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movimento social e político contrário à interrupção voluntária da gravidez Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O movimento antiaborto, também chamado de pró-vida, antiescolha[1] e pró-prisão,[2][3][4] é um movimento de oposição à prática do aborto induzido.
Os principais argumentos que o movimento antiaborto utiliza para justificar sua oposição ao aborto induzido são[1]:
Os membros do movimento defendem tal tese, chamando esse argumento de síndrome pós-aborto (PAS – post-abortion-syndrome), um termo cunhado pelo Dr. Vincent Rue[1]. Apesar de ser o argumento preferido do movimento antiaborto[1], tal síndrome não consta do DSM-5 nem tem qualquer evidência científica que a suporte.[5][6]
Relações de concomitância entre o ato do aborto e a depressão foram encontradas em caso de aborto espontâneo,[7] mas no caso da indução do aborto, nenhuma relação causal foi estabelecida, sendo que apenas uma parcela muito pequena de mulheres passaram por isso, sendo mais provável que o desenvolvimento da doença ocorra por outros fatores não ligados diretamente ao aborto, como um arrependimento pessoal ou por uma possível exclusão social.[8]
Chamado de conjectura aborto-mama-câncer (ABC – abortion-breast-cancer)[1], o argumento é rejeitado pela comunidade científica[9]. Apesar disso, é o principal argumento do movimento antiaborto para tentar recuperar credibilidade após a onda de violência promovida por eles na década de 1990.[10]
Apesar de ser um argumento aterrorizante,[1] isso só ocorre quando utilizadas técnicas caseiras. Não existe qualquer evidência da redução de fertilidade em abortos clínicos ou cirúrgicos.[11]
O movimento antiaborto alega que a interrupção da gravidez é um ato brutal, já que provocaria dor e sofrimento ao feto[1], no entanto, o fato de o aparato neuroanatômico necessário para a dor não estar completo até cerca de 26 semanas de gestação[12] torna a ideia de que a interrupção da gravidez causa dor extremamente improvável.[13]
Por dezenove séculos, os cristãos seguiam a tradição judaica, para a qual o filho é parte do corpo da mãe até o trigésimo dia após o nascimento, cabendo a decisão sobre o aborto exclusivamente à mulher.[14] Somente em 1869 o papa Pio IX atendeu a solicitação do imperador Napoleão III para frear o declínio populacional desse país e decretou que a vida se inicia na concepção.[14] Em 1995, já no Século XX, o papa João Paulo II decretou que a posição da Igreja sobre o assunto não poderia mais ser alterada.[14] Atualmente, a Igreja Católica se declara contra o aborto diretamente provocado por causa de sua compreensão da dignidade humana do feto,[15] considerado por ela como inocente,[16] mas considera lícito o aborto indiretamente provocado.[16] Alguns de seus teólogos igualam o aborto ao suicídio, assassinato e eutanásia.[15]
Ocorreram casos em que indivíduos de movimentos "pró-vida" levaram a cabo ataques a clínicas onde se pratica aborto e a profissionais que nelas trabalham[10]. Esses ataques algumas vezes incluíram, por parte de radicais, o uso de bombas e armas mortíferas (designadamente nos Estados Unidos da América,[17] em França e no Canadá).
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