Parque do Carmo (distrito de São Paulo)
distrito da cidade de São Paulo Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Parque do Carmo é um distrito situado na zona leste do município de São Paulo, administrado pela Subprefeitura de Itaquera.
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O parque que dá nome à região é o segundo maior da área metropolitana de São Paulo e foi criado em 1976, em área que pertencia a uma fazenda de Oscar Americano. Possui fauna e flora ricas, com macacos, gambás, lagartos, entre outros, além de atrações, como um planetário. Neste parque, desde 1978, é realizada a Festa das Cerejeiras, que comemora a florada da árvore símbolo do Japão.[1]
No distrito existe uma unidade do SESC, designada por SESC Itaquera. Mas, apesar do nome, não fica em Itaquera, e sim no distrito do Parque do Carmo, como mostram os mapas oficiais da Prefeitura de São Paulo. O mesmo vale para a unidade da Associação Cristã de Moços (ACM) da Rua Léo de Afonseca e o Campus Zona Leste da UNIFESP.
Bairros de Parque do Carmo: Jardim Santa Marcelina; Jardim Nossa Senhora do Carmo; Vila Carmosina (parte); Jardim Marabá; Fazenda Nossa Senhora Do Carmo; Vila Ana Cláudia; Vila São Vicente; Chácara Santa Amélia; Jardim Elian; Conjunto Habitacional Gleba do Pêssego.
Os primeiros ocupantes desta região foram três tribos indígenas, Itaquerús que originou o nome do distrito de Itaquera ("pedra dura", em tupi-guarani), Guaianás que originou o nome do distrito de Guaianases e Caaguaçús. Com o decorrer do tempo vieram para esta região uma Ordem católica chamada de Ordem Terceira do Carmo, que todos conheciam como Ordem dos Carmelitas. Eles tinham o intuito de catequizar os índios que aqui habitavam, e mostrar alguns de seus costumes, este choque cultural não aceito pelos índios teve o resultado de fuga destes para terras mais distantes.
A Ordem Carmelita transformou as terras em que estavam instaladas em Fazenda Caaguaçu no ano de 1722. A exploração agrícola e a criação de gado foram as principais atividades desenvolvidas na fazenda, com a substituição da mata original pelos produtos agrícolas, modificou o ecossistema da região, destruindo o habitat dos animais.
Em 1919 a fazenda foi vendida para a Companhia Pastoril e Agrícola, de propriedade do Coronel Bento Pires, que deu continuidade a criação de gado e principalmente o plantio de café, que tinha sua produção facilmente escoada pelo aproveitamento da ferrovia que passava perto de sua fazenda, que foi trazida até estas terras pelo engenheiro Artur Alvim.[2]
Na década de 20, Bento Pires começa o que seria o primeiro processo de loteamento das terras da Fazenda Caaguaçu. Desse processo de loteamento surgiram os distritos da Vila Carmosina e da Cidade Líder, e o que restou destas terras passou a se chamar "Fazenda do Carmo". Nesta mesma época inicia-se a colonização japonesa, incentivada pelo coronel Bento Pires. Seu interesse era a formação de pequenas propriedades produtivas e que tivessem mão de obra especializada para fomentar o desenvolvimento agrícola da localidade.[2]
Na década de 40, o Coronel Bento Pires devido a desvalorização do café vende parte de suas terras para um engenheiro de construção civil da CBPO (Companhia Brasileira de Projetos e Obras), o Oscar Americano; este por sua vez loteou e vendeu parte desta propriedade no intuito de atrair pessoas da classe média e alta para a valorização de suas terras. Essas terras loteadas fazem parte atualmente do Jardim Nossa Senhora do Carmo, que em alguns pontos é conhecido como Morumbizinho, devido ao slogan utilizado para a venda de lotes na época: Venham morar no Morumbi da Zona Leste.
Com a morte de Oscar Americano em 1974, seus herdeiros resolveram vender a Fazenda do Carmo que foi divida entre a Prefeitura Municipal de São Paulo e a COHAB. A Prefeitura fez algumas benfeitorias nesta fazenda, e construiu banheiros, playground, churrasqueiras, e áreas de descanso. O Parque do Carmo foi inaugurado em 19 de setembro de 1976, e conta hoje com uma área de pouco mais de 1,5 milhão de metros quadrados, tornando-se o terceiro maior parque municipal da cidade de São Paulo.[2]
Segundo estimativa do SEADE (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados), dados de 2010, Parque do Carmo tinha uma população total de 69.630 habitantes.
Segundo o censo da Folha no ano de 2008 a população do Parque do Carmo está composta por: brancos (45,0%), pardos (32,0%), pretos (13,0%), amarelos e indígenas (10,0%). Do total de residentes, 52% eram do do sexo feminino e 48% eram do sexo masculino.[3]
Os Indicadores sociodemográficos do censo de 2000 apontam um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) médio de 0,799 que o coloca na 74ª posição entre os distritos da cidade.
A média da idade do Parque do Carmo é 35,8 anos. Em se tratando de níveis sociais, na população do distrito há um predomínio da Classe B em pesquisa feita no ano de 2008 pela Folha de S.Paulo.
Classe A | 10 % |
Classe B | 55 % |
Classe C | 33 % |
Classe D | 2 % |
A ocupação urbana do distrito é predominantemente horizontal ocupado por uma população de baixa renda e loteamentos de renda média, além de alguns condomínios verticais de renda média. Grande parte do distrito é ocupado pelo Parque do Carmo está voltada para preservação ambiental, atividades culturais e de lazer.[5]
Descrição Heráldica: Sobre um campo em blau, no Cantão destro do Chefe, um Cruzeiro em ouro evocando a história da formação do Distrito com a presença dos Carmelitas no século XVIII. No Cantão sinistro do Chefe, em campo sinopla uma árvore em ouro, representando uma das maiores riquezas da região, o conjunto ecológico do Parque do Carmo. No Cantão destro do Contrachefe, em sinopla, um edifício em ouro com as janelas e a fumaça em prata, representando o desenvolvimento industrial na região. No Cantão sinistro do Contrachefe, em campo blau, linhas onduladas em prata, representando os vários rios e nascentes presentes na região. Encimando o Brasão, uma coroa mural em prata de 4 torres, representando a condição de distrito do Parque do Carmo. Em listel de prata, livre no escudo, inscreve-se nas extremidades, em blau, a legenda “Fide in Brasilia” (Fé no Brasil). E no Centro, também em blau, a legenda Parque do Carmo.[6][7]
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