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O Patriarcado Titular das Índias Orientais é um patriarcado titular da Igreja Católica do rito romano. O título de Patriarca das Índias Orientais é a dignidade atribuída, na hierarquia da Igreja Católica, ao Arcebispo de Goa e Damão, na Índia; outro título comumente usado pelo Patriarca até à ereção da arquidiocese em Patriarcado, em 1886, era o de Primaz das Índias ou Primaz do Oriente.
Patriarcado das Índias Orientais Patriarchatus Indiarum Orientalium | |
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Sé Catedral de Santa Catarina | |
Localização | |
País | Índia |
Arquidiocese Metropolitana | Arquidiocese de Goa e Damão |
Dioceses Sufragâneas | Diocese de Sindhudurg |
Estatísticas | |
Informação | |
Denominação | Católica Romana |
Rito | Romano |
Criação da Diocese | 31 de janeiro de 1533 |
Elevação a Arquidiocese | 4 de fevereiro de 1557 |
Elevação a Patriarcado | 1 de setembro de 1886 |
Catedral | Sé Catedral de Santa Catarina |
Padroeiro | São Francisco Xavier |
Governo do Patriarcado | |
Patriarca | Dom Filipe Neri Ferrão |
Jurisdição | Patriarcado Metropolitano (Sé Metropolitana Patriarcal) |
Contactos | |
Endereço | Paço Patriarcal, P.O. Box 216, Altinho, Panaji, Goa-403001, India |
Página Oficial | https://archgoadaman.com/ |
dados em catholic-hierarchy.org Categoria:Patriarcados · Todas as dioceses Projeto Catolicismo | |
A sede da arquidiocese é a Sé Catedral de Santa Catarina, em Goa Velha. Sua Basílica Menor é a Basílica do Bom Jesus, em Goa.
Ao contrário dos Patriarcas das Igrejas de rito oriental, o título de Patriarca das Índias Orientais é meramente honorífico, estando sujeito ao Papa e usando o rito romano, tal como sucede com os Patriarcas de Veneza e de Lisboa, mas diferente destes e a exemplo do Patriarcado Latino de Jerusalém, o Patriarca das Índias Orientais não se torna Cardeal no primeiro consistório após a sua nomeação, sendo apenas arcebispo metropolitano.
O Papa Clemente VII erigiu a Diocese de Goa a 31 de Janeiro de 1533, pela bula papal Romani Pontificis Circumspectio.[1] A jurisdição da nova diocese estendia-se então desde o Cabo da Boa Esperança até à China e Japão.[2] A 4 de Fevereiro de 1557, o Papa Paulo IV separou a Diocese de Goa da Província Eclesiástica de Lisboa e elevou-a a Arquidiocese Metropolitana, tendo por sufragâneas as dioceses de Cochim e Malaca.[3] Com o decorrer do tempo outras dioceses foram incluídas na área Metropolitana de Goa: Macau, Funay no Japão, Cranganore e Meliapor na Índia, Nanquim e Pequim na China, Moçambique em África e ainda Damão.[4]
Em 1572 o Papa Gregório XIII, por breve de 15 de Março, concedeu ao Arcebispo de Goa o título de Primaz do Oriente.[5] A 23 de Janeiro de 1886, o Papa Leão XIII investiu o Arcebispo de Goa com o título de Patriarca das Índias Orientais, por meio da constituição apostólica Humanae Salutis Auctor.[6] No mesmo ano a Arquidiocese de Cranganore foi dissolvida e o título anexado ao da Diocese de Damão, também ela por sua vez dissolvida em 1928 e anexada à Arquidiocese de Goa. Desde essa data, o arcebispo passou a ser chamado por Arcebispo de Goa e Damão, possuindo também as designações de Patriarca das Índias Orientais e Arcebispo Titular de Cranganore.[7]
A 18 de Dezembro de 1961, a União Indiana invadiu os territórios de Goa, Damão e Diu e no ano seguinte o Arcebispo Patriarca Dom José Vieira de Alvernaz abandonou o território. Em 1965, o território de Diu foi confiado à Sociedade Missionária de São Francisco Xavier. A complexa questão da invasão da Índia Portuguesa, levou a que a Santa Sé apenas em 1975 tenha aceite a resignação do último Patriarca colocando a Arquidiocese de Goa diretamente subordinada à Santa Sé.
Pela Bula "Quoniam Archdioecesi" de 30 de Janeiro de 1978, o Papa Paulo VI nomeou o Rev. Bispo Raul Nicolau Gonçalves para Arcebispo de Goa e Damão com o título "ad honorem" de Patriarca das Índias Orientais.[7] Pela Bula "Inter Gravissimas" de 12 de Dezembro de 2003, o Papa João Paulo II nomeou o Rev. Filipe Neri Ferrão como novo Arcebispo de Goa e Damão concedendo-lhe igualmente "ad honorem" o título de Patriarca.[7] A atribuição do título de Patriarca não é obrigatória sendo uma prerrogativa do Santo Padre. Em 2006, o Papa Bento XVI elevou novamente Goa a arquidiocese metropolitana, com a Diocese de Sindhudurg como sua sufragânea.
Nome | Período | Notas | |
---|---|---|---|
Patriarcas | |||
7º | Filipe Neri Cardeal do Rosário Ferrão | 2004– atual | atual patriarca |
6º | Raul Nicolau Gonçalves | 1978–2004 | primeiro goês patriarca |
5º | José Vieira Alvernaz | 1953–1975 | último patriarca do período português |
4º | José da Costa Nunes | 1940–1953 | Depois cardeal |
3º | Teotónio Emanuel Ribeira Vieira de Castro | 1929–1940 | |
2º | Mateus de Oliveira Xavier | 1909–1929 | |
1º | António Sebastião Valente | 1882-1908 | primeiro patriarca |
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