi obrigado a ficar afastado dos campos de futebol, vítima de uma complicação cardíaca, inicialmente divulgada como "bronquite" e "tratamento de torcicolo".[3] Uma versão dá conta de que uma bolada no pescoço deixou uma de suas coronárias entupida,[2] mas é desmentida por especialistas.[4] Passou quase dois anos parado — embora fizesse parte do elenco que ganhou o Campeonato Paulista de 1971, disputou apenas uma partida naquele ano, pelo Campeonato Brasileiro.[5]
Depois de 523 jogos pelo São Paulo (o quinto jogador que mais atuou pela equipe e o terceiro em anos de permanência no clube),[6] ganhou passe livre em 26 de setembro de 1973, apesar de a diretoria ter passado algum tempo negando essa possibilidade. "Isso [o passe livre] seria um castigo, e ele merece um prêmio", dizia o diretor de futebol José Douglas Dallora em agosto.[7] O jogador lamentava ir embora: "Encerrar a carreira aqui seria bom, mas não posso fazer nada."[7] Depois de uma passagem rápida pelo CEUB,[8] de Brasília, que defendeu no Campeonato Brasileiro de 1973, foi para o Jalisco, de Guadalajara, México, clube que defendeu por três anos, ganhando ainda o prêmio de melhor atleta estrangeiro de 1974. Ao voltar ao Brasil, ainda defendeu o Dom Bosco, do Mato Grosso, no Campeonato Brasileiro de 1978, e o Nacional, de São Paulo, até se aposentar,[9] no fim da temporada.
Em 1987, foi convidado para ser instrutor de futebol para sócios do clube.[10] Em 25 de setembro de 2007, sofreu uma parada cardiorrespiratória ao tomar banho. Levado ao Hospital das Clínicas, não resistiu e faleceu no dia seguinte.[8] No dia de sua morte, o São Paulo atuou contra o Boca Juniors, da Argentina, com tarjas pretas no braço esquerdo das camisas.[11]
Dias estreou na Seleção Brasileira olímpica durante as Olimpíadas de 1960, em Roma, quando formou o meio-de-campo com Gérson. Na Seleção principal, estreou em 30 de maio de 1964, em uma vitória por 3 a 2 sobre a França. Ao longo de sua carreira, defendeu a Seleção por 25 vezes, com 13 vitórias, 8 empates e 4 derrotas.[12][13] Em 1964, durante partida contra a Inglaterra no Maracanã, marcou um gol de falta no final da goleada por 5 a 1, enquanto Pelé e Gérson, os batedores "oficiais", discutiam quem cobraria. "Me meti no meio deles", contava, "e, quando menos esperavam, chutei e fiz o gol. Ninguém falou nada. Só que se eu tivesse errado…"[9]
Esteve ainda entre os 47 convocados para treinamentos da Seleção em Serra Negra e Caxambu, como preparativos para a Copa do Mundo de 1966, mas acabou ficando de fora da lista final e não foi à Inglaterra.[14] Esse fato o abateu bastante, e ele mesmo admitiu que ficou abalado psicologicamente por algum tempo.[15]
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