Injeção: O vírus injeta seu RNA e enzimas virais dentro da célula hospedeira;
Eclipse: O vírus, através da enzima transcriptase reversa, sintetiza DNA a partir do seu RNA, e liga esse DNA ao DNA da célula hospedeira. Ainda durante a Eclipse, o DNA celular produz as proteínas e outras substâncias da cápsula viral;[carecede fontes?]
Retrotranscrição: A síntese de DNA (ssDNA senso negativo) a partir do genoma viral (ssRNA senso positivo) ocorre por intermédio da enzima viral transcriptase reversa, uma DNA polimerase RNA-dependente que catalisa esta reação. O DNA produzido pode se integrar ao genoma celular, onde será transcrito e codificará mRNAs e novos RNAs virais. Estes processos são mediados pela ação de uma RNA polimerase DNA-dependente celular, que transcreve o provírus integrado ao genoma hospedeiro;[4][5]
Liberação: os novos retrovírus formados dentro da célula hospedeira saem dela. Esse processo pode ser lítico (quando, devido ao grande número de vírus, a célula se rompe) ou lisogênico (os vírus saem da célula sem rompê-la).[carecede fontes?]
Os seguintes gêneros são incluídos dentro da família Retroviridae:[6]
A SIDA (ou AIDS) é uma doença causada pelo retrovírus HIV (em português: vírus da imunodeficiência humana, VIH);
Os retrovírus HTLV-1 e HTLV-2, sendo o primeiro é responsável pela ocorrência de algumas doenças como o linfoma das células T, já o segundo retrovírus citado, não há até o momento, ligação com alguma patologia determinada.[7][nota 3]
São retrovírus com comportamento infeccioso típico, disseminando-se horizontalmente por contacto. Muitos retrovírus exógenos são recombinantes produzidos em laboratório ou por co-infecção casual de um animal, não se encontrando como provírus endógeno na natureza.[8]
Uma cópia DNA completa do genoma (provírus), em determinadas situações, em muitas espécies de retrovírus, pode ser transmitida ao DNA da linhagem germinal materna à prole por herança mendeliana. Perpetua-se, assim, esse DNA em todas as células de um indivíduo em algumas espécies de vertebrados. Ex: retrovírus PERV-A e PERV-B em suínos. Esses genomas provirais são controlados pelos genes reguladores das células e normalmente são silenciosos devido à mutações, deleções ou transposições. Seqüências endógenas de retrovírus representam 8% do genoma humano. Sugere-se que esses provírus possam ser ativados por diversos fatores como radiações, exposição a substâncias químicas mutagênicas ou carcinogênicas, hormônios e etc.[9]
FAUGET, C. M.; MAYO, M. A.; MANILOFF, J.; DESSELBERGER, U; BALL, L. A.. Virus Taxonomy. 2. ed. California: Academic Press, 2005. 1162 p. ISBN 978-0122499517(em inglês)
MURRAY, P. R.; ROSENTHAL, K. S.; PFAÜER, M. A.. Microbiología Médica. 5. ed. Madrid: Elsiver España, 2006. 976 p. ISBN 978-84-8174-927-4(em castelhano)
Vírus oncogênicos em animais por Ana Maria Cristina R. P. da F. Martins, publicado pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal, Número 47 (2007)
Blaise, S.; De Parseval, N.; Benit, L.; Heidmann, T. Genomewide screening for fusogenic human endogenous retrovirus envelopes identifies syncytin 2, a gene conserved on primate evolution. Proc. Natl. Acad. Sci., USA, v.28, n.100, v.22, p.13013-13018, 2003.
↑ Ledy do Horto dos Santos Oliveira, Virologia humana; Cultura Médica, 1994, ISBN 8-570-06170-6
↑ Stephen P. Goff, Retroviridae: The Retroviruses and Their Replication; OCLC66002376(em inglês)
↑ Coffin, John M. (1992). "Structure and Classification of Retroviruses". In Levy, Jay A. The Retroviridae Vol. 1 (1st ed.). New York: Plenum. p.20. ISBN 0-306-44074-1. (em inglês)