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político brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Paulo Cruz Pimentel (Avaré, 7 de agosto de 1928) é um advogado e político brasileiro. Foi governador do Paraná de 1966 a 1971 e deputado federal por dois mandatos.[2][3] É um empresário na área de comunicações e foi fundador e presidente do Grupo Paulo Pimentel (GPP), composto por jornais, rádios e emissoras de televisão.[1][4]
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Paulo Cruz Pimentel | |
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39-° Governador do Paraná | |
Período | 31 de janeiro de 1966 até 15 de março de 1971 |
Antecessor(a) | Algacir Guimarães |
Sucessor(a) | Haroldo Leon Peres |
Presidente da Copel | |
Período | 7 de janeiro de 2003 até 1 de fevereiro de 2005 |
Governador | Roberto Requião |
Antecessor(a) | Ingo Henrique Hübert |
Sucessor(a) | Rubens Ghilardi |
Deputado Federal pelo Paraná | |
Período | 1° de fevereiro de 1987 até 31 de janeiro de 1991 1º de fevereiro de 1979 |
Secretário da Agricultura do Paraná | |
Período | 31 de janeiro de 1961 até 16 de novembro de 1965 |
Governador | Ney Braga |
Dados pessoais | |
Nascimento | 7 de agosto de 1928 (96 anos) Avaré, SP |
Nacionalidade | brasileiro |
Partido | PTN (1960–1965) ARENA (1966-1979) PDS (1980-1985) PFL (1985-2002) MDB (2002-Presente) |
Profissão | advogado jornalista empresário[1][2] |
Neto do Coronel João Cruz,[5] é filho de Maria Isabel Cruz Pimentel e do dentista Públio Pimentel.[2] Paulo Cruz Pimentel nasceu em Avaré, interior do estado de São Paulo[1] e durante a sua infância e juventude estudou em Avaré e depois em Botucatu. Seu primeiro emprego foi ainda em Avaré, como locutor de rádio.[6]
Em 1948 começou a cursar direito na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, concluindo em 1952.[1][2][3]
Após concluir a graduação, passou a atuar como consultor jurídico. Pouco tempo depois começou a trabalhar na Votorantim S.A., onde ficou por seis anos e foi ali que se aproximou de Ermírio de Moraes, o dono da empresa.[6] Posteriormente tornou-se diretor financeiro, na empresa Ricardo Lunardelli.[1] A empresa pertencia à família de sua noiva, Yvone Lunardelli, com quem se casaria mais tarde e juntos tiveram quatro filhos. A família Lunardelli era grande proprietária de terras e de usinas no norte do Paraná.[1][6]
Em 1955, transferiu-se para o Paraná, sendo nomeado diretor da Usina Central do Paraná, usina de açúcar, também da família Lunardelli, em Porecatu.[1][3][6]
É irmão de Fernando Cruz Pimentel, que foi prefeito de Avaré e irmão de Hélio Cruz Pimentel,[7] que foi vereador e vice-prefeito de Avaré.[8][9]
É avô de Eduardo Pimentel Slaviero (PSD),[6][10][11] vice-prefeito de Curitiba,[12] e de Daniel Pimentel Slaviero, empresário, e que foi presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e que atualmente é presidente da Copel.[13][14][15][16][17][18][19]
Nas eleições de 1960 para governador, Pimentel e seu sogro, João Lunardelli, apoiaram a candidatura de Ney Braga do Partido Democrata Cristão (PDC).[1] No governo de Ney Braga, Pimentel foi nomeado secretário da Agricultura do Paraná, em janeiro de 1961. Foi também presidente da junta administrativa da Associação de Crédito e Assistência Rural do Paraná e do conselho de administração da Companhia Agropecuária de Fomento Econômico do Paraná-Café do Paraná.[1]
Durante o período que esteve a frente da pasta da Agricultura, obteve melhoria do plantel bovino paranaense e aprimorou a política de planejamento para a agroindústria.[3] Em 1965 deixou a secretaria da Agricultura.[1]
Nas eleições de outubro de 1990, concorreu a uma cadeira no Senado, mas foi derrotado por José Eduardo de Andrade Vieira do PTB.[1]
Em 2002 filiou-se ao PMDB e nas eleições de outubro disputou uma cadeira no Senado. Sem êxito, Pimentel ficou em terceiro lugar, com 11,8% dos votos válidos, perdendo a eleição para seus adversários: Osmar Dias, do Partido Democrático Trabalhista (PDT), e Flávio Arns, do Partido dos Trabalhadores (PT).[1]
Em maio de 2005, retornou a dedicar-se exclusivamente aos seus empreendimentos, reassumindo como diretor-presidente do Grupo Paulo Pimentel.[1]
Em 1965 lançou-se candidato ao governo do estado pelo Partido Trabalhista Nacional (PTN), com apoio da União Democrática Nacional (UDN) e do PDC,[1] além de conquistar a ala ruralista.[3] Foi eleito em outubro de 1965, tendo como vice-governador Plínio Franco Ferreira da Costa. Com a implantação do bipartidarismo, Pimentel optou pela Aliança Renovadora Nacional (Arena).[1][6]
Tomou posse como governador em 31 de janeiro de 1966, aos 37 anos de idade.[6][4] Na administração estadual continuou com programas de expansão econômica e estendeu para o interior o serviço de luz e energia. Viabilizou obras em diversas usinas elétricas, entre elas, Capivari-Cachoeira, Júlio Mesquita e Salto Grande do Iguaçu.[3]
Promoveu financiamentos de empresas da indústria e outras companhias. Ampliou a rede do Banestado com a compra de várias instituições financeiras, aumentando sua capacidade de captação e ampliação de dinheiro.[3] A saúde pública foi um dos setores que teve uma boa atenção.[3] Fez assentamentos rurais em termos pacíficos.[3] Estimulou o desfavelamento e bons projetos de assistência social, obras públicas, agricultura, rodovias novas e pavimentação de muitas outras. Implantou também a Telepar.[3]
Pimentel foi sucedido por Haroldo Leon Peres em 15 de março de 1971.[1][3]
Nas eleições realizadas em 15 de novembro de 1978, Pimentel foi eleito deputado federal.[2][1] Concorrendo pela Arena, foi o deputado federal mais votado do Paraná, com 128 267 votos.[1] Assumiu o mandato em fevereiro de 1979[2] e com a extinção do bipartidarismo em 29 de novembro desse ano, participou da fundação do Partido Democrático Social (PDS).[1]
Pimentel participou como titular da Comissão de Constituição e Justiça, e foi membro da Comissão de Comunicação. Foi ainda suplente da Subcomissão da Questão Urbana e Transporte.[2]
Em 1981, deixou o PDS e ingressou no PTB para lançar-se candidato nas próximas eleições. Em agosto de 1982 Pimentel retorna ao PDS e desiste da candidatura ao governo do estado.[1]
Em 1986 filiou-se ao Partido da Frente Liberal (PFL) pouco antes das eleições e elegeu-se deputado federal constituinte, retornando a Câmara, tendo participado da Assembleia Nacional Constituinte, de 1987.[3][2][1] Tomou posse em 1º de fevereiro de 1987. Foi membro titular da Comissão de Sistematização, concentrando-se na elaboração de propostas sobre os dispositivos que regulamentavam o funcionamento do Poder Judiciário.[1] Foi também titular da Comissão da Ordem Econômica.[2]
Paulo Pimentel foi candidato a prefeito de Curitiba nas eleições municipais de novembro de 1985. Teve como candidato a vice o ex-prefeito Ivo Arzua Pereira (PDS) e juntos obtiveram a terceira colocação.[1] O vencedor desse pleito foi Roberto Requião (PMDB).[1]
Roberto Requião ao tomar posse no governo do estado em 1º de janeiro de 2003, nomeou Pimentel para a presidência da Companhia Paranaense de Energia (Copel).[1][4] Pimentel assumiu o cargo em 7 de janeiro de 2003, substituindo Ingo Henrique Hübert.[4]
Durante a sua gestão renegociou as dividas da empresa, que teve sua lucratividade ampliada de 171,1 milhões de reais em 2003 para 297,7 milhões de reais em 2004. Esse desempenho lhe valeu o prêmio de Honra ao Mérito de Administração de 2003, oferecido pelo Conselho Federal de Administração.[1]
Pimentel deixou o comando da companhia em 1º de fevereiro de 2005, sendo substituído por Rubens Ghilardi.[4]
Desde o início da década de 1960 Pimentel era proprietário dos jornais O Estado do Paraná, de Curitiba, e Tribuna do Paraná. Adquiriu a Rádio Iguaçu, antiga Rádio Guairacá, também de Curitiba, que seria totalmente modernizada em 1972. Foi proprietário da TV Iguaçu, de Curitiba, e da TV Tibagi, de Apucarana. Adquiriu ainda a TV Coroados, de Londrina. Em meados da década de 1970, fundaria ainda o jornal Panorama, também de Londrina. Chegou a ser proprietário da maior rede de comunicação do Paraná e do Sul do Brasil.[1][20][6]
Em 1976, Pimentel vendeu o jornal Panorama para Adolfo de Oliveira Franco e Max Rosemann.[1]
Em novembro de 2007, vendeu por cerca de 70 milhões de reais as redes de TV integrantes de seu grupo de comunicações para o apresentador de televisão e também empresário Carlos Roberto Massa, conhecido como Ratinho. Transferiu assim as emissoras TV Iguaçu, TV Tibagi, TV Naipi e TV Cidade para a Rede Massa, do Grupo Massa.[1]
No dia 9 de dezembro de 2011, Pimentel vendeu para o Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom), os jornais Tribuna do Paraná e O Estado do Paraná. O negócio compreendeu a operação dos veículos, além do maquinário de impressão e o mobiliário das empresas.[21] Com a venda da empresa, Pimentel acredita que está fechando um ciclo de sua vida. "Durante mais de 50 anos, me dediquei à administração do jornal e agora estou encerrando essa fase, na imprensa e na política. Agora pretendo 'desaquecer a cuca' e me dedicar a outras atividades, como locação de imóveis e aplicações financeiras. Não posso negar que me entristece, mas eu tinha que buscar uma solução, prevenindo as dificuldades que poderiam ocorrer ainda".[22]
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