Obá[1] (em iorubá: Odo Ọba) é um rio nos estados de Oió e Oxum na Nigéria. É o principal afluente do rio Oxum. A paisagem varia de savana arborizada no norte a floresta tropical no sul. O rio está fortemente poluído. A maioria das pessoas que vivem ao longo da sua extensão praticam a agricultura e a pesca.

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rio Obá
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Curso do Obá
Curso do Obá
País(es) Nigéria
Distrito Oxum
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Nome

O rio foi nomeado em honra ao orixá iorubá Obá, uma das esposas de Xangô.[2] Segundo a lenda Oxum enganou Obá dizendo para ela cortar sua orelha e adicioná-la à alimentação do Xangô, dizendo que iria agradá-lo. Quando Xangô encontrou a orelha de Obá na comida, ficou furioso e Oxum e Obá fugiram assustadas, transformando-se em rios. O mito justifica nisso o fato do ponto de encontro dos rios Oxum e Obá ser tão apressado.[2]

Curso

Obá é o principal afluente do Oxum. Sobe 15 quilômetros ao norte de Obomoxó no estado de Oió.[3] Passa por Obomoxó, onde é represado.[4] O reservatório foi concluído em 1964 e abrange área de 137,6 hectares, com capacidade de armazenamento de 3520 megalitros.[5] É alimentado pelos córregos Idecom, Eeguno, Acambi Quemolouó, Omogum e Iacum e a área de captação é de 321 quilômetro quadrados (120 sq mi).[6]

O Obá continua ao sul da barragem até se juntar ao Oxum logo acima do assentamento de Odo Obá. Os assentamentos ao longo do seu curso de norte a sul incluem Apó, Iluju, Obadá, Mosunmadé, Otuocum, Balé, Olori e Olumoié. O rio recebe um afluente esquerdo a jusante de Obadá e outro afluente esquerdo ao sul de Olori. O segundo afluente passa por Ifé Odã.[7] O Obá junta-se ao Oxum numa série de corredeiras.[2] Os dois se encontram no extremo norte do reservatório Asejiré.[7]

Meio Ambiente

O clima na parte superior do rio em torno de Obomoxó tem temperaturas consistentemente altas, com intensidade moderada a intensa em março-julho, e médias pluviométricas anuais de 1 247 milímetros (49 in). Sua vegetação deriva da savana, entre a zona da savana do norte e as florestas tropicais da região de Ibadã.[8] Um estudo publicado em 2014 descobriu que os peixes no reservatório de Obomoxó estavam infectados com parasitas que poderiam causar risco para os consumidores humanos.[9] Há pouco ou nenhum oxigênio dissolvido na água.[10] Fontes de poluição incluem esgoto e resíduos domésticos e de mercado, e inclui muita matéria inerte que não é prontamente biodegradável.[11]

Economia

As pessoas em todo o comprimento do Obá estão principalmente engajadas em agricultura e pesca.[12] Em 1977, 4,9% da terra em torno do reservatório de Obomoxó era cultivável, enquanto outros 71,9% estavam cobertos por floresta e os restante 23,2% eram utilizados em pousio. Em 1992, o uso era de 23,5% para floresta, 60,5% para cultivo e 16,0% para pousio. As principais culturas são milho e vegetais, particularmente quiabo. Os agricultores usam intensamente o fertilizante nitrogenado.[13] Em 2014, os trabalhadores agrícolas do norte da Nigéria começaram a praticar o cultivo de irrigação na bacia do Obá em Icosé, Iluju, Icoí-Ilé e Oriré. Usavam bombas para pegar água do Obá, muitas vezes canalizando um quilômetro ou mais para suas terras agrícolas.[4] As culturas incluem quiabo, milho, berinjela e melancia. Os agricultores encontraram um mercado pronto com compradores dos estados de Oxum, Ondo e Oió. A agricultura de irrigação é incomum na região, uma vez que a precipitação é bastante abundante, mas é comum nos estados do norte de onde os agricultores vieram.[4]

Referências

Bibliografia

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