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O Partido Comunista Internacionalista (Em francês: Parti Communiste Internationaliste) é uma organização trotskista, seção francesa da Quarta Internacional, criado em março de 1944 e dissolvido oficialmente em 12 de julho de 1968 por decreto do presidente Charles de Gaulle.[1]
Partido Comunista Internacionalista | |
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Fundação | março de 1944 |
Dissolução | 12 de julho de 1968 |
Sede | Paris, França |
Ideologia | Trotskista |
Afiliação internacional | Quarta Internacional |
Em 1944, o movimento trotskista francês, que se fragmentou durante a guerra, reuniu-se para formar o Parti Communiste Internationaliste. Participaram de sua fundação :
O encarregado pelas negociações foi o Michel Pablo, Secretário-Geral da Quarta Internacional.
A Union Communiste Internationaliste (UCI, União Comunista Internacionalista), conhecida como Grupo Barta, que se recusa a fundir com os outros grupos e da origem ao Lutte Ouvrière (Luta Operária).
Com a libertação da França o PCI rapidamente passa a ter um tenso debate interno sobre o papel do novo partido na França liberada e sobre a natureza da URSS. Essas tensões levaram a diversas cisões ao longo de sua história:
O PCI atua na Juventude Socialista, que passa a reunir tanto a juventude do PCI como a dos Socialistas entre 1945-47.[3] Juntos eles detêm o controle dos Albergues da Juventude (40 000 aderentes à época).[3]
Yvan Craipeau, secretário do partido na época, enviou André Essel (futuro fundador da Fnac), a participar da Juventude Socialista, depois de fazer «reuniões» com o conjunto da direção da JS e 3 dos 12 membros da direção da SFIO (incluindo seu secretário nacional adjunto Yves Dechézelles).[3] Além de Dechézelles, Adrien Tixier, chefe de gabinete do Ministro do Interior, Robert Pontillon (futuro aliado de Mitterrand), Roger Fajardie (futuro dirigente da Confédération Générale du Travail-Force Ouvrière, (CGT-FO) e da loja Maçônica Grande Oriente de França), Max Théret (amigo de Mitterrand e co-fundador da Fnac) e Jean Rous estão entre os socialistas próximos do PCI.[3]
O jornal da organização, La Vérité, era vendido nas bancas e desfrutava de um grupo amplo de leitores. Sua influência estendeu-se a outras organizações; todas as lideranças da organização socialista da juventude, com um total de 20.000 membros, apoiavam os trotskistas. Membros do PCI cumpriram uma importante função no movimento de greve que abalou o país e forçou o PCF a deixar o governo em 1947[4]
Ao sair da clandestinidade em fins de 1945, o PCI apresenta seus candidatos em 11 departamentos nas eleições legislativas de junho de 1946, obtendo entre 2 e 5%; Yvan Craipeau deixou de ser eleito por algumas centenas de votos para a comuna de Taverny (departemento de Val-d'Oise).[3]
Em 1947, SFIO passou abertamente para a direita, dissolveu sua organização da juventude e expulsou seu líder trotskista André Essel.[4]
Em 1952, o PCI contava com cerca de 200 militantes, essencialmente intelectuais (Cornelius Castoriadis e Claude Lefort; Maurice Nadeau, o matemático Laurent Schwartz, Félix Guattari etc.[3]). A partir de 1956 foi engrossado por alguns militantes do PCF (que apoiavam o jornal Voie Communiste) que após a publicação do discurso secreto de Nikita Khrushchov, da Revolução Húngara de 1956, e do agravamento da Guerra da Argélia romperam com o estalinismo.
A partir do racha, em que a maioria do partido é expulsa, os que ficaram no PCI já estavam impregnados pela teoria pablista do entrismo, o PCI, dirigido por Pierre Frank procura atuar principalmente nas lutas anticoloniais, em apoio a independência da Argélia (apóiam a FLN), a Revolução Cubana ou ao movimento de libertação do Vietnã, bem como o apoio crítico ao General Tito na ruptura da Iugoslávia com a URSS.
Ainda tendo como base o entrismo no estalinismo o PCI se organiza no seio da Union des Étudiants Communistes (UEC, União dos Estudantes Comunistas) e coopta Alain Krivine em 1961. Em 1966, a seção de Krivine da UEC na Universidade de Paris (La Sorbonne) foi expulsa pela liderança estalinista por se recusar a apoiar a aliança ao candidato presidencial da esquerda, François Mitterrand. Junto a outras seções rebeldes da UEC, Krivine constrói a Jeunesse Communiste Révolutionnaire (JCR, Juventude Comunista Revolucionária), que se compunha quase exclusivamente de estudantes e, diferentemente do PCI, não se demonstrava comprometida com o Trotskismo.[4]
Por participar ativamente no movimento estudantil de Maio de 1968, o PCI é dissolvido oficialmente em 12 de julho de 1968 no mesmo decreto que dissolve a JCR.[5]
A JCR e o PCI, em abril de 1969, um ano depois de serem dissolvidas se unem para formar a Ligue Communiste (Liga Comunista), mas novamente é dissolvida pelo Ministro do Interior Raymond Marcellin. Então, a partir de 1974, passa a se chamar Ligue Communiste Révolutionnaire (LCR, Liga Comunista Revolucionária).[4]
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