Pelo Sertão é o título do livro do escritor brasileiro Afonso Arinos que reúne doze contos, originalmente publicada em 1898.
Pelo Sertão | |
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Frontispício da obra original | |
Autor(es) | Afonso Arinos |
Idioma | português |
País | Brasil |
Gênero | contos |
Linha temporal | fim do séc. XIX |
Localização espacial | interior de Goiás e Minas Gerais |
Editora | Laemmert & C. |
Lançamento | 1898 |
Na obra o autor reúne histórias do interior dos estados de Minas Gerais e Goiás, mostrando figuras populares como o vaqueiro ou escravos fugidos, situações de amores trágicos e vinganças políticas, retratando uma paisagem de lugares históricos abandonados e as veredas sertanejas.[1]
Histórico
A obra foi escrita quando Arinos concluía a Faculdade de Direito em São Paulo, e começava a vida profissional em Ouro Preto (Minas).[1]
Na introdução o autor esclarece: "O livro que ora se apresenta ao público devia ter sido publicado há cerca de três anos. O leitor descobrirá nele a falta de unidade, quer na maneira ou na execução, quer no estilo propriamente. A razão disto é que os contos foram escritos em épocas diversas, num período que medeia entre os 19 e os 26 anos. Os primeiros datam de 1888 e 1889; os últimos de 1895."[1]
Conteúdo
Num dos contos um bruxo - "Tio Miguel" - atende a mulata Benedita, escrava, que pretende conquistar o amor de um certo Miguel; a fim de preparar o feitiço de amor, o velho pede que ela lhe entregue "Juquinha", o menino filho da senhora a quem Benedita servia, mas esta se recusa a fazê-lo; a um descuido dela o feiticeiro rapta a criança e, de posse dela, tenciona preparar o encantamento de amor não apenas para Benedita, mas para várias outras pessoas que tinham feito pedido similar - sendo tais encomendas uma prática bastante comuns, mesmo em dias atuais; além disto, o infanticídio é um crime muitas vezes atribuído às práticas de bruxaria.[1]
Análise da obra
Neste livro o autor procura mostrar de forma literária o país, a contradição entre as culturas urbana e rural, comum na literatura dita "sertanista".[1]
A dualidade da sociedade brasileira é representada nos contrastes entre o conservadorismo e o desenvolvimento, religiosidade e mitos do folclore.[1]
Referências
- Bruna de Carvalho Teixeira Silva (24 de novembro de 2008). «O espaço e o imaginário popular nos contos de Afonso Arinos» (PDF). PGLETRAS - Teses e dissertações. Consultado em 7 de fevereiro de 2016. Cópia arquivada (PDF) em 2 de novembro de 2016
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