O Parque Nacional do Pau-brasil é uma das mais importantes unidades de conservação integral do estado da Bahia. Está situado integralmente no município de Porto Seguro e integra o bioma da Mata Atlântica. Sua área fica por volta dos dezenove mil hectares e o terreno consiste de uma planície costeira relativamente plana, cortada por muitos riachos que tem origem própria na unidade.
Parque Nacional do Pau-brasil | |||||||||||||||||
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Categoria II da IUCN (Parque Nacional) | |||||||||||||||||
Vista aérea do Parque Nacional do Pau-brasil | |||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||
País | Brasil | ||||||||||||||||
Estado | Bahia | ||||||||||||||||
Mesorregião | Sul Baiano | ||||||||||||||||
Microrregião | Porto Seguro | ||||||||||||||||
Localidade mais próxima | Porto Seguro | ||||||||||||||||
Dados | |||||||||||||||||
Área | hectares (190,3 km2) | 19 027,22||||||||||||||||
Criação | 20 de abril de 1999 (25 anos) | ||||||||||||||||
Gestão | ICMBio | ||||||||||||||||
Coordenadas | |||||||||||||||||
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O parque nacional foi criado por um decreto de 20 de abril de 1999 e tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza paisagística, possibilitando pesquisas científicas, educação ambiental, recreação ao ar livre e turismo ecológico. Este protege várias espécies, tais como: onça-pintada (Panthera onca), onça-parda (Puma concolor), gavião-real (Harpia harpyja), entre outras.
Localização
O Parque Nacional do Pau-brasil possui uma área de 19.027 hectares e está situado integralmente no município Porto Seguro. Faz parte do bioma da Mata Atlântica e fica entre os rios Frades e Buranhém. O terreno consiste de uma planície costeira relativamente plana com elevações de 100 a 150 metros, cortada por muitos riachos profundos que drenam a área. A maior parte desses riachos tem origem na unidade de conservação.[1]
A precipitação média anual é de 1.389 milímetros e as temperaturas variam de 21 a 26 graus Celsius, com uma média de 23 graus Celsius.[1] O parque contém um remanescente de floresta tropical densa de várzea do bioma da Mata Atlântica, incluindo árvores Pau-brasil (Caesalpinia echinata), bem como áreas em regeneração que foram perturbadas pela atividade humana. Existe no local 71 espécies de plantas endêmicas.[1]
História
O parque nacional foi criado através do decreto de 20 de abril de 1999.[2] Em 11 de junho de 2010, um outro decreto dispõe sobre a ampliação do parque, delimitando-o, e permitindo atividade de mineração em sua zona de amortecimento.[3]
Após aprovação da lei 13.668/2018,[4] o Parque passou por uma licitação para contratação de serviços de apoio a visitação, e partir de 2018, uma empresa passou a cobrar pelo serviço de visitação, além de operar lanchonetes, estacionamento de veículos e outros serviços. Originalmente, os visitantes tiveram que pagar dezessete reais pelo ingresso de entrada, sendo que esse valor foi reduzido para três reais aos moradores do entorno. A concessão é válida por um período de quinze anos.[5][6]
Essa concessão, no entanto, foi criticada por grupos da sociedade civil organizada, que denunciaram a falta de diálogo com as populações locais,[7] e foi até chamada de privatização pelo Partido da Causa Operária (PCO).[8]
Ecoturismo
Diversas atrações de fácil acesso estão disponíveis no parque, mesmo para pessoas com alguma dificuldade de locomoção, como a Trilha das Antas, bastante plana, a Trilha Ibirapitanga, suspensa, e o Mirante da Sede. Há também trilhas de dificuldade média como a Trilha Vera Cruz, em que os turistas podem se banhar no Rio da Barra, e a Trilha Patatiba, que culmina na Cachoeira do Jacuba, onde também se pode nadar.[9]
Também é possível realizar observação de aves: mais de duzentas espécies já foram avistadas no sítio, incluindo a harpia, extinta em outras regiões, mas capaz de se reproduzir neste fragmento de floresta ombrófila. De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o parque pode ser visitado durante todo o ano, entre 8h30min e 16h, com agendamento prévio.[9]
Em abril de 2018 foi publicado o Projeto Político Pedagógico de Educação Ambiental do Parque.[9]
Conservação
O parque está classificado como categoria II do Sistema IUCN de Gestão de Áreas Protegidas. O objetivo básico do parque é a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza paisagística, possibilitando pesquisas científicas, educação ambiental, recreação ao ar livre e turismo ecológico.[1] As espécies protegidas no parque incluem: onça-pintada (Panthera onca), onça-parda (Puma concolor), gavião-real (Harpia harpyja), mutum-do-sudeste (Crax blumenbachii), pica-pau-de-coleira (Celeus torquatus), sabiá-pimenta (Carpornis melanocephala), tiriba-grande (Pyrrhura cruentata) e besouro-hércules (Dynastes hercules).[10]
Referências
- «Unidade de Conservação: Parque Nacional Pau-brasil». Ministério do Meio Ambiente. Consultado em 12 de julho de 2021. Cópia arquivada em 13 de março de 2019
- «Decreto de 20 de abril de 1999». Planalto.gov.br. 20 de abril de 1999. Consultado em 12 de agosto de 2019. Cópia arquivada em 12 de agosto de 2019
- «Decreto de 11 de junho de 2010». Planalto.gov.br. 11 de junho de 2010. Consultado em 12 de agosto de 2019. Cópia arquivada em 29 de junho de 2010
- «Lei Nº 13.668, de 28 de maio de 2018.». Planalto.gov.br. 28 de maio de 2018. Consultado em 12 de agosto de 2019. Cópia arquivada em 12 de agosto de 2018
- «Parque Nacional do Pau-brasil, em Porto Seguro, passará a ter serviços de visitação cobrados». O Globo. 7 de outubro de 2018. Consultado em 12 de agosto de 2019. Cópia arquivada em 5 de junho de 2020
- «Turismo sustentável chega ao Parque Nacional do Pau-brasil». Ministério do Meio Ambiente. 17 de outubro de 2018. Consultado em 12 de agosto de 2019. Cópia arquivada em 12 de agosto de 2019
- Pina, Rute (28 de fevereiro de 2019). «Sob protestos, Parque Nacional Pau-brasil, na Bahia, é concedido à iniciativa privada». Brasil de Fato. Consultado em 12 de agosto de 2019. Cópia arquivada em 12 de agosto de 2019
- «A farsa da consulta da população sobre a privatização do Parque Nacional do Pau-brasil». Partido da Causa Operária. 7 de julho de 2019. Consultado em 12 de agosto de 2019. Cópia arquivada em 26 de novembro de 2020
- «Projeto Político-Pedagógico de Educação Ambiental do Parque Nacional do Pau-brasil e seu território» (PDF). Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. 20 de abril de 2018. Consultado em 12 de agosto de 2019. Cópia arquivada (PDF) em 16 de outubro de 2019
- «Parna do Pau-brasil». Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Consultado em 12 de julho de 2021. Cópia arquivada em 15 de setembro de 2019
Ligações externas
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