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estrela na constelação de Orion Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Rígel (Rigel, β Ori, β Orionis, Beta Orionis) é a estrela mais brilhante da constelação de Orion, e a sétima mais brilhante do céu,[3] com magnitude aparente 0,12. Apesar de ter a designação de Bayer "beta", ela quase sempre é mais brilhante que Betelgeuse (Alpha Orionis).
Rígel | |
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Comparação de tamanho entre Rígel e o Sol. | |
Dados observacionais (J2000.0) | |
Constelação | Orion |
Asc. reta | 05h 14m 32,3s[1] |
Declinação | -08° 12′ 05,9″[1] |
Magnitude aparente | 0,12[1] |
Características | |
Tipo espectral | B8Iab[1] |
Cor (U-B) | -0,65[2] |
Cor (B-V) | -0,03[2] |
Variabilidade | Levemente irregular |
Astrometria | |
Velocidade radial | 20,7 km/s[1] |
Mov. próprio (AR) | 1,87 mas/a[1] |
Mov. próprio (DEC) | −0,56 mas/a[1] |
Paralaxe | 4,22 ± 0,81[1] |
Distância | 772,89 anos-luz 236,97[2] pc |
Magnitude absoluta | -6,7 |
Detalhes | |
Massa | 18[3] M☉ |
Raio | 78,9 ± 7,4[4] R☉ |
Luminosidade | 85 000[3] L☉ |
Temperatura | 11 500[3] K |
Outras denominações | |
Rigel, Algebar, Elgebar, β Orionis, 19 Orionis, HD 34085, HR 1713, HIP 24436, SAO 131907, TD1 4253.[1] | |
O nome de Rígel vem da sua posição no "pé esquerdo" de Orionte. Ele é uma contracção de Riǧl Ǧawza al-Yusra, árabe para "pé esquerdo de algo central". Outro nome árabe é رجل الجبار riǧl al-ǧabbār, "o pé de algo maior", que também é a origem do outro nome Algebar. Rígel também é chamada de Algebar ou Elgebar, porém esses nomes raramente são usados.
Rígel é conhecida como 参宿七 (Shēnxiù Qī, "a sétima das três estrelas") em chinês. O nome se deve ao fato que o asterismo das três estrelas era originalmente composto por apenas três estrelas, todas elas do cinturão de Orion. Mais tarde, outras quatro estrelas foram adicionadas a esse asterismo, mas o nome continuou igual.
No Japão, Rígel era chamada de Genji-boshi (源氏星) (devido ao Clã Genji),[5][6] "a estrela do Clã Genji" ou Gin-waki, (銀脇).
Rígel está além do alcance atual de medidas precisas de paralaxe. Estudos espectroscópicos estimam uma distância entre 700 e 900 anos-luz (210 a 280 parsecs), enquanto o "melhor palpite" da sonda Hipparcos é 773 anos-luz (237 parsecs), com uma margem de erro de 19%. Rígel é uma supergigante azul de 18 massas solares, e tem cerca de 85 000 vezes a luminosidade solar.[3] Rígel é a estrela mais luminosa na região do Sol na Via Láctea, e é tão luminosa que se fosse vista a uma distância de uma UA, ela teria um diâmetro angular de 35° e a sua magnitude aparente seria -38.
Como Rígel é uma estrela luminosa e está em uma região de nebulosidade, ilumina várias nuvens de poeira na sua proximidade, a mais notável sendo IC 2118.[7] Rígel também está associado com a Nebulosa de Orionte, que está duas vezes mais distante da Terra. Apesar da distância, projetando o caminho de Rígel pelo espaço pela sua idade estimada, a estrela é levada para perto da nebulosa. Como resultado, às vezes Rígel é classificado como um membro distante da associação Orion OB1, assim como algumas outras estrelas daquela região do espaço.[7]
Rígel é uma estrela variável irregular, algo comum entre supergigantes. Rígel varia a sua magnitude aparente em até 0,3, em cerca de 22 a 25 dias. Sabe-se que o sistema de Rígel é composto por três estrelas. Às vezes uma quarta estrela é proposta, mas é considerada uma interpretação errada da variabilidade da estrela principal, que pode ser causada por pulsações na superfície.[8]
Rigel foi considerada uma estrela binária visual desde 1831, quando foi medida por Friedrich Georg Wilhelm Struve. Embora Rígel B não seja muito fraca, tendo magnitude aparente 6,7, a sua proximidade com Rígel A, que é 500 vezes mais brilhante, faz dela um alvo difícil para telescópios menores que 150 mm.[8] Na distância estimada de Rigel, Rigel B é separada da estrela primária por 2 200 UA, o que não é estranho, já que não há sinais de movimento orbital entre as estrelas, embora elas compartilhem o mesmo movimento próprio.[7][8]
Rígel B é em si um sistema de binárias espectroscópicas, consistindo de duas estrelas da sequência principal que orbitam seu centro de massa comum a cada 9,8 dias. O tipo espectral das duas estrelas é B9V. Com 2,5 massas solares, Rígel B é mais massivo que a outra estrela, que tem 1,9 massas solares.[7][8]
Houve uma grande controvérsia entre os séculos XIX e XX sobre a visibilidade da companheira de Rígel B. Alguns observadores afirmaram ter visto ela, porém outros não. Observações recentes já descartaram a possibilidade de uma companheira visível de Rígel B.[7][8]
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