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A pintura na Suécia combina tradições suecas com impulsos vindos do exterior. As influências vieram da Europa – sobretudo Alemanha, Holanda, França, Itália e Inglaterra - e nos tempos mais recentes, dos Estados Unidos.[1]
Têm sido encontrados vários exemplos de pinturas rupestres em superfícies rochosas ao ar livre em locais como Hästskotjärn (Jämtland), Fångsjön (Jämtland) e Ruvallen (Härjedalen). A maior parte dos achados estão localizados na região da Norlândia no norte do país, estando datados para ca. 4 000-2 000 a.C. Fora desta área também há registar Bärfendal na província histórica da Bohuslän, datada para 6 000 a.C. e Torslanda, na proximidade da cidade de Gotemburgo. Os autores destas pinturas usavam vermelho-ocre nas suas representações de animais selvagens e silhuetas humanas.[2]
Em termos históricos, a Idade Média na Suécia vai do ano 1050 ao ano 1520, altura em que Gustavo Vasa sob ao trono do país. É uma época de intensa cristianização, refletida numa arte ligada às igrejas, onde a pintura tem uma certa importância. A maioria da população vivia no campo em casas de madeira não-pintadas. [3] [4]
Entre 1050 e 1250, domina o estilo românico entre os pintores suecos. Uma grande parte das obras de pintura desapareceu, embora tenham sobrevivido algumas peças murais, frequentemente ”al secco”. A Igreja de Santa Maria de Vä (Sankta Mariakyrkan i Vä) na Escânia contém pinturas murais com alguma influência bizantina. [5]
De 1250 até 1520, o estilo gótico é dominante, com a sua graciosidade e elegância aplicadas a motivos naturalistas. Johannes Rosenrod, Albertus Pictor e o Mestre Amund, são alguns dos grandes expoentes deste período. [6]
Com a chegada do Renascimento à Suécia, o rei e a nobreza começam a fazer decorar os seus palácios e casas. Mestres estrangeiros, sobretudo da Holanda e da Alemanha, foram chamados para executar pinturas e ensinar as suas técnicas e estilos. [7]
O século XVII começou com muitas guerras. A Suécia ocupou a cena militar e política como uma grande potência no Norte da Europa. A arquitetura e a escultura foram objeto de interesse e recursos, mas não a pintura.
A meio do século o país entrou finalmente num período de paz. A rainha Cristina e os grandes senhores como Magnus Gabriel De la Gardie dedicaram-se então a embelezar os seus palácios. Artistas estrangeiros foram chamados para essa tarefa.
O estilo que veio a dominar a época foi o barroco, com os seus fortes tons teatrais e o seu apelo aos fortes sententimentos.
O pintor David Klöcker Ehrenstrahl, de origem alemã, trouxe a estética europeia continental para a Suécia. Durante 40 anos, foi pintor da corte, servindo a rainha Hedviga Eleonora e o seu filho o rei Carlos XI.
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O século XVIII começa com os tempos de guerra e da austeridade artística do reinado de Carlos XII. Com a sua morte, e a ascensão ao poder da rainha Ulrica Leonor, a Suécia volta à construção e decoração de palácios. Vários artistas franceses, com destaque para Guillaume Taraval, são chamados ao país, onde introduzem o estilo rococó, com as suas cores suaves e motivos graciosos.
Na década de 1760, novos ventos, também vindos de França, trazem o estilo neoclássico, com as suas formas harmoniosas e de lirismo da natureza.
Depois da viagem de Gustavo III a Itália, o neoclassicismo sueco assume a forma do estilo gustaviano – o expoente máximo da criação artística, na história da Suécia.
Ao mesmo tempo, começa a sentir-se na pintura uma aragem romântica vinda da Inglaterra.
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No século XIX entra em cena uma burguesia sustentada na forte industrialização do país. As encomendas de obras de artes deslizam da igreja e casa real para as novas famílias endinheiradas. Os artistas lutam pela sua sobrevivência e eventual sucesso.
Os motivos agora procurados abrangem não só os retratos de pessoas importantes mas também as paisagens e as cenas da vida popular.
A perspetiva romântica domina na primeira parte do século, transitando sucessivamente para uma abordagem realista.
Ao regressarem de França, muitos pintores suecos procuram o ar livre e descobrem a luminosidade nórdica. O realismo das suas obras desemboca cada vez mais num simbolismo e numa atmosfera de crepúsculo.
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O século XX é o século dos ismos. Estilos e correntes artísticas diversas coexistem, chegam e passam.
O romantismo nacional do século anterior marca o início deste século, sendo sucessivamente substituído pelo modernismo. A influência francesa é dominante, mas agora entram em cena fontes de inspiração vindas da Alemanha e da Holanda.
Na segunda metade do século, é a vez de Nova Iorque adquirir um protagonismo materializado no expressionismo abstrato.[11]
FONTE: Museus de arte da Suécia (Konstmuseum i Sverige)
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