Top Qs
Linha do tempo
Chat
Contexto
Pintura flamenga (séculos XV e XVI)
Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Remove ads
Remove ads
O gótico flamengo se refere a um grupo de pintores, também chamados de primitivos flamengos que trabalharam principalmente no século XV e começo do século XVI, na época do chamado Renascimento nórdico, em cidades como Tournai, Bruges, Ghent e Bruxelas, onde hoje é a Bélgica (áreas dominadas então pelo Ducado da Borgonha e pela Casa de Habsburgo). A fase dos primitivos flamengos coincidiu com o ápice da influência dos Países Baixos no norte da Europa. Como consequência, muitas obras eram encomendadas aos ateliês do norte e vendidas por toda a Europa. Muitas obras foram destruídas nas ondas de iconoclastia dos séculos XVI e XVII. A autoria de outras é até hoje motivo de debates.
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Janeiro de 2015) |

Suas obras seguiram o gótico internacional, originando-se na tradição das iluminuras, começando com Jan Van Eyck e terminando com Gerard David. Eles incorporaram, ao mesmo tempo, o ápice da Idade Média e a transição para o Renascimento. Caracterizaram-se pela descrição minuciosa da natureza e pela iconografia e simbologia complexas em cenas religiosas ou pequenos retratos. Outra inovação dos pintores flamengos foi o uso da tinta a óleo, em substituição à têmpera, criando assim uma nova tradição na pintura.
Os pintores holandeses mais importantes foram: Robert Campin, Jan van Eyck, Rogier van der Weyden, Dieric Bouts, Petrus Christus, Hans Memling, Hugo van der Goes e Hieronymus Bosch.
Remove ads
Histórico
No século XV, o gótico internacional desenvolveu-se em duas vertentes: uma estava no sul da Europa, em Florença, e originou a Renascença italiana; a outra estava no norte, nos Países Baixos, que daria início à Renascença flamenga.
Durante os séculos XV e metade do século XVI, o Condado de Flandres (atualmente na Bélgica), e partes do que atualmente é a Holanda, estavam sob domínio, respectivamente, do Ducado da Borgonha e da Casa de Habsburgo. Muitos dos pintores da época não eram flamengos, mas foram trabalhar nas ricas cidades de Bruges e Gante, que eram centros de internacionais de comércio.
Remove ads
Características
Resumir
Perspectiva
A nova forma de pintura que surgiu nos Países Baixos, no começo do século XV distinguia-se pelo realismo. Os pintores flamengos trouxeram o sagrado para o mundo real: pintaram cenários domésticos, em salas e quartos.
Acredita-se que Robert Campin foi um dos grandes inovadores setentrionais e professor de Rogier van der Weyden. Campin viveu e trabalhou em Tournai, que também fica em Flandres. Até aquela época, retratos tal como os entendemos já não existiam desde a Antiguidade. Pinturas que se assemelhavam a retratos cumpriam funções específicas, como, por exemplo, servir de registro de um acontecimento. Robert Campin foi o primeiro a lançar sobre as pessoas um novo olhar artístico, trazendo à luz a psicologia do retratado.
Jan van Eyck foi contemporâneo de Campin e uma das influências duradouras no século em que trabalhou. Foi ele que produziu a detalhadíssima Adoração do Cordeiro Místico, ou Retábulo de Gand. Pintado em ambas as faces, trata-se do maior e mais complexo retábulo produzido nos Países Baixos no século XV. A obra ainda está em sua localização original, a catedral de São Bavão, em Gante. Ainda se debate sobre qual teria sido o papel de cada um dos irmãos Van Eyck (Jan e Hubert) na elaboração da obra. Os Van Eyck iniciaram a carreira como pintores de iluminuras. No entanto, o fator que mais distingue sua obra é o veículo que usavam: o óleo. Esse recurso já existia antes de Van Eyck, mas foram eles que, com a invenção, revolucionaram a aparência das pinturas. O Casamento dos Arnolfini (ou O Casal Arnolfini) é uma das obras que mais expressam essa nova forma de pintar. O quadro encontra-se hoje na National Gallery, em Londres.
O novo realismo dos Países Baixos começou a se disseminar na primeira década do século XV, e, por volta de 1450, essa influência já estava difundida no norte da Europa e até no Báltico e na Espanha. A emoção das obras góticas está presente na Pietà, do Mestre de Avignon e nos quadros de Petrus Christus, um pintor flamengo. Era seguidor de Jan van Eyck e Antonello da Messina.
Rogier van der Weyden é outro gigante da tradição setentrional. Foi aluno de Jan van Eyck e Robert Campin e tornou-se o mais influente artista norte-europeu da primeira metade do século XV. Iniciou a carreira relativamente tarde, aos trinta anos, mas alcançou muito sucesso. O êxito de suas obras na corte de Felipe, o Bom, duque da Borgonha, garantiu sua popularidade. Suas pinturas eram exportadas para vários países, até mesmo Castela, na Espanha, e Ferrara, na Itália.
Hugo van der Goes criou obras em escala surpreendentemente grande. Seu trabalho mais famoso, O Retábulo Portinari, que hoje se encontra nos Uffizi, em Florença, influenciaria muito na Itália, onde adornava a igreja do hospital de Santa Maria Nuova, ainda em Florença. O retábulo foi encomendado por Tomaso Portinari, um banqueiro que vivia em Bruges e era representante em Flandres da poderosa família Médici. O tríptico tinha quase seis metros de comprimento quando aberto.
A força da obra de Van der Goes está ausente na de outros artistas flamengos, como Gerard David e Hans Memling. Este último foi treinado no ateliê de Van der Weyden, mas também mostra influências de Dirck Bouts, um dos discípulos de Jan van Eyck. Memling estabeleceu-se em Bruges, Flandres, e foi ali que viveu e trabalhou, tornando-se um dos cidadãos mais ricos da cidade. Já Bouts executou a maior parte de suas obras em Louvain, Flandres, onde foi designado o pintor oficial da cidade.
Remove ads
Lista de pintores
- Aelbrecht Bouts
- Albert van Ouwater
- Ambrosius Benson
- Antônio Mouro
- Barthélemy d'Eyck
- Bernaert van Orley
- Carel Van Mander
- Cornelis Engebrechtsz
- Dirck Barendsz
- Dirk Bouts
- Erhard Reuwich
- Geertgen tot Sint Jans
- Gerard David
- Hans Memling
- Henri Bellechose
- Herri met de Bles
- Hieronymus Bosch
- Hubert van Eyck
- Hugo van der Goes
- Irmãos Limbourg
- Jacob Cornelisz
- Jacob de Backer
- Jacob van Utrecht
- Jacques Daret
- Jan Joest van Calcar
- Jan Mostaert
- Jan Provoost
- Jan van Dornicke
- Jan van Eyck
- Jan Vermeyen
- Jean de Beaumetz
- Jean Hey
- Jean Malouel
- Jehan Bellegambe
- Joachim Patinir
- Joos van Cleve
- Joos van Wassenhove, também chamado Justus de Ghent
- Josse Lieferinxe
- Juan de Flandes
- Justus van Gent
- Lambert Lombard
- Lucas Horenbout
- Lucas van Leyden
- Mabuse
- Melchior Broederlam
- Mestre de James IV da Escócia
- Mestre de Moulins, às vezes identificado como Jean Hey
- Mestre de Saint Giles
- Mestre do Altar de Bartholomäus
- Mestre dos Livros de Oração de 1500
- Michael Sittow
- Michiel Coxie
- Petrus Christus
- Pieter Coecke van Aelst
- Quentin Matsys
- Robert Campin, também chamado Mestre de Flemalle
- Rogier van der Weyden
- Simon Bening
- Simon Marmion.
Locais de visitação
- Biblioteca Britânica
- Biblioteca Nacional da França, em Paris
- Metropolitan Museum of Art, em Nova York
- Museu de Arte Sacra do Funchal, na Madeira
- Museu da História da Arte, em Viena
- Museu do Prado, em Madrid
- Museu Thyssen-Bornemisza, em Madri
- Museus Reais de Belas-Artes da Bélgica
- Rijksmuseum, em Amsterdam
Ver também
Bibliografia
- BECKETT, Wendy. A História da Pintura. São Paulo: Editora Ática. 1997.
- JANSON, H.W. A História Geral da Arte. São Paulo: Martins Fontes. 2001.
Wikiwand - on
Seamless Wikipedia browsing. On steroids.
Remove ads